Capítulo 12

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Arrumei as poucas coisas dela no porta malas: Uma caixa de sapatos com lembranças dos pais, uma boneca de pano bem velhinha e algumas peças roupa dobradas em uma mochila azul

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Arrumei as poucas coisas dela no porta malas: Uma caixa de sapatos com lembranças dos pais, uma boneca de pano bem velhinha e algumas peças roupa dobradas em uma mochila azul. Coloquei ela na cadeirinha e fomos para a nossa primeira parada. Apesar da casa dos meus sempre ter de tudo, existia algumas coisas que ela não poderia comer, então achei melhor passar no supermercado de castelo de uma vez, por ser maior e ter maior variedade produtos. Catarina estava eufórica, não parou de falar nenhuma minuto seguer durante todo caminho.

— Papai, a gente vai morar em condulu? — Fez mais uma de suas perguntas.

— Não. A nossa casa fica no Rio de Janeiro. Só os seus avôs, seu bisavô e tios moram aqui. — Respondi entrando no estacionamento do supermercado, rezando para que ninguém me reconhecesse, ou se reconhecesse não perguntassem da criança.

Desci do carro, pegando apenas minha carteira e celular, abrir a porta para ela descesse, já que já tinha descoberto como desafinava o cinto da cadeirinha. Na entrada peguei um carinho, enquanto ela andava saltitando na frente, sempre olhando para trás para ter certeza que eu estava perto. 

Passando pelo corredor da padaria vejo ela parada de frente aos bolos e me lembro que semana passada foi aniversário dela. Imediatamente mando mensagem para minha irmã, perguntando o que ela precisaria para fazer um bolo que minha filha pudesse comer. 

"Não precisa se preocupar, sua irmã maravilhosa aqui, já estava fazendo um bolo de 'boas vindas'. Sem lactose. Só falta decorar, até vocês chegarem já vai estar tudo pronto." — Minha família é maravilhosa, mas Imagina, se não deixam eu levar ela para casa hoje? — Pensei rindo

"Semana passada foi aniversário dela, tem como mudar o tema do bolo?"

"Jura? Claro que tem. Qual você quer?"

— Filha, de qual desenho você mais gosta? —  Ela parou um tempo para pensar, cruzando os braços.

— Moana... Eu gosto da Moana  — Respondeu pulando.

"Pode fazer com o tema da Moana. Quer que leve alguma coisa?" — Mandei a mensagem para ela.

"Trás a vela"

Comprei tudo que precisaríamos para os próximos dias. Diferente das outras crianças que eu tinha contato, ela não tinha muito costume de pedir as coisas. Apenas ficava parada olhando, esperando que eu dissesse se podia ou não pegar. 

Com dois pacotinhos de bala Fini, um para ela e outro para o Pedro, caminhou até o carro como se fosse gente grande esperando que eu abrisse a porta. Minha felicidade era tanta, que mal cabia em mim.

Chegando em casa, não guardei o carro como de costume, apenas estacionei na porta de casa mesmo. Desci, e já fui pegando minha pequena no colo. Decidi que entraria com ela primeiro, depois pegaria suas coisas e as compras. Passei pelo portão, e de cara encontrei a varanda de casa toda decorada. 

O Amor Não Tem FimOnde histórias criam vida. Descubra agora