CARLA DIAZ
Chegado a hora de voltar para o Rio, Dona Beatriz e eu, chegamos em comum acordo que agora que o Arthur tinha acordado, seria bom para o psicológico dele, ter a filha por perto o máximo de tempo possível.
Assim, como Dani também preferiu ficar, eu voltei para casa apenas com Fabrizio e Alexandre. E não, não foi fácil deixar minha filha. Dava para ver em seus olhinhos cheios d'água o quanto estava dividida.
— Sabe — Disse meu assessor assim que chegamos na porta do condomínio — Se quiser, pode ficar comigo esses dias, tenho certeza que minha mulher não se importaria. Não chega a ser uma mansão como a sua, mas meu apartamento tem seu charme — Deu um sorrisinho animado — Seria melhor que ficar sozinha.
— Eu agradeço o convite, de verdade, mas como você sabe eu tenho tanto trabalho essa semana...
Não era de todo uma mentira, mas ficar na casa do meu assessor não me parecia certo. Ele tinha uma família, uma vida e eu não queria ser um incomodo.
— Não precisa se preocupar cara, vou estar o tempo inteiro com ela — Alertou Alexandre.
— Humm. Sobre isso... — Tentei falar o mais o claro possível — O antigo segurança mantinha o próprio apartamento aqui perto. Ele vinha todas as manhãs, me acompanhava nos compromissos e me deixava em casa ao fim de tudo. O condomínio é seguro, tem câmeras por todos os lados, não vejo necessidade...
— Se prefere assim, tudo bem. Porém teremos que tomar muito cuidado.
[...]
Assim que abro a porta de casa, dou uma olhada em todo aquele espaço silencioso. Fico olhando por tanto tempo, que parece que estou em transe. Quando me dou conta disso, me obrigo a subir as escadas rumo ao meu quarto. Entro direto no closet, pego uma muda de roupa, tomo um banho mais demorado que o normal e desço novamente rumo a cozinha.
Agradeço metalmente a Edite quando leio o bilhete colado na geladeira "Fiz torta de frango, está forno é só aquecer."
Pelo tamanho da travessa, imagino que ela tenha pensado que Daniele e Catarina também estariam em casa. Aqueço apenas um pedaço e guardo o restante na geladeira.
Sigo para sala e aproveito o momento para responder algumas pessoas, avisar que tinha chegado bem e enviar uma mensagem aos nossos amigos sobre a melhora do Arthur. O grupo que estava "morto" de repente foi se enchendo de mensagens.
Eles me metralharam de perguntas. Como foi? Como estava a recuperação? Quem estava com ele? Quando teria alta? Se poderiam visitá-lo?
Respondi a todos detalhadamente e com calma. Pocah e Juliette eram as que mais gritavam, seguido de Caio que mandou um audio de um minuto em uma mistura de agradecimento com comemoração, Projota disse tanta coisa, mas com sua voz embargada, confesso que não entendi muita coisa. Por fim, eles ficaram conversando e combinando se revezarem para irem a Vitória para visitá-lo, eu apenas os orientei do que poderia e o que não poderia ser feito e dito.
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O Amor Não Tem Fim
FanfictionArthur Picoli e Carla Diaz, viveram um romance intenso dentro de um programa de reality show de confinamento. Esse relacionamento acabou sendo julgado de diversas formas possíveis e chegando ao mundo real, percebem que apenas o sentimento que nutre...