Capítulo 22

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CARLA DIAZ

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CARLA DIAZ

Ver o Arthur saindo de casa aquela hora da noite, só me fez ter a certeza que a essa altura do campeonato era de se esperar que tivesse alguém na vida dele. Queria ter perguntado, para me preparar melhor, mas não tive coragem. Eu já estava lidando com coisa demais.

E mesmo que eu contasse, sei que ninguém é capaz de entender a confusão que está dentro de mim agora. Chega a ser desumano o aperto no peito que sinto, o arrependimento, a ansiedade de não saber o que vai ser do meu futuro daqui para frente, de não saber por onde recomeçar.

Tudo que eu queria nesse momento eram cinco minutinhos com a Carla de um ano e meio atrás: — Vai ser um pouco difícil no começo, mas não desiste. 

— Carla, as pizzas chegaram — Disse Dani na entrada da porta do quarto. — O Arthur mandou mensagem. Disse que vai demorar um pouquinho, para comermos, que não precisava esperar por ele.

— Obrigada, Dani — abandonei minha mala aberta em cima da cama indo para a cozinha. "— É claro que ele demoraria, se bobear não deve nem aparecer em casa hoje mais". — Me pego a imaginar várias cenas na minha cabeça e todas me fizeram sentir mais raiva de tudo. Eu odiava me sentir assim, afinal de contas eu nem tinha esse direito.

Exausta por tudo que aconteceu hoje, comi apenas uma fatia de pizza, decidi tomar um banho, um calmante e tentar dormir sem ter que correr o risco de talvez ver ele chegar em casa com alguém. A questão era onde eu iria dormir? Porque é lógico que a pessoa com quem o Arthur está, não vai gostar nenhum um pouquinho de me encontrar na cama dele. Depois de muito pensar, achei que o melhor a se fazer era perguntar a irmã dele.

— Dani, o Arthur falou alguma coisa sobre onde eu vou dormir? — Perguntei sem graça e pela demora em responder ela também pareceu não saber. 

— Se ele colocou suas coisas no quarto dele, pode dormir lá. Eles dormem no outro — Respondeu em dúvida. — E-l-e-s. Minhas suspeitas, mais que confirmadas. 

— Não acha melhor eu ir para o outro quarto e deixar o dele livre? 

— N-não — Ela respondeu rápido demais — Ele dorme no outro. Sério, não precisa se preocupar. Pode ficar no quarto dele. 

Mesmo sem graça, sem entender muito bem o desespero para eu não ir para o outro quarto, eu estava cansada demais para elaborar qualquer outra resolução. Tomei o primeiro calmante, percebendo que não estava fazendo o efeito esperado, acabei tomando o segundo.

[...]

Acordei no dia seguinte com o sol começando a entrar pela fresta da cortina, tentei voltar a dormir, mas como não estava conseguindo, ainda meio zonza, escovei meu dentes, prendi meu cabelo em rabo de cavalo desajeitado e fui para a cozinha tentar fazer um café, rezando para não dar de cara com quem não queria. Será que o Arthur falou de mim para ela? Será que contou o que aconteceu comigo e por isso ela está aceitando eu estar aqui? Ou será que nem sabe? Eram tantas perguntas na minha cabeça que nem sabia que eu tinha capacidade de formular tanta coisa a essa hora da manhã. 

O Amor Não Tem FimOnde histórias criam vida. Descubra agora