Capítulo 11

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Cheguei na porta do abrigo trinta minutos antes do horário

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Cheguei na porta do abrigo trinta minutos antes do horário. Era nítido as mudanças estruturais do lugar. Até o muro agora contava com uma bela pintura de desenhos animados. Na parte de dentro, onde eu conseguia ver, o pátio ganhou gangorras, escorrega e uma linda casinha de bonecas. A sala da coordenadora agora possuía um ótimo computador de mesa e cadeiras mais confortáveis.

Assim que me viu, Dona Joana foi logo me recebendo um um sorrisão no rosto.

— Que bom que voltou meu filho, as crianças sentem a falta de vocês. — Provavelmente ela estava se referindo a Paola também.

— A senhora já deve imaginar porque estou aqui e na verdade estou bem curioso sobre o que aconteceu com a Catarina. Me disseram que tinham adotado a menina. Porque ela está de volta ao abrigo?

— Basicamente, toda adoção passa pela fase de adaptação. Ela não se adaptou a nova família. As assistentes sociais chegaram a relatar que nas visitas de rotina, ela pedia para voltar para o abrigo — Ela levantou o olhar com um sorrisinho no rosto — Ela dizia que tinha que estar aqui quando o Tio Arthú voltasse. — Era impossível não se emocionar ouvindo aquilo. Catarina e eu tínhamos nos escolhido e não dava para explicar o inexplicável.

— Agradeço aos céus por não ter desistido da adoção, caso contrário teria perdido minha filha. — Contei dando um sorrisinho sincero.

— Digamos que eu também mexi uns pauzinhos. Você ajudou tanto o abrigo que me senti na obrigação de intervir para que essa família fosse formada. Ainda mais depois de já ter nos ajudado, mandou mais aquela quantia de dez mil reais...

— Dez mil? Todo o dinheiro que arrecadamos na época, dividimos entre três instituições. Não chegou a ficar nenhum dinheiro para trás. Não fomos nós, Dona Joana — Falei sincero, com uma ruga na testa.

— Como não? Citaram seu nome, quando enviaram o dinheiro. Tenho o recibo aqui, se quiser ver. — Disse, dando total certeza do que estava falando. Talvez Paola recebeu algum dinheiro depois e só resolveu repassar, sem me avisar. — Se não for um problema, quero ver o comprovante, sim!

— Um minuto... — Virou-se para o computador — Fluxo de caixa... Mês de Março... - Dizia para si mesmo. — Aqui, achei... - Falou cinco minutos depois, sorrindo vitoriosa, virando a tela do computador para minha direção. — Talvez você reconheça a pessoa...

— Carla Carolina Moreira Diaz — Li o nome no comprovante. Não era possível que ela tenha feito isso... Abaixei minha cabeça entre as pernas, sentido minha respiração falhar. Juro que por essa eu não esperava.

— Conheci ela? — Perguntou Dona Joana. A senhorinha provavelmente não chegou a acompanhar muito meus dias no Big Brother.

— Conheço, sim... — Levantei o olhar com os olhos lacrimejando. — Ela foi uma pessoa muito importante na minha vida. Não imaginei que ela... — Não consegui falar.

O Amor Não Tem FimOnde histórias criam vida. Descubra agora