11| Grécia

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KAANADAN SALVATORE 


Atualmente...


   A última ligação confirmou. A máfia russa chegou em Washington antes do que esperávamos.

   Me levantei da mesa, massageando minha testa enquanto pensava em o que fazer. Santiago deixou claro que atacar logo no começo seria a mesma coisa de por lenha na fogueira. Então eu teria que sair. Eles iriam atacar assim que me vissem, e eu não posso ficar parado enquanto a organização está ameaçada.

   Na madrugada tomei a decisão: Iremos para a Grécia.

   A organização por si só já tem um grande território em lugares do exterior, mas a Grécia é a mais confiável de ir em casos de proteção. Tenho mais parte por lá do que qualquer outra máfia tem no mesmo país.

   Cheguei em casa, vendo os homens de guarda todos atentos. Subi a escadaria e caminhei em direção ao quarto, vendo Celeste dormindo. A mesma estava serena, a olhando é quase impossível imaginar que parece um bicho selvagem em uma gaiola. A olhando é quase a mesma coisa de vê-la em meus sonhos, com aquele mesmo ar tranquilo, aquele que estranhamente eu não conseguia esquecer...

   Me aproximo da mesma e toco levemente em seu rosto, a vendo respirar mais profundamente em seu sono. Respiro fundo e então toco em seu braço, dessa vez determinado a acordá-la.

   — Celeste... preciso que acorde.

   A mesma se mexe na cama e então abre os olhos devagar. Pisca algumas vezes enquanto me olha, e então que percebe quem é, se afasta.

   — Arrume suas coisas. — Digo, a vendo se sentar claramente sonolenta.

   — Para quê? — pergunta passando a mão pelo cabelo bagunçado.

   — Vamos viajar.

   — Não vou a lugar algum com você. Já me trouxe para cá, então vou ficar.

   Suspiro, não tendo cabeça para mais uma discussão. Ainda não entendo como pode existir alguém de tamanha teimosia.

    — Não tem escolha. —  Sua sobrancelha se arqueia em minha direção. — Estou pedindo calmamente que arrume suas coisas para sairmos logo de manhã.

   — E eu estou dizendo calmamente que não vou. —  Celeste ergue seu rosto em um forma imponente. — E ninguém vai me tirar daqui.

   — Você que pediu...

   Me afasto, cansado para qualquer discursão. Escuto a mesma perguntar algo, mas logo saio do quarto. Faço sinal para que os que trabalham para mim entrem no quarto, provavelmente já sabendo para quê. 

                                                                                         ***

   De manhã, saímos no carro. 

   Arrumo meu terno e meus óculos escuros, me aproximando de Fiore e Scott, já no aeroporto, que me olham incrédulos. Bem, sei o que pensam e mesmo que não, saberia assim que me virasse.

PELA HONRA E PODER #LIVRO 1| TRILOGIA SAVOIAOnde histórias criam vida. Descubra agora