Celina não estava errada, a gente realmente iria para Florença, na Itália. Não afirmo que tudo passou e que o clima está perfeito. Na verdade a tarde ficamos responsáveis por arrumar uma pequena mala e só encontrei Kaanadan no fim do dia, quando me esperou já dentro do carro para irmos ao aeroporto.
O clima o mesmo: Tenso.
Saímos no carro e logo atrás, Marga e Silvério também saíram do seu automóvel. Jud e Celina se juntaram e Marga se aproximou de mim, me olhando e já percebendo o caos que está entre eu e Kaanadan. Fato: nunca nos entendemos e sempre um tem que agir por impulso. Dessa vez não oculto o fato de eu ser a errada.
— Brigaram novamente? — Marga tira os óculos escuros e me olha.
A fito e permaneço com os meus. — E alguma vez a gente já conseguiu ficar dois dias sem discursão? Não dá.
Cortamos o assunto e Silvério chamou a ruiva, ambos para adentrarem o avião. Não sei o porque, mas eles também não perecem estar na sua melhor fase. A mesma me olhou e me deu um olhar tenso, logo se retirando. Celina se juntou a mim, animada demais pela viagem.
— Olha, se sempre for assim... Eu aceito que você fique casada. — Diz e eu a encaro. Sei que brinca, mas no momento não estou muito a fim de ouvir isso. A mais nova percebe e me olha. — Ei, me desculpa.
— Tudo bem. Mas não posso prometer que poderá sair... Eu e Kaanadan nem estamos trocando palavras, pior ainda pedidos.
Celina assente compreensiva e toca meu braço. — Tudo bem. Depois, quando você estiver trabalhando em um banco e sendo milionária, a gente vê isso.
Não contenho um riso, porém logo some quando Kaanadan nos chama e logo entra no avião da frente.
Suspiramos e seguimos em sua direção.
Me sento em uma poltrona no fundo, vendo Celina se sentar em um isolado, a uma poltrona a frente do que faz paralela com o meu. A mesma, que por mais que goste de viajar, toma um remédio para não enjoar na viagem e logo se encosta. Paro de olhá-la e fito a janela, vendo os carros que nos trouxeram, saírem.
Não demora muito para decolarmos, e assim o aeroporto sumir de vista em um troca com as nuvens.
Tiro meus óculos e os guardo na bolsa. Me encosto e vejo Kaanadan se fixar ao lado de Fiore. Ambos nos bancos da frente das duas fileiras. Nisso, lembro da pergunta de Victório e minha cabeça metralha questões.
Será que Gabriel esteja ao lado de Fiore? Pior ainda, será que ele forjou a própria morte?
Suspiro, insatisfeita com as várias perguntas sem respostas.
— Deseja algo, senhora? — Uma aeromoça se aproxima e saio dos meus pensamentos com sua voz.
— Não, obrigada. — Dou um leve sorriso e a mesma assente, seguindo para frente.
Volto a olhar para a janela e fecho meus olhos. Em certo momento, enfim adormeço.
KAANADAN SALVATORE
— Acho bem difícil essa retomada a aliança. — Fiore diz enquanto pensa. — Olhe bem, o estrago foi grande.
— Mas precisamos da Cosa Nostra com a gente. Não importa o prejuízo.
Ele assente.
A viagem para Itália não é algo impensado. Decidi buscar uma antiga aliança com a maior máfia italiana, algo perdido depois que Silvério sequestrou Margarida no dia do seu casamento com o Capo da casa italiana. Uma praga foi aquele dia. Tudo desmoronou em uma guerra que quase acabou com todos nós. Agora farei o que nunca pensei em fazer: voltar e pedir desculpas por um erro do passado.
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PELA HONRA E PODER #LIVRO 1| TRILOGIA SAVOIA
RomansaNascida em uma das principais máfias brasileiras, Celeste Brandão luta para fugir do destino que a aguarda. Porém, aos dezesseis anos, a mesma foi a escolhida para ser a aliança que uniria duas maiores máfias americanas, em uma luta de honra e poder...