KAANADAN SALVATORE
Uma semana... Uma semana se passou e desde então não consigo fechar meus olhos sem sentir um ódio explicável me corroer.
" — Estou grávida..."
A frase, aquela tenebrosa e cruel revelação não poderia ser mais assustadora a cada sirene que anunciava mais um ataque contra aquele grupo, aquela organização, aquele caos de traição que a mesma se incluía. Itália atacava, Washington atacava, Brasil, Croácia, Espanha, Grécia... todos em um ataque bruto contra o conjunto de organizações que acolhia uma traidora, minha esposa, e agora meu filho.
" — Grávida? — Questionei incrédulo, vendo sua face ficar mais molhada. — Como assim grávida, Celeste?
Seus olhos me encontraram. — Grávida, Kaanadan! Estou esperando um filho!
Me afastei, arrastando meus dedos contra os fios de meu cabelo e respirando ofegante. Não podia ser real, não podia ser verdade o que me dizia.
— Eu tentei avisá-lo... — A mesma sussurrou.
A encarei. A encarei com raiva e fúria dentro de mim.
— Você é uma irresponsável! — Jorrei em sua cara. — Como pôde ter entrado nesse caos estando grávida, Celeste? — E então minha voz soou mais alta. — Como pôde se tornar uma traidora ao estar esperando um filho! Querem te matar! Essa é a punição e você agiu sabendo de tudo que perderíamos! — Gritei. — Você é uma louca!
— Pare! — A mesma gritou mais alto. — Pare, porque antes de tudo foi você que estava mais preocupado com sua ira do que de mim!
— E antes mesmo disso, era você que colocou não só sua vida, mas a do bebê também em risco! Quem está pior nas decisões? Eu perderia você, mas você perderia a sua vida e de quem você ainda nem concedeu!
Celeste passou a mão do rosto, limpando as lágrimas que ainda desciam por suas bochechas de forma impulsivas. A mesma não me olhava, nem sequer me respondeu. A porta do apartamento se abriu e de lá, um rapaz de origem asiática apareceu.
— O que está havendo aqui? — Levou a mão na arma e me encarou seriamente.
— Tire ele daqui... — Celeste sussurrou. — Tire Kaanadan daqui, Daniel. É uma ordem.
O mesmo se aproximou. — A escutou, se não quiser morrer, saia por pura vontade.
Olhei Celeste, vendo-a de cabeça baixa enquanto eu a fitava. Ainda estava com raiva, mas não iria ficar mais tempo por aqui. Me retirei, passando pelo soldado até que ele, com a arma em minhas costas, me levasse para fora.
— É melhor nunca mais pisar o pé aqui. — Daniel soou frio e eu me virei para encará-lo.
— Sua ameaça não me atinge... aliás, no final não será eu a morrer."
— Morreram mais 15 traidores da nossa organização na cidade de... Kaanadan? Está me ouvindo?
Pisquei, saindo da minha mente conturbada e voltando-me para Luigi, que explicava alguma coisa que não faço noção do que se trata.
Em Washington já uns seis dias, Luigi me ajudava como consigliere, me dando ideias e analisando todos os dados para me deixar mais informado a cada plano aceito, também me auxiliando para não aceitar qualquer decisão que os aliados anunciavam nas reuniões a cada dois dias.
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PELA HONRA E PODER #LIVRO 1| TRILOGIA SAVOIA
RomantikNascida em uma das principais máfias brasileiras, Celeste Brandão luta para fugir do destino que a aguarda. Porém, aos dezesseis anos, a mesma foi a escolhida para ser a aliança que uniria duas maiores máfias americanas, em uma luta de honra e poder...