34| Baile de fantasia (parte 2)

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KAANADAN SALVATORE


   Descemos as escadas assim que tudo ficou certo no acordo com a Cosa Nostra. No fim, estou mais irritado do que quando cheguei, porém satisfeito por ter conseguido o que eu queria. Marga segurava o braço de Silvério e Judith acompanhava a irmã. Ambos na frente enquanto passo meu olhar pelo salão cheio e movimentado pela música e as pessoas que dançam.

   Assim que chegamos na área que estávamos, abaixo das escadas, vejo apenas Celina, que se levanta rapidamente e nos fita.

   — Deu certo. — Jud diz e eu a fito, ainda não muito certo de que meus problemas com ela passou. E agora ainda se juntou com Celina.

   Por Deus...

   Celina sorri e então me olha. — Parece que sua fala é bastante válida. 

   — Então reze para que eu não te ameasse de morte. — Digo e a mesma ergue a cabeça.

   — Me mate e meu pai irá achar mais um motivo para te atacar. E cá entre nós, você teria uma nova assassina ao seu lado: Minha querida irmã.

   A mesma se aproxima e eu a encaro sério.

   — Talvez você não seja tão ridículo como eu pensava...  — Isso soa totalmente sincero.

   E isso me impressiona, jugando pelo fato de que Celina me odeia e de certa forma... é recíproco.

   — Um pedido de desculpas? — A provoco, vendo-a revirar os olhos.

   — Um elogio por não ser um imbecil.

   A mesma se afasta e troco um olhar com Silvério, que parece tão surpreso quanto eu. 

   Olho ao redor e não vejo Celeste, então antes que a bruxa realmente saia, eu a chamo. Celina se vira e me fita.

   — Sua irmã, onde está?

   — Foi pra lá. — Aponta para frente. — Não sei pra que...

   A mesma sai com Judith e Marga me olha. — Quer que eu vá encontrá-la?

   — Não... eu mesmo a procuro.

   A mesma assente e coloca a máscara, se juntando a Silvério. 

   Saio logo em seguida.

   A música alta quase nos deixa surdos de qualquer outro som que não seja ela. As luzes dançam entre si pelo fundo escuro, e busco pelo rosto familiar de Celeste em todos que vejo. Ando mais em frente, e então a encontro escorada no balcão do bar.

   Parece ridículo, mas nem odiando o fato de que ela mentiu para mim — algo que considero horrível—, eu consigo me manter longe. Essa mulher é como se fosse um imã, e a fitando agora, eu quase podia me arrepender de ter visto ela além dos meus sonhos.

   Seus negros cabelos estão ondulados em uma queda pelas costas, enquanto a frente está mais baixa. preso com grampos de folhas prateadas. O vestido que usa a deixa tão sexy que meu lado possessivo grita ao ver suas pernas expostas  — para todos — pelas laterais da saia, mas ao mesmo tempo me intriga e me excita, e então quando se vira para mim, seus olhos é a coisa que mais me deixa atordoado. 

   Maldito olhos...

  Os fito por um tempo. O motivo é desconhecido, talvez a falta do seu olhar familiar — aquele que vivia em minha mente em qualquer momento em que meu olhos se fechavam. Não sei. Mas os procuro, tendo noção logo em seguida que estou parado no meio de várias pessoas dançando; e isso me faz sair daqui rapidamente.

PELA HONRA E PODER #LIVRO 1| TRILOGIA SAVOIAOnde histórias criam vida. Descubra agora