PELA HONRA E PODER #LIVRO 1| TRILOGIA SAVOIA

47| Em Chamas

KAANADAN SALVATORE

Um beijo nada suave ou calmo. Era a definição mais louca que poderia passar pela minha cabeça quando a puxei para mim, fechando meu braço em sua cintura e com a outra mão firmando sua cabeça, a impossibilitando de sequer pensar em sair.

Celeste cravou seus dedos em meu cabelo, me atraindo para si tão fortemente quanto meus braços faz a reversa em seu corpo. Saboreei sua boca, aprofundando algo que claramente já estava intenso, fazendo algo que sei que a agrada: puxei sua língua com a minha; me perdendo na sensação de beijá-la tão intenso que meu próprio corpo se ordenou a prensá-la contra a porta, forçando meu corpo contra o dela, fazendo nós dois suspirar. Seus lábios se movimentavam com os meus cada vez mais quentes e úmidos. Estávamos nos devorando, quase que literalmente.

Puxei sua perna mais para cima em meu quadril, mantendo-a em minha cintura, a ouvindo gemer sobre meus lábios. Como efeito de tudo seu sobre mim, meu próprio corpo já acordava, se esquentando enquanto o jeito que seus dedos afundavam e puxavam os fios de meu cabelo revelava que o efeito não era só comigo. Estávamos quentes, excitados e loucos.

Deus... eu amo beijá-la.

Celeste tinha razão, não precisávamos falar nada. E não, não é porque somos péssimos demais para falar com o outro sem que nos sentimos perdidos, mas porque qualquer ato, qualquer sensação que passamos com um movimento já falava por si.

Eu a queria. E dessa vez era fora do normal.

A tensão era nítida em seu corpo quente e sua respiração acelerada carregada de suspiros e arfados que soavam a cada momento que eu sugava seus lábios e apertava seu corpo com o meu. Seu braço desceu para minhas costas, me puxando para si, apertando suas pernas em meu corpo e se fechando mais em mim, me fazendo arfar. Seus lábios eram macios e ferozes, insaciáveis e desejáveis, calorosos e eróticos. Nossa respiração acelerada se misturaram com o calor de nosso corpo e tudo que já parecia quente demais. Eu queria beijá-la com mais força, queria sugá-la com mais força, lambê-la com mais força...

Eu a queria intensamente.

Desci meus lábios por seu pescoço e a mesma gemeu, me deixando mais louco do que eu poderia estar. Eu estava loucamente descontrolado e isso aqui era o limite. Eu já sentia meu pau querer rasgar minha calça, meu corpo já estava quente o bastante para começar a criar voz em um pedido para que me libertasse das roupas; elas estavam me sufocando.

Me afastei.

— Não!

Ergui meu olhar com a voz nervosa e surpresa de Celeste. Encarei de vez seu rosto e notei suas bochechas vermelhas pelo calor e seus lábios molhados como se recentemente tivesse passado a língua por eles. Imaginar isso faz minha ereção pulsar dentro da calça. A mesma ofega, as mãos cravadas na gola de minha blusa, seus olhos escuros se perdendo na pupila dilatada.

Desejo...

Não sabia exatamente o que ela queria dizer com o "não"; ou sabia e não podia acreditar. Celeste olhou meus lábios, então sua mão, que descia do meu ombro para meu peitoral; ela estava ofegante enquanto fechava delicadamente seus lábios para engolir em seco. Sua mão subiu novamente mas dessa vez se afastou do meu corpo, pegando minha mão fixa em sua cabeça e a guiando até a faixa de seu robe. A olhei com total desejo.

— Disse que me desejava, Kaanadan, e mesmo assim não me forçou a nada. — Sussurra, apertando minha mão sobre a faixa. — Agora sou eu que te desejo, mas de maneira alguma vou deixar que se afaste de mim. — Junta seu corpo no meu, tão hipnotizante que engoli em seco. Seu rosto se juntou ao meu, deixando seus lábios a poucos centímetros de minha boca e então sussurrou: — Me mostre até onde seu desejo pode me levar... e eu juro que só vou pedir mais.