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Finalmente os dias de modelagem das roupas da Trésor puderam ser feitos. Contrataram um fotógrafo profissional e numa praça mais fechada fizeram o local das fotografias. As meninas chamadas para serem as modelos da coleção eram da igreja de Marta e Magnólia, ao todo eram cinco jovens: Joyce, uma jovem branca e de cabelos loiros com um corpo magro; Beatriz, era morena, de olhos verdes e cabelo liso; Marisa, parda e cabelos crespos, com covinhas aparentes quando sorria; Gabriela e Jéssica eram duas modelos para representar a categoria pluz size.

O dia parecia refletir perfeitamente bem o coração alegre e empolgado de todos os envolvidos naquele projeto, assim que estivesse pronta as fotos das roupas, poderia lançar no site da empresa e produzir um pequeno desfile para apresentarem aos vendedores dos grandes mercados de roupas populares. Eles oraram e iniciaram as maquiagens, vestimentas e as fotos. Maria acompanhava tudo junto com Aretha, Paulina, Marta e Magnólia.

— Eu nem acredito que estamos tão perto de lançar a primeira coleção da Trésor! — Maria falou empolgada para as meninas. — Vamos vender tudo e poder repor a Béni!

— Que Deus queira, amiga — Paulina falou. — Vamos conseguir resolver todos esses problemas financeiros.

— Seu Miguel tem sido muito guerreiro ao lidar com todos aqueles problemas da Béni — Magnólia entrou na conversa enquanto comia seu Snickers. — Ontem mesmo teve uma reunião com os acionistas e pelo visto está todo mundo a flor da pele.

Maria sentiu o impacto das palavras e reviveu a pressão do dia anterior. Miguel tinha sido acusado de negligência por Raul, e Marina nada tinha feito para defendê-lo, como das outras vezes. Ela orou por seu chefe e reconhecia o quanto suas afeições por ele cresciam ainda mais nessa hora querendo consola-lo, mas não poder a matava por dentro.

— Quando ele mostrar todas as dívidas pagas e o dinheiro reposto para uma nova coleção a altura da Béni, eles terão que engolir seu orgulho — Aretha pronunciou com o gosto da vingança na boca. — Aquele Raul é detestável. Tudo que ele quer é ter poder sobre a Béni para quem sabe vende-la por partes e ficar mais rico. Ele não está nem aí para os empregados.

Maria nada pronunciou, mas sabia que Raul seria pego cedo ou tarde, só faltava Bento pegar o impostor da empresa. Talvez já tivesse descoberto se não precisasse ter colocado as investigações de lado para poder se concentrar na criação da Trésor junto com ela e Liz, porém, ele havia retornado a procurar o fraudulento e pelo que lhe falou há uns dias estava perto. Ela esperava ansiosamente para que isso se encerrasse logo.

— Tenhamos fé, meninas, Deus nos dará a vitória — Foi o que Maria falou.

O fotógrafo chamou todas as modelos e os flashes começaram de um lado para o outro. As meninas foram super bem e as fotos ficavam cada vez melhores.

Depois de uma hora, Miguel compareceu ao local. Ele foi recepcionado por todos com cortesia e avistou Maria, do outro lado debaixo de um coqueiro, ao se direcionar para o local em que sua assistente estava, no meio do percurso, esbarrou com uma das modelos, Joyce, que acabou derramando água no terno dele.

— Me desculpe! — Ela viu o acidente que causou e quis se redimir, procurando limpar com alguma coisa.

— Não se preocupe. — Miguel percebeu a situação, mas não fez alarde, pois era somente água e tinha coisas mais importantes para fazer.

— Tem certeza? Eu posso ajudá-lo a se limpar. — A modelo insistiu em querer fazer algo.

— Eu tenho certeza, moça. Eu só quero passar. — Ele deu um sorriso calmo, para mostrar como estava tudo bem.

Joyce não saiu da frente dele, antes falou:

— Eu acho que conheço você. — Ela, intencionalmente, jogou o cabelo para o lado e deu seu melhor sorriso. — É o presidente da empresa Béni, não é? Eu li sobre você num site. Eu amo as roupas da Béni. — Jogou o cabelo para o outro lado.

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