Flor da Guerra

Um Dia Antes

Dia 16/03

10:00

Como Hinata não havia conseguido encontrar Indra no dia anterior, ela resolveu procura-lo novamente.
Antes de ir para guerra, a Hyuuga queria deixar seus problemas de lado para que sua cabeça estivesse vazia. E querendo ou não, a discussão que teve com Indra ainda era algo que lhe ocupava a mente de vez em quando.
Novamente, parada em frente a sala do Otsutsuki, ela bateu algumas vezes antes de entrar com a autorização do mesmo.
Assim que a menor passou pela porta, percebeu que tudo naquela sala parecia estar uma bagunça.

Hinata: Indra-sama?– levou a mão até o interruptor, para que pudesse acender a luz.

Indra: O que você quer?– perguntou sentiu a claridade fazer parte do local.

Hinata: Precisamos conversar.– suspirou ao ver que ele estava com a cabeça e braços debruçados em cima da mesa.

Indra: Não estou em boas condições agora.– respondeu tentando evitar que ela chegasse mais perto.

Hinata: Amanhã não poderemos ficar de conversa.– respondeu enquanto parava em frente a mesa dele.

Quando os olhos perolados seguiram até a mesa, percebeu que haviam alguns frascos de ansiolíticos abetos, com comprimidos espalhados pela mesa.

Hinata: Por que está fazendo isso?– começou a recolher os remédios.

Indra: Você sabe que sempre tive meus problemas e que tenho que tomar essas coisas.– continuava na mesma posição.

Hinata: Quantos você tomou?– ele não respondeu– Me responda!

Indra: Quatro.– ela franziu o cenho– Seis... Eu não sei!– bufou– Eles não fazem mais efeito como antigamente, é como se eu tivesse que tomar vários para poder me acalmar.

Hinata: Por que tudo piorou depois daquela briga, Indra?– organizou os potinhos.

Indra: Você ainda me pergunta?– riu soprado– Vá embora, Hinata.

Hinata: Eu quero me resolver com você.– foi direta– Mas eu preciso da sua colaboração.

Indra: Só agora você quer conversar? Já é tarde demais.

Hinata: Nunca é tarde.– se sentou em uma das cadeiras.

Indra: Por que você está fazendo isso comigo?– levantou a cabeça.

Hinata: Como assim?– não entendeu o que ele quis dizer.

Indra: Por que me fez passar por tantas coisas, evitando conversar comigo todos esses dias que se passaram?

Hinata: Parece que você esqueceu da nossa conversa.– percebeu que ele ainda estava sob o efeito do remédio– Eu sabia que você estava assim, por isso eu quem lhe procurei dessa vez.

Indra: Não me olhe com essa cara...– cerrou os olhos–... Não me olhe com pena.

Hinata: Da última vez que nos falamos, você disse que era para eu te esperar... Assim você tentaria me reconquistar.– explicou– Mas parece que você andou exagerando nessas... Nessas porcarias!– se referiu aos remédios.

Indra: São as únicas coisas que me deixam um pouco melhor.– ela negou com a cabeça.

Hinata: Você não percebe que isso está te matando aos poucos?!– falava indignada– Olha para o seu estado! Olhe para o estado desse escritório!

Indra: Eu não consigo larga-los.– aquilo havia deixado ela irritada.

Hinata: É claro que consegue!– bateu na mesa– Pare de agir desse jeito, Indra!