A Mesma Gravata

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Dia 27/02

05:10

Hinata não estava conseguindo dormir, talvez tivesse sido pelos acontecimentos do dia passado. Ao mesmo tempo que tentava ser forte para não se sentir amedrontada com as ameaças de Kiba, tinha que pensar no que poderia fazer.
Como o seu colchão estava todo rasgado, ela permaneceu durante horas sentada no chão enquanto olhava para cima. Todos os rapazes haviam perguntado-lhe para que ela ficasse em suas camas e os mesmos davam um jeito para dormir em outro lugar. Ela obviamente negou, não iria atrapalhar os outros soldados por conta daquilo.
Nunca imaginou que o rapaz que havia sido tão gentil consigo iria se tornar o seu maior pesadelo.
Talvez devesse falar com Madara sobre o Inuzuka, mas logo lembrou que havia sido
grosseira com o general e Neji também iria falar com o mesmo. A primeira coisa que tinha que fazer naquele dia era pedir desculpas para Madara.
Hinata sabia que Madara gostava dela, gostava o suficiente para se sentir na obrigação de impedi-la de subir ao cume. Depois de ter conversado com Kakashi no dia anterior, ela passou a entender tudo aquilo, mas mesmo entendendo, não iria desistir de jeito nenhum de fazer o que queria.
Ela olhou para o relógio que ficava ao lado da cama de Deidara e viu que ainda tinha um tempinho para fazer alguma coisa. Não iria ficar sentada no chão enquanto sabia que tinha um pequeno peso nas costas.
Assim que se levantou, em passos ligeiros seguiu até a porta. Teria que ser rápida para chegar no escritório de Madara, tinha receio de trombar com o Inuzuka naquele horário.
Hinata de perguntava no que iria acontecer com ela caso se encontrasse com Kiba em um lugar onde não houvesse pessoas. Ela teria que revidar se o mesmo lhe atacasse, mas será que ela era tão forte quando ele? Isso lhe deixava com certo sentimento estranho.
Uma coisa que ela sabia que tinha que entender era o fato de ter muitos soldados inimigos que possivelmente eram mais fortes que a mesma, não podia ficar ressabiada.
Depois de ter dado alguns toques na porta do general na esperança de que ele lhe atendesse, ouviu o som da maçaneta girar.

Madara: Entre– disse sem olhar para a garota. Com apenas aquela palavra, Hinata lembrou de quando havia o conhecido, lembrou de como ele era frio.

Hinata: Madara-sama, o assunto é breve, por isso que quero que preste atenção...– odiava vê-lo daquele jeito.

Madara: Eu imagino o que seja– suspirou enquanto se virava e passava a observar a mesma.

Hinata: Me des...– foi interrompida.

Madara: Você vai com os outros para a guerra– a garota arregalou os olhos.

A sala estava escura, era difícil de enxergar o olhar tão escuro e profundo do general, diferente dela, que brilhavam em qualquer situação, até mesmo no escuro.

Hinata: E-Eu agradeço, de verdade!– escondeu sua animação por alguns segundos– Mas não era isso o meu objetivo ao vir aqui.

Madara: Precisa de algo?– sua voz estava mais grossa e rouca que o normal.

Hinata: Preciso te pedir desculpas, eu te desrespeitei como general no momento em que fui rude com você... E-Eu não gosto de te ver assim, ainda mais quando eu posso ser um dos motivos– a Hyuuga não conseguia decifrar os sentimentos do mais velho.

Madara: Tudo bem– disse seco. Logo ela sentiu seu peito gelar.

Hinata: Não... Não está tudo bem– segurou no braço dele– Aconteceu alguma coisa? Sinto que está diferente!

Madara: Realmente, eu não quero que você vá para a guerra, mas não posso te impedir!– ele parecia cansado, derrotado– Mas quero que me prometa uma cosia... Você não vai sair do meu lado naquele maldito conflito.

Hinata: Pode deixar– soltou o braço do mesmo– Madara-sama, podemos dar uma volta se não estiver ocupado?– ele logo estranhou. O que levava ela chamá-lo para sair?

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