Flor da Guerra

Não era Aquilo que Pensei

Dia 10/02

13:20

Hinata olhava para Pain de um jeito assustado. Como Shisui não estava no corredor, acabou sentindo certo "medo" em ficar perto do ruivo a sós.
O ruivo estava encostado na parede enquanto acendia o seu cachimbo de porcelana.
Assim que os olhos do mesmo estacionaram no pequeno corpo que o encarava da porta ao lado.
Quando Hinata viu que o homem percebeu sua presença, imediatamente voltou para dentro da sala e encostou a porta.
O coração da garota estava acelerado, daquele jeito parecia que estava brincando de esconde-esconde.
Sua respiração travou quando ouviu a porta ser aberta devagar, logo sentiu um frio na espinha que parecia não ter fim.
Seu corpo estava trêmulo, quase não teve coragem suficiente para virar-se em direção da porta.

Pain: Por que você tem tanto medo de mim?– Disse sem tirar o cachimbo da boca. Por algum motivo, seu sangue fervia ao chegar perto da Hyuuga.

Hinata: E-Eu N-Não tenho medo de você!– a Hyuuga se odiou por ter gaguejado.

Pain: Deu pra perceber– zombou da garota.

Hinata: Onde está Shisui-san?– perguntou desviando o olhar.

Pain: Falei para ele dar as ordens para o grupo B, eles tem que começar uma patrulha, mas ainda não conversaram com Shisui– o mesmo se sentou na poltrona.

Hinata: Entendi... É melhor eu não ficar aqui na sala dele...– disse enquanto andava em direção da porta–... Já está na hora de voltar para o b-batalhão.

Pain: Seria deselegante da sua parte me deixar sozinho aqui como um idiota– colocou os pés na mesa.

Hinata: P-Pain-sama, e-eu sei que o senhor não gosta nem um p-pouco da minha presença... O que pretende?– tentou ser o mais direta possível.

Pain: Não pretendo nada, Hyuuga– ela estranhou– Apenas quero fazer uma "gentileza".

Hinata: C-Como assim?– passou a encarar o ruivo com certa inocência estampada do rosto.

Pain: Gaara ainda não chegou, e na televisão diz que está tendo um trânsito terrível na volta pra cá– a garota era muito ingênua em acreditar em suas palavras– Irei te levar de volta– se espreguiçou.

Hinata: C-Como eu posso saber que não v-vai...– ele a interrompeu.

Pain: Acha mesmo que vou te matar? Caia na real, eu sou um general, não vou arruinar minha vida por causa sua– disse assim que se levantou e ajustou sua gravata.

Hinata: C-Certo... Irei me despedir de Shisui-san– antes que ela abrisse a porta, o mesmo a interrompeu mais uma vez.

Pain: Ele está do outro lado da delegacia, vamos logo, não quero ficar demorando por causa sua– o mesmo abriu a porta e saiu da sala primeiro.

A morena saiu da sala com certo pressentimento ruim dentro de sua cabeça. Não confiava nem um pouco no homem, mas pensou que talvez ele quisesse se redimir de alguma forma.
Hinata seguiu o ruivo até o estacionamento em passos apressados. Chegando lá acabou se deparando um carro que faria qualquer um se surpreender, menos ela.
Realmente, a perolada havia achado aquele carro lindo, mas reparou que Pain apenas estava se exibindo de alguma forma.
O mais velho percebeu que ela olhava o veículo um tanto indiferente, não estava acostumado com aquilo. Geralmente as pessoas até mesmo pediam para tirar foto com o carro, e então foi aí que viu a primeira coisa que o fez perceber sobre a garota não ser como a maioria.
Pain abriu a porta do carro para que ela pudesse entrar, realmente não se parecia nem um pouco com aquele homem que havia lhe agredido uns dias atrás. Hinata queria pelo menos o motivo dele estar agindo de forma gentil com ela.