01_ Que vergonha.

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    " Por fora um sorriso, por dentro uma tristeza. "

Termino de escrever o último parágrafo do capítulo com um sorriso orgulhoso no rosto. Tinha terminando finalmente aquele capítulo que era importante, e era satisfatório para mim.

Não fazia ideia de que horas se tratava, mas para mim não importava. Eu já estava arrumada mesmo. Sim, com toda a minha ansiedade e criatividade acabei acordando as 5:40 da manhã para escrever.

Era meio loucura? Era. Mas eu não ligava pois sou trouxa.

Ah, desculpa. Vamos voltar do começo para as apresentações. Eu sou a Joe, Joe Wilson... tenho 17 anos e estou prestes a encarar o meu último ano na escola.

Seria estranho para mim encarar pela primeira vez uma escola pública. Sim, os meus pais são completamente ricos e sempre me colocavam em escola particular. Particularmente eu odiava.

Para ser sincera não gostava muito, escola particular pode ser linda por fora. Mas por dentro é cheio de ricos que não se importam como nada sem ser eles mesmo.

Então por insistência minha meus pais me matricularam em uma escola pública. E agora sim posso dizer que estou feliz em ir para a escola.

ㅡ Ah! ㅡ Sorrio novamente me enclinando para espreguiçar-me, porém, eu me esqueci que estava em uma cadeira. Com isso a cadeira foi para atrás. ㅡ Oh me... ㅡ Parei de falar ao senti o impacto quando bati com as costas no chão. ㅡ Ai! ㅡ Reclamo fechando os olhos colocando as mãos na costas. Isso acontecia comigo diariamente, por isso acabei rindo de mim mesma.

ㅡ Bom dia Jo... ㅡ Flávia, a empregada doméstica daqui de casa entrou no quarto falando. Mas parou de falar ao meu ver no chão. ㅡ Joe? O que tá fazendo aí no chão? ㅡ Ela fez uma cara confusa me fazendo ri mais.

ㅡ Esqueci que estava numa cadeira. ㅡ Gargalho.

ㅡ Ai garota! ㅡ Flávia veiu até a mim e me ajudou a levantar. ㅡ Tá doida? Como esquece que está numa cadeira? Poderia ter se machucado. ㅡ Ela reclamou com um pouco de preocupação em sua voz.

ㅡ Awnnn... ㅡ Sorrio abraçando a mesma. ㅡ Meu corpo já está acostumado com meus tombos, Flavinha. ㅡ Encosto minha cabeça na sua. ㅡ Desculpa.

ㅡ Tudo bem, só tome mais cuidado da próxima vez. ㅡ Ela pegou meu rosto com as duas mãos e beijou a minha testa. ㅡ Agora, como você tá acordada tão cedo? E ainda por cima arrumada? ㅡ Perguntou levantando a cadeira.

ㅡ Estava ansiosa demais para dormir até as 6h. ㅡ Dou de ombros sentando na cama.

ㅡ Escreveu? ㅡ Me encarou com a sombracelha arqueiada. A Flávia me conhecia mais do que eu mesma, na verdade eu considerava minha segunda mãe. Na real... minha primeira mãe mesmo. Assenti sorrindo para a mesma. ㅡ Ok, vamos descer para comer. ㅡ Falou me puxando para sair do quarto.

ㅡ Cadê a minha mãe e meu pai? ㅡ Pergunto descendo as escadas atrás dela.

ㅡ O seu pai já foi para o trabalho, a sua mãe foi chamada para a revista. ㅡ Respondeu indo até a cozinha.

ㅡ Hm. ㅡ Murmuro. Já estava acostumada, na maior parte do tempo... não, sempre meu pai e minha mãe davam mais atenção pro trabalho do que pra mim.

ㅡ Tá com fome?

ㅡ Muita! ㅡ Sorrio animada sentando na mesa. Não demorei muito para devorar o bolo que ela tinha feito, depois disso eu subi para escovar os dentes.

Após terminar peguei minha mochila, meu celular, meu fone e as chaves do meu carro. Sim, eu tinha uma carro. Depois fechei a porta do meu quarto e desci as escadas novamente.

ㅡ Joe, o mot... ㅡ Interrompi a Flávia antes que terminasse.

ㅡ Não preciso de motorista. ㅡ Reviro os olhos. ㅡ Vou no meu carro hoje. ㅡ Sacudo as chaves na minha mão.

ㅡ Ok. ㅡ Flávia riu. ㅡ Tenha um bom primeiro dia, princesinha. ㅡ Ela beijou a testa.

ㅡ Obrigada. ㅡ Beijo sua bochecha antes de sair de casa com um sorriso no rosto. Saio de casa segurando a alça da minha mochila e indo até o carro que estava na calçada.

Estendo a chave para abri a porta do carro, porém, antes de abri-la percebi uma coisa estranha. Olhei para o lado percebendo que um garoto tinha saído da casa e indo até a calçada, e nela havia uma bicicleta.

Não percebi que eu fiquei encarando o garoto por um bom tempo, e também não reparei que ele olhou para mim confuso.

Arregalei os olhos não sabendo o que fazer, a primeira coisa que eu fiz foi abaixar para me esconder atrás do carro. Como eu fui rápido demais, acabei batendo a minha testa na porta.

ㅡ Ai! ㅡ Reclamo colocando a mão na testa no segundo seguinte. ㅡ Que vergonha. ㅡ Acabei rindo de mim mesma. A vergonha que habita em mim não tem limites.

•••

Alinhamento das EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora