Capítulo 25 - Hospital Santo Lar. André esta vivo.

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Hospital Santo Lar – Zona Norte

─ André. André. Você vai ficar bem amigo. ─ Gritava Patrick enquanto os enfermeiros o levavam em uma maca para a sala de primeiros socorros.

Algumas horas antes.

Tudo estava ficando razoavelmente bem no apartamento das gêmeas. Patrick e Melanie já tinham arrumado a bagunça e limpado toda a sujeira e marcas de sangue que ficaram após o incidente que terminara em morte na noite anterior. Liliel e Liza estavam dormindo mas Patrick e sua amiga estavam tentando imaginar o que fazer com o corpo falecido da gêmea. As coisas tinham saído totalmente do controle, o que era para ter sido uma festinha divertida, acabou se tornando fúnebre e lamentável. Pensaram em ligar para a polícia e entregar André. Ele tinha sido o responsável pela morte de Eliza, não iriam arriscar suas vidas por causa de André que nem mesmo ficara nos aposentos para ajudar a resolver a questão.

Sim. Era isso tinha de ser feito. André era um amigo de longa data mas isso estava além do alcance do poder da amizade e companheirismo. Todos seriam presos. Suas vidas trancafiadas em uma cela de um presidio qualquer, junto a criminosos das piores estirpes. Só que isso não estava nos planos de nenhum deles, e resolveram então ligar para as autoridades e comunicar o assassinato de sua amiga.

Patrick procurou pela casa e finalmente achou seu aparelho de celular mas antes que pudesse ligar para a polícia viu uma chamada perdida de seu amigo André há uns minutos atrás, e achou um pouco estranho. Comentou com Melanie e resolveu adiar a denuncia. Essa ligação perdida poderia ser um pedido de desculpas de seu amigo. Foi então que decidiu ir embora, pelo menos por essa noite. Iria para casa procurar André.

─ Melanie. ─ Chamou Patrick ─ Irei procura - lo. Precisamos conversar antes de qualquer coisa. Se ela estava mesmo possuída a culpa também é nossa por ter feito o ritual. André apenas sofreu a consequência. Não irei trair meu amigo.

─ Mas Patrick. O que eu vou fazer? Ficar aqui dentro sozinha com um cadáver? E se alguém aparecer? O que eu faço? ─ Questionava Melanie cheia de preocupação e temor.

─ Entendo perfeitamente sua preocupação amiga. Não abra a porta para ninguém e não deixe que nossa amiga em luto faça besteira. Alias, não tire os olhos de Liliel e não a deixe ir embora até que eu esteja de volta.

Patrick parecia decidido e não demonstrava como estava seu coração, totalmente aflito e temeroso. Deu um beijo na face de sua amiga e deixou o apartamento.

No momento em que Patrick estava para entrar no elevador sentiu uma forte dor em seu peito direito e caiu de joelhos, tremendo em demasia e sentindo como se fosse morrer. Seu corpo todo ficara dormente e sua respiração pouco a pouco ia ficando mais fraca. Um frio aterrador o consumia de dentro para fora. Seu sangue parecia congelar fazendo – o desfalecer lentamente.

Estava tendo um ataque de ansiedade.

Como quem acorda de um terrível pesadelo, Patrick despertou e se viu caído enfrente ao elevador. Assustado verificou rapidamente sua temperatura mas estava normal. Por alguma razão havia desmaiado, olhou no celular as horas e havia estado ali por alguns minutos. Pensou na alucinação que acabara de ter e pensou em seu amigo André. Algo muito ruim estava acontecendo com ele, imaginou.

Patrick tomou o elevador e ao chegar no térreo teve uma terrível surpresa. Seu amigo André estava caído e correu em seu auxilio, colocando - o deitado sobre a poltrona.

Algo muito estranho havia acontecido. André estava praticamente congelado. Seu corpo mais frio que de um cadáver e suas roupas encharcadas. Tocou em seu rosto levemente esbranquiçado e percebeu que se tratava de uma fina camada de gelo e lembrou -se da alucinação e sensação que teve há uns minutos atrás.

Os Escolhidos - A Missão do Anjo LilielOnde histórias criam vida. Descubra agora