Capítulo 61 - O Desespero da Anjo Liliel

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O tenente das forças armadas conversava com um homem de jaleco branco que trabalhava no hospital e pela expressão de ambos, Liliel pode constatar de que se tratava sobre os civis que ainda estavam nos andares de cima onde ocorria a batalha. Liliel deixou André em uma das ambulâncias e se dirigiu até os dois homens e furtivamente segurou no ombro do profissional da saúde.

Em poucos segundos, Liliel captou em sua mente informações trágicas e muito preocupantes. Haviam oito leitos no andar onde Tay estava, e haviam aproximadamente onze pacientes em estado critico e mais cinco enfermeiras. No andar de cima que se tratava apenas de cômodos laboratoriais, mais oito técnicos. No total de aproximadamente vinte e quatro civis, que a essa altura não havia nenhuma chance de terem sobrevivido.

Liliel tombou ao chão devido a forte descarga de sentimentos que recebera devido a trágica informação recém captada. O tenente a reconheceu como uma das pessoas que estava caída ao corredor no momento do incidente, e por curiosidade a pegou no colo e a sentou em um banco ali perto.

─ Não se preocupe. ─ Liliel se levantou ainda tonta. ─ Estou bem. Mas aquelas pessoas lá no prédio... ─ Liliel não se conteve em chorar e por puro instinto abraçou o tenente.

– Calma minha criança. – Afagou seus cabelos e enxugou suas lagrimas que caiam em demasia. – Você por acaso estava junto daquela mulher loira, não estava?

– Sim. – soluçou e se afastou um pouco. – É minha amiga. Droga, minha amiga tá correndo perigo. – Liliel se exaltou ao lembrar – se da situação em que Tay se encontrava – Precisamos salva – la, aquela criatura é muito poderosa. Precisamos encontrar Derek, ele é o único que pode salvar a todos nós. 

Liliel não percebeu o quanto foi longe, não só por falar coisas sem sentido como criatura e salvação em massa e sim, por mencionar o nome Derek, que para aquele homem era apenas um fora da lei.

– Calma criança. – A segurou pelos ombros com um pouco de força devido o estado agitado de Liliel e como intimidação para o que viria a dizer. – Você falou Derek? Conhece esse homem?

– Sim. Quer dizer, mais ou menos. – Liliel tropeçou nas palavras. – Você o conhece? Sabe onde encontra – lo? Precisamos dele. – Liliel estava agitada mais que o normal. O pavor da situação critica em que se encontravam e o fato de que o tenente pareceu conhecer Derek.

– Olha só menina. – Se curvou para falar próximo a face de Liliel a olhando nos olhos. – Esse Derek que você diz, é um criminoso, um fora da lei. Se envolver com esse tipo de gente não é legal, e não vejo como aquele crápula poderia ajudar nessa situação.

Mais explosões. Mais destroços lançado pelos ares.

Naquele momento era muito perigoso para qualquer pessoa permanecer nas proximidades, foi então que ordens militares foram dadas para que todas e quaisquer pessoas que estivessem ali que não fossem militares se retirassem. Pedaços de concretos de diversos tamanhos choviam nas ruas e calçadas, e que poderiam matar qualquer pessoa caso alguém fosse atingida.

Em dez minutos os militares conseguiram afastar para um local supostamente seguro os cidadãos que ali estavam, mas uma senhora de aproximadamente setenta anos correu com dificuldades para a porta do edifício. Ela gritava desconsolada pelo nome Ricardo, chorava compulsivamente, descontroladamente. 

Dois homens da polícia foram até ela mas antes que chegassem, a senhora correu em direção a portaria. Ela gritava pelo neto onde apenas os policiais ouviram, ele tinha treze anos de idade e estava internado no 5º andar, exatamente onde estava acontecendo a maior parte das explosões.

Os Escolhidos - A Missão do Anjo LilielOnde histórias criam vida. Descubra agora