Os Escolhidos - A Missão do Anjo Liliel

Meu Nome é Charlie

- Acorde pequeno anjo Handriel. - Aquela voz ecoava na minha cabeça como um sonho. Era uma voz bastante familiar mas não conseguia me lembrar ao certo a quem pertencia.

Por mais uma dezena de vezes a mesma continuou a me chamar, até que tive forças para começar lentamente abrir meus olhos.

Cabelos azuis. Um rosto pálido, bonito e esquelético me encarava com suas orbitas oculares vazias. Eu conhecia aquele "olhar"...ERA A MORTE - De novo.

- Onde estou? - Minha voz teimou em sair pela minha boca. Eu sabia onde estava mas queria não acreditar no que estava bem claro para mim.

- Fique calmo pequeno Handriel. Você está em boas mãos. - Disse ela com uma voz calma e doce porém estridente e ameaçadora, estranho descrever. Ela evitava que eu me levantasse segurando meu peito contra seu colo. Se fuder que eu estava em boas mãos. Eu estava no colo da maldita Morte porra.

Como lampejos de um flashback me lembrava pouco a pouco o que tinha acontecido. As crianças. isso mesmo. Eu acabei sendo surpreendido pelo poder misterioso daquela família, e mesmo após ter matado o anfitrião daquela residência, fui humilhantemente derrotado por duas miseras crianças. Eu estava bem perto de recuperar o artefato magico na qual fora destinado minha missão e levar a criança, mas tudo acabara saindo do meu controle, e novamente eu padecia de forma patética e infantil.

- Fique calmo caído. Você não está morto. - Ela respondeu como se lê-se meus pensamentos. Afagava meus cabelos como de uma criança com medo no colo de sua mãe.

Eu não fazia a mínima ideia que porra estava acontecendo. Estava tudo muito escuro, frio e quieto. Tentei me levantar mais uma vez para novamente ser impedido por mãos frias e frágeis. Como por instinto tentei invocar minhas asas, mas elas não me obedeciam. Meus músculos estavam rígidos e minha respiração teimava em acompanhar minha necessidade respiratória.

- Não é todo dia que alguém, anjo, humano ou algum ser vem de encontro a mim. Mas dessa vez eu que decidi salva - lo com minhas próprias vontades. Eu precisava te sentir mais uma vez Anjo Handriel. A morte nem sempre se apega a algo ou alguém, mas eu ansiava em te possuir mais uma vez antes de deixa - lo voltar ao mundo dos "vivos".

Eu não estava entendendo muito bem o que ela queria dizer, mas ja sentia seu membro ficando duro por debaixo de minha cabeça em seu colo. Seus toque iam se transformando em caricias que iam me excitando pouco a pouco. Agora começo sentir algo similar a recordações e tenho a certeza que algo assim já tivera acontecido antes, ainda mais com ela se referindo que nos encontramos outras vezes.

Ela deita meu corpo inerte no chão e lentamente se deitava sobre meu corpo agora despido. Sinto sua pele fria e úmida se esfregando em mim. Seus seios eram fartos e firmes, assim como seu pau que estava completamente duro por entra minhas coxas. Ela me beijava de forma intensa e lambuzava meus lábios com sua língua macia e molhada. Meu pênis estava completamente rígido e pulsava a cada movimento do seu corpo contra o meu.

Ela montou sobre mim de forma invertida e sem que eu esperasse enfiava seu membro duro e quente na minha boca, eu mal conseguia respirar com ela fudendo com força minha garganta e gozando a cada movimento. Eram quase 20 centímetros me fazendo sufocar de tanto tesão e litros de porra sendo expelida sem parar. Eu mal conseguia me concentrar em sentir seu gosto pois ao mesmo tempo ela me chupava com vontade e intensidade, me fazendo gozar diversas vezes em sua boca com a mesma proporção que gozava dentro da minha.

Como em um piscar de olhos, me vejo de quatro e a sinto abrindo minha bunda e enfiando a língua dentro de mim, como se estivesse me lubrificando para aguentar o que estava por vir. E sem esperar sentia aquele pau enorme e grosso me rasgando de uma só vez, me fudendo com força e violência. Sentia seus orgasmos intermináveis a me preencher por completo sem ao menos tirar de dentro de mim. Ele pulsava a cada movimento e parecia aumentar ainda mais de tamanho e circunferência. Eu estava sendo completamente arrombado e parecia ficar cada vez mais gostoso. Era dor e prazer. Orgasmos e lagrimas.

****

Quando dou por mim, me sinto sendo arrastado por uma espécie de buraco negro, tento com todas as forças me segurar em suas pequenas mãos, mas a mesma não parece querer me dar apoio. Então eu finalmente desisto de resistir e me deixo ser levado para qualquer lugar que não faço a mínima ideia de onde iria parar.

Sinto meu corpo se chocar violentamente contra o solo, estava úmido e com um cheiro terrivelmente ruim. Cheiro de merda e lixo. Quase não tive tempo de fechar minha boca e acabo por quase me afogar em um liquido fedido e acido, nem no inferno provei algo tão terrível assim. Sinto pequenos seres correr pelo meu corpo como se estivessem sido afugentados pela minha chegada nenhum pouco silenciosa.

Permaneço deitado por mais alguns segundos me afogando em merda e mijo, mas não por vontade própria, eu estava completada fodido - literalmente. Estava exausto e sem energia para ao menos tentar ficar sentado. 

Quando estava prestes a desfalecer sinto algumas mãos me puxando para cima e me colocando sentado de costas contra parede. Abro lentamente meus olhos e vejo dois espectros segurando algo que me parecia ser uma criança.

Um deles me oferece um jarro com um liquido verde fluorescente e bebo de forma apressada, sei muito bem do que se trata. Uma poção revitalizadora que há tempos fui dependente como um viciado em drogas do mundo humano. 

Finalmente me recupero, não completamente, mas o necessário para reconhecer aquela maldita criança, aquela maldita menina que me causou tanto trabalho.

Estávamos em uma espécie de câmara ligava por diversos  tuneis. Pelo cheiro e quantidade de lixos e ratos, dava a entender que estávamos em um esgoto do mundo real. Foi então que decidi que ali seria minha base no mundo terreno. 

Passado algumas horas, tento digerir todas informações que me fora dada por meus novos servos. Precisava despertar o poder daquela menina e me certificar se ela era ou não a Escolhida da lenda de Jeovah.

Por dias voltei a casa daquela menina para encontrar o garoto e a espada mística, mas nem se quer o rastro da energia deles eu conseguia farejar. O menino e a espada tinham simplesmente desaparecido. Foi então que me dediquei por anos a tentar despertar o que poderia ter ou não naquela menina. Normal ela não era, mas em nenhum momento o poder de jeovah fora sentido nela. 

Dos seus cinco anos de idade ate os quinze anos ela sofrera todos e quaisquer tipos de tortura, moléstias e assédios possíveis. Desde espancamento, tortura espiritual e estupros, mas no máximo que conseguimos foi que a mesma despertasse seu poder por alguns segundos e nada mais. O que causou a morte e destruição de diversos servos espectrais que tive.

Foi então que no decimo primeiro ano de cativeiro a mesma viera falecer e descartamos seu corpo sujo e podre em algum lugar na superfície. Ela não era mesmo a escolhida que tanto meu mestre achou que fosse. Agora teríamos outra missão. 

Me fora relatado por meus aliados da superfície, que um homem chamado Derek, vinha demonstrando capacidades além do limite de um ser humano comum. Por dias, meses e anos fiquei observa - lo de longe e vi que claramente o mesmo não era um ser humano comum. Nada digno de deuses, anjos ou escolhidos. Mas que possuía um poder e capacidade impressionante nao poderíamos negar. Foi então que meu mestre Hipnos ordenou que eu me aproximasse mais de tal humano.

Começaria me infiltrando nas forças policiais que tanto perseguia Derek e incorporado em um agente especial me tornaria seu aliado, facilitando sua vida e vendo do que o mesmo era capaz.

Um Detetive de renome e bastante eficiente em seu trabalho. Era respeitado, não era corrupto. Era um exemplo de policial bonzinho. Seria ele o humano que iria lhe tomar o corpo e viver como um ser humano comum para me aproximar cada vez mais do suposto novo escolhido.

A partir de hoje não me chamo mais Handriel e nem sou um anjo caído.

Sou um policial vivendo na terra. Fazendo o bem e cumprindo a lei dos homens.

Me chamo Charlie.