Capítulo 20

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– Amor... Marcus apareceu no banheiro enquanto eu me limpava.

– Tudo bem Marcus... Acontece. Lavei as mãos e joguei água no rosto e o sequei em seguida.

– Não está tudo bem. Alguma coisa está te incomodando e eu sei.

– Deve ser o fato de raramente irmos pra cama e quando vamos você goza em 5 minutos. Coloquei as mãos na cintura o encarando. – E o pior não é isso, porque você sabe muito bem que eu nunca me importei com o fato de gozar rápido, mas não existe depois.

– Amor, eu não sou mais o mesmo menino de 5 anos atrás. Eu não tenho mais tanta energia igual antes.

– Mas eu não sou um deposito de porra Marcus. Eu quero me satisfazer na cama junto com você. Voltei para o quarto e coloquei um pijama.

– Eu sei, eu ando muito cansado e não tenho lhe dado a devida atenção, mas eu prometo que isso vai mudar depois que eu voltar da Argentina, tudo bem? Pegou em meu rosto e me olhou nos olhos.

– Será mesmo? E se não mudar? A gente se separa? Suspirei e ele ficou sério.

– Ninguém falou em separação Laura. Falou bravo. – Nós nunca vamos nos separar! Colocou uma roupa e eu me deitei na cama.

– Então vamos melhorar nossa relação. Mulher nenhuma aguenta isso. Virei para o canto e me cobri.

Senti a cama afundar ao meu lado e a luz do abajur apagou. Marcus ficou de costas para mim e logo estava dormindo.

Suspirei e fechei os olhos, pensando em Estevam. Como eu queria ir pra cama com aquele homem. Mordi os lábios e abri as pernas, me acariciando devagar.

Meus mamilos ficaram rijos só de pensar nele me penetrando, naquela boca sentindo meu prazer como da outra vez. Lembrei de quando peguei em seu membro, mesmo que por cima da bermuda, de como o senti duro.

Curvei meu corpo me acariciando com mais intensidade e cheguei ao clímax. Passei a língua nos lábios e me virei para o canto novamente, tentando dormir desta vez.

Quando acordei de manhã, Marcus já havia saído. Dormi tão intensamente que nem vi a hora em que ele se levantou. Passei a mão em seu lado da cama e suspirei.

Me levantei e peguei o celular. Pensei diversas vezes em ligar para Estevam, mas desistia toda vez que pensava no que tudo isso poderia se tornar.

Me arrumei e tomei café, seguindo para o studio. No caminho, observei as paisagens e como seria minha vida se eu tivesse um filho com Marcus.

De duas uma: ou ele ia se afastar totalmente assim como indicado pela Bruna, ou nos reaproximaríamos de tal modo que voltaríamos a ser felizes. E eu não sei se quero arriscar, porque com uma criança tudo fica mais complicado.

O dia passou mais devagar do que eu esperava. Não aguentava mais ficar na agência e como não tinha compromissos a tarde, resolvi ir para casa.

Fiz uma faxina, para que o tempo passasse mais rápido e deixei a casa bem limpa. A campainha tocou e eu me assustei, pois não estava esperando ninguém.

– Oi. Estevam disse com o sorriso no rosto.

– O que você está fazendo aqui?! Perguntei assustada. Estava toda descabelada e com roupas velhas.

– Tudo bem com você? Disse irônico. – Lembra que combinamos de eu vir duas vezes por semana?

Eu realmente tinha combinado com ele e me esqueci completamente. Suspirei e dei passagem para ele.

– Eu esqueci totalmente. Preciso tomar um banho antes. O olhei enquanto sentava no sofá e depositava suas coisas no chão.

– Vai lá! Me olhou e eu fui correndo para o quarto pegar uma roupa.

Entrei no banheiro e tomei um banho rápido, apenas para tirar o suor. Saí e me enrolei na toalha, voltando para o quarto. Coloquei a calcinha e ouvi um pigarro na porta.

Me virei abruptamente e Estevam estava la parado, de braços cruzados, me olhando com desejo.

– Estevam! Tentei me cobrir com as mãos, tarefa totalmente impossível, e peguei a primeira peça de roupa que vi, jogando nele.

Ele pegou meu sutiã no ar e segurou, cheirando em seguida.

– Não tem nada ai que eu ainda não tenha visto. Entrou no quarto. – Seu marido não está em casa né?! Se aproximou.

– Não, mas isso não te da liberdade de entrar no meu quarto. Puxei o sutiã da mão dele.

– Seus seios são tão lindos. Parou e ficou observando.

– Pare de olhar! Coloquei rapidamente meu sutiã e ele me agarrou pela cintura, colando nossos corpos.

– Seu marido deve te saciar muito na cama, para que você não caia nos meus encantos né? Falou próximo ao meu pescoço e deixou um beijo delicado lá.

– Estevam me solta. O empurrei devagar, temendo o que poderia vir depois. Eu estava toda arrepiada e por mim, ficaria com esse homem aqui mesmo.

– Está tão fácil. Sussurrou e abaixou o bojo de meu sutiã, deixando meu mamilo rijo a mostra. Ele passou o dedo sobre ele e eu suspirei, fechando os olhos.

Senti sua respiração próxima ao meu seio e ele passou a língua sobre o mamilo, fazendo com que ele enrijecesse ainda mais.

O clima começou a esquentar e eu me afastei abruptamente, cobrindo meu seio. Eu queria aquilo, mas sabia que não podia.

– É melhor você ir embora. Não se preocupe que eu lhe pagarei o dia de hoje.

– Eu não quero seu dinheiro Laura. Quero te dar prazer. Da pra ver em seus olhos o quão infeliz está. Se aproximou e eu me afastei.

– Vai embora Estevam! Falei um pouco mais alto apontando para a porta e ele suspirou, saindo do quarto. Fui até a porta do quarto e o observei recolher seus materiais. – Quando meu marido voltar de viagem eu te chamo. Até lá, não apareça aqui! Ordenei e ele saiu do apartamento como se não tivesse ouvido a última frase.

Respirei fundo e olhei para a cama. Quase fiz a maior besteira de minha vida. Passei as mãos no cabelo, pensativa e terminei de me vestir. Ainda estava arrepiada com toda a situação e pensando se realmente me faria bem continuar com a fisioterapia.

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