Capítulo 7

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Acordei sentindo cócegas no pé. Ri e abri os olhos com dificuldade, olhando em seguida para Marcus.

– Seu pé está melhor? Massageou ele.

– Sim... Ai... O fisioterapeuta disse que 10 sessões ajudarão. Fiz careta com o desconforto.

– Tem que estar firme para aguentar a barriga de 8, 9 meses. Sorriu.

– Sério que quer ter um filho? Me sentei na cama olhando séria para ele.

– Sim meu amor, acho que está na hora né. Estamos ficando velhos e daqui a pouco vai ficar mais difícil. Passou a mão por minha perna.

– Então precisamos procurar uma casa maior. Sorri e lhe dei um selinho.

– Eu preciso te contar uma coisa. Me olhou nos olhos.

– O que? Perguntei curiosa.

– Fecharam mais um contrato comigo, mas agora eu irei para o Chile e depois para a Argentina. Me falou receoso.

– Mas... como quer ter filho assim? Perguntei sem entender.

– Antes de ir para a Argentina, eu voltarei para casa. Vamos tentando nas pausas. Quero estar bem financeiramente para esse bebê. Passou a mão em meu rosto.

Dei um longo suspiro e deitei novamente.

– Quando você viaja novamente? Perguntei.

– Esta sexta. Então temos mais três dias para tentar. Veio por cima de mim.

– Eu preciso ir trabalhar. O olhei nos olhos.

– Fazer um filho é bem rápido e eu vou te mostrar. Se sentou na cama e passou as mãos por meu quadril, puxando minha calcinha para baixo e a retirando em seguida.

Marcus se abaixou e beijou minha coxa, indo para o centro de minhas pernas. Beijou minha virilha e desceu, passando a língua entre os grandes lábios. Dei um gemido curvando meu corpo para trás e senti sua língua tocar meu clítoris.

Ele se ajoelhou e passou o dedo indicador por ele, enquanto que com a outra mão, tirava seu membro para fora da bermuda. Abaixou novamente e me penetrou acariciando meu clítoris com intensidade.

Eu o olhava nos olhos e via o fogo que ele tinha por aquele momento. Ele tirou minha camisola e me abraçou, me apertando em seu corpo enquanto metia com intensidade.

Contraí minha intimidade e ele apertou minha cintura com força, indo mais fundo. Segurei em sua nuca e a apertei, puxando seu rosto para mim. Procurei seus lábios e lhe dei um beijo cheio de paixão.

Marcus apoiou seu braço na cama e diminuiu seus movimentos, descendo seus lábios por meu pescoço. Tirou seu pau de mim e me virou de costas para ele, me penetrando novamente. Passei as mãos pelo lençol da cama e o apertei.

Os movimentos voltaram mais intensos que antes e nossos corpos se chocavam com força. Meus gemidos ficaram mais altos e eu também ouvia seus sussurros de prazer.

Ele apalpou minhas nádegas e as segurou com força, quando senti seu líquido quente dentro de mim. Marcus parou lentamente seus movimentos e se deitou ao meu lado, me olhando em seguida.

– Nós deveríamos ir ao médico, ver se está tudo certo para isso. O olhei enquanto recuperava o fôlego.

– Tenho certeza que está tudo em ordem. Me deu um selinho.

– Te amo Marcus. Acariciei seu rosto.

– Também te amo meu amor. Sorriu.

Me levantei para tomar um banho e ir trabalhar. Coloquei um salto, mas não estava me aguentando de dor no tornozelo, então troquei por um tênis.

Quando cheguei na agência, meu celular tocou. Era do consultório de fisioterapia.

"Olá, Laura?"

"Sim, ela mesma."

"Laura, só estamos ligando para confirmar as próximas sessões. Será uma nesta sexta-feira, e as próximas todas as terças."

"Tudo bem, pode confirmar."

"Obrigada!"

Suspirei ao lembrar de Estevam. Aqueles olhos azuis penetrantes.

Bati na cabeça para dispersar esses pensamentos. Ele era 8 anos mais novo que eu e eu era casada, tentando engravidar ainda por cima.

Voltei minha atenção aos afazeres da semana e aproveitei para reservar os hotéis e passagens de Marcus para as próximas viagens.

Quando cheguei em casa a janta já estava pronta. Sentia saudade daquele cheiro de comida gostosa, porque eu sou péssima na cozinha.

– Precisamos arrumar suas coisas para a próxima viagem. Disse abrindo a mala que ele levou.

– Deixa isso para depois, vem comer.

Larguei a mala e me sentei a mesa junto com ele. Comemos enquanto conversávamos sobre o que seriam seus próximos treinamentos, sobre as empresas em que atuaria.

– Acho que existe até uma chance de efetivação. Sorriu.

– Na Argentina? O olhei séria.

– Sim! E podemos formar nossa família lá. Pegou em minha mão.

– Mas e minha agência?

– Oras, você pode montar uma lá. Sorriu.

– Não é tão fácil assim Marcus. Aqui eu tenho minha clientela.

– As vezes eu acho que sua agência é mais importante que eu. Suspirou.

– Não é isso! É que eu quero ter meu negócio também. Quero ser útil. Sempre trabalhei e você sabe disso. Revirei os olhos.

– Ok amor! Desviou o olhar e voltou a comer.

Comemos em silêncio e quando terminamos eu fui tomar banho. Quando sai, tirei as roupas de Marcus da mala para lavar. Coloquei as mãos no bolso a procura de algum papel que se soltasse na maquina e encontrei uma embalagem de camisinha, aberta.

Mil coisas se passaram em minha cabeça. Fui até o quarto e parei na porta, o observando na cama.

– O que é isso? Mostrei o pacote e ele se assustou olhando para mim.

– Um pacote de camisinha. Sorriu irônico.

– Sim, e esta aberto e usado. Isso estava dentro da sua calça, a mesma calça que estava na sua mala. O encarei e ele arregalou os olhos.

– Amor provavelmente fomos nós que usamos e ficou na calça. Se levantou e veio até mim.

– A gente raramente transa fora de casa e toda vez que eu lavo roupa eu tiro as coisas dos bolsos. Esse pacote não estava aqui quando você levou a calça.

– Laura, eu não fiquei com ninguém. Pegou o pacote da minha mão. – Esquece isso. Foi até o banheiro descartando-o.

– E por que está nervoso? Cruzei os braços e parei em sua frente.

– Não é todo dia que sua esposa de 8 anos desconfia de você, não é mesmo? Voltou para cama. – Quer saber? Vou dormir Laura! Boa noite. Virou para o canto e eu suspirei.

Pensar minimamente que Marcus esteja me traindo, tira completamente minha vontade de ser mãe ao lado dele. Não tinha o porque disso. Éramos tão bons em tudo, nos dávamos tão bem. Espero estar errada.

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