Capítulo 59

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Fui para casa, pensar um pouco em tudo o que estava acontecendo. Fui rude com Estevam quando ele me procurou e essa não era minha intensão. Eu estava confusa e precisava parar de ir pra cama com esses homens que eu mal conheço.

"– Oi Estevam.

– Oi Laura.

– Precisamos conversar.

– Agora você quer conversar?

– Sim, preciso te pedir desculpas e conversar com você.

– Ok...

– Podemos jantar juntos hoje? Você me pega aqui às 18h?

– Pode ser! Onde vamos?

– Não sei ainda, mais tarde decidimos. Te espero as 18h.

– Tá bom. Suspirou. – Beijos Laura.

– Beijos Estevam."

Não sei se voltaria com Marcus, mas terminaria esse romance louco com Estevam. Ele só sofre ao meu lado e eu não tenho nenhuma segurança para oferecer a ele.

Tomei um banho e coloquei uma roupa de frio, pois esses últimos dias têm tido noites muito geladas. Quando Estevam chegou, mandou uma mensagem em meu celular e eu desci. Ele estava sentado na moto, fumando.

– Desde quando você fuma? Cruzei os braços ao sentir um vento frio.

– Desde sempre, só não é frequente. Virou o rosto e soltou a fumaça. Pelo cheiro, pude perceber que não era cigarro.

– Você não deveria usar essas porcarias. Me aproximei e peguei de sua mão, jogando no chão em seguida.

– Vamos então? Revirou os olhos e me entregou um capacete.

– Está muito frio. Disse tremendo. – Vou ter que pegar mais um casaco.

– Por que não ficamos aqui? Olhou para o prédio.

– Não sei se é uma boa ideia, principalmente para o que eu tenho que dizer.

– Não vou te forçar a nada e você sabe disso. Só faremos algo se você quiser fazer. Desceu da moto.

– Esse é o problema, eu sei que vou querer. Me virei, entrando no prédio e ele veio atrás.

Entrei em casa e fechei a porta atrás de nós. Liguei o aquecedor e tirei o casaco, me sentando no sofá. Estevam também tirou seu casaco e se sentou ao meu lado, me olhando.

– E então?

– Eu não vou mais te ver Estevam. E eu não vou dizer que eu não quero, porque eu quero, mas não vai acontecer mais.

– O que te fez mudar de ideia? Arqueou a sobrancelha.

– Marcus está doente e eu vou cuidar dele nesse período.

– É grave? Passou a mão em meu rosto e eu fechei os olhos, assentindo.

Ele me puxou e me abraçou, passei os braços em volta de seu corpo e o apertei.

– Você merece ser muito feliz Estevam. Beijei seu ombro.

– Eu tenho uma coisa pra te contar. Pegou em meu rosto e me olhou.

– O que? Olhei em seus olhos.

– Eu vou fazer um trabalho fora do país. Vou ficar uns dias lá e depois volto. Sorriu radiante.

– Isso é maravilhoso!!! Sorri e passei a mão em seu rosto. – Espero que você consiga isso e muito mais.

– Quando eu voltar, podemos conversar novamente. Beijou minha bochecha e chegou perto de meus lábios.

– Não vai rolar... Sussurrei e ele me deu um selinho.

– Podemos nos despedir pelo menos? Me deu outro selinho.

Fechei os olhos e peguei em seu rosto, beijando-o. Ele envolveu suas mãos em minha cintura e me puxou para mais perto de si. Explorei sua boca com minha língua de forma calma e Estevam passou uma mão por minha nuca, mordendo meu lábio em seguida. Olhei em seus olhos ao encerrar o beijo e lhe dei um selinho demorado.

– Eu vou sentir sua falta. Sorri ladino e passei a mão por seu rosto devagar.

– Eu mais do que tudo nesse mundo. Engoliu em seco e beijou minha mão.

– Vamos pedir alguma coisa pra comer? Está muito frio pra sair. Ri e peguei o celular.

– Só se você deixar eu ficar aqui essa noite. Me olhou esperançoso.

– Mas por que você quer dormir aqui? Perguntei ingênua e soltei uma risada nasal.

– Quem disse que vou dormir? Se levantou e foi ao banheiro.

Ri em negativa e pedi uma pizza. Enquanto jantávamos, Estevam me contou sobre seus medos de ir a um País que nunca tinha ido. Receio de não se adaptar, de não ter auxílio com outra língua. Lembrei da primeira vez que fiz uma viagem internacional e contei minha experiência para ele, para que se acalmasse um pouco.

– Se você não souber falar, improvisa. Sorri. – É pra isso que o celular esta ai também. Temos muitas tecnologias.

– Obrigado! Me sinto mais calmo. Encostou as costas no sofá e passou a mão na barriga. – Enchi. Riu.

– Têm que cuidar desse corpo agora ein. Ser modelo não é só ir lá, tirar umas fotos e acabou. Deve estar sempre em forma.

– Eu raramente como essas besteiras. Apontou para a pizza. – E eu sou muito regrado com alimentação e tudo mais.

– Ta bom. Falei em rendição sorrindo e passei os canais da televisão.

Ele se levantou e tirou a caixa da pizza dali, levando-a para a cozinha. Me levantei e fui atrás. Lavamos a louça e eu fui para o quarto.

– Vamos ver algo na TV? Olhei para Estevam enquanto tirava a roupa.

– Eu tenho outra sugestão. Riu malicioso, enquanto me olhava.

– Quero assistir TV. Olhei manhosa para ele e coloquei uma camisola. – Só não tenho uma roupa pra te emprestar, a menos que você use pijamas femininos. Sorri.

– Acho que nenhum dos seus cabem em mim. Riu e foi para a sala. Fui ao banheiro e escovei os dentes, passei no quarto e peguei a coberta, indo para a sala em seguida.

Estevam já estava deitado no sofá, então deitei em sua frente e nos cobri. Começamos a assistir um filme que passava na TV e logo nos empolgamos.

– Ela vai morrer se for por ali!!! Falei exaltada.

– Você sabe que eles não te ouvem né. Me abraçou por trás.

– Claro que sei. Fiz careta.

Me ajeitei no sofá e voltei a prestar atenção no filme. Em alguns momentos meus olhos fecharam e eu dei breves cochiladas, mas tentava me manter forte até o final.

– Laura... Dei um pulinho no sofá.

– Oi... Falei com a voz embargada.

– Você dormiu? Riu rouco e se sentou, me pegando no colo.

– Não... Cocei os olhos.

– Como foi o final? Me levou para a cama e me deitou, colocando as mãos na cintura.

– Não acabou ainda. Olhei confusa pra ele.

– Já acabou sim. Sorriu e tirou a camiseta e a calça, se deitando ao meu lado em seguida.

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