Capítulo 25

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Acenei para um taxi, dentre alguns que estavam ali na frente e entrei no carro.

– Para onde vamos? Perguntou.

– Apenas dirija. Vá pelo centro... Suspirei e quando ele deu partida, desabei a chorar.

– Está tudo bem? Precisa de algo? Ele questionou preocupado.

– Sim, só dirige! Confesso que neste momento fui um pouco grossa.

Ele fez o que pedi e continuou dirigindo. Peguei o celular e liguei para a Bruna.

– Vai para o bar em frente ao parque central, aquele que fomos quando Marcus estava viajando.

– Agora? Disse ofegante. – O que aconteceu?

– Marcus está me traindo! Amiga eu preciso de você.

– Você não quer vir aqui para minha casa? Ouvi um gemido de fundo.

– Amiga para de transar e vai agora para lá! Falei brava.

– Tá! disse impaciente. – Estou indo. Desligou o telefone.

Pedi ao taxista que me levasse ao bar onde eu a encontraria e assim ele o fez.

Chegando lá, paguei a corrida e saí do carro, procurando uma mesa ao lado de fora. Como não encontrei, entrei e me sentei no balcão do bar. As pessoas me olhavam por estar "arrumada demais" para um bar e eu não via a hora de Bruna chegar.

– De onde você veio? Bruna se sentou ao meu lado e me olhou.

– Do coquetel de boas vindas do Marcus. Revirei os olhos e virei um shot de tequila.

– Tá, me conta o que aconteceu. Suspirou e pediu um shot de tequila também.

– Ele sumiu e quando eu fui procurar o encontrei com outra mulher.

– E ele te viu? Virou o shot de tequila que lhe foi entregue e fez uma careta.

– Não. O sócio dele me viu saindo da festa e me chamou até, mas eu não olhei.

– Será que esse sócio sabe disso? Arqueou a sobrancelha.

– Não sei, ele que me disse onde Marcus estava, disse que havia deixado um presente para ele.

– Será que o presente não era esse? Bruna cruzou os braços.

– Não sei amiga, eu não sei mais de nada! Voltei a chorar.

Ela me abraçou e ficou comigo ali bebendo, enquanto me dizia como superou a primeira traição do Diego.

– Tipo amiga, ele sabe que eu sei que ele me trai, mas eu nunca disse isso para ele. Talvez você também não deva dizer para o Marcus.

– ELE É MEU MARIDO! Falei alto e todos me olharam. – Como não vou dizer?

– Ok, você já bebeu demais! Hora de ir para casa.

– Pode ir, eu vou chamar um carro de aplicativo.

– Amiga, vem! Eu te levo. Tentou me puxar.

– Não! Sai, eu vou sozinha. Pode ir! Ela bufou e me deu as costas, saindo do bar.

Pedi uma dose de whisky e paguei o que havia consumido. Enquanto tomava, olhei meu celular. Tinham algumas mensagens de Marcus e ligações perdidas. Deixei uma lagrima cair enquanto passava os lábios pelo copo e procurei o endereço que Estevam havia colocado no aplicativo no dia em que o levei para casa.

Coloquei o mesmo no aplicativo de corrida e aguardei o motorista ao lado de fora. Quando ele chegou, eu entrei no carro e ele seguiu viagem. Após algum tempo, entramos numa rua. Olhei sua extensão e o endereço que coloquei no aplicativo.

– É aqui! Disse para o motorista, tirando meu cinto.

– Têm certeza? O motorista olhou em volta. Não é seguro para a senhora aqui, ainda mais nesse estado. Olhou pelo retrovisor.

– Tenho sim! Ficarei bem. Conheço uma pessoa aqui. Obrigada. Sorri e saí do carro. Dei uma cambaleada até a calçada e me apoiei na parede, olhando o prédio.

Tinha um interfone, mas eu não sabia o número do apartamento de Estevam. Então resolvi gritar.

– Estevaaammm!!!! Gritei olhando para as janelas. – Estevam!!!

Alguém saiu em uma janela, era uma mulher.

– Vai dormir vadia! Para de gritar na janela dos outros a essa hora! Gritou de volta e fechou a janela.

Olhei no visor do celular e já eram 2h da manhã. Suspirei desanimada, e me lembrei que tinha o número de seu celular. Procurei ele nos contatos e liguei. Tocou diversas vezes e ele não atendeu. Comecei a ficar com medo, já que só havia eu na rua.

Quando estava para desistir, ouvi sua voz do outro lado.

– Oi? Falou com a voz embargada.

– Estevam, estou aqui em sua rua, você pode abrir o portão para mim? Estou com medo.

– O que você está fazendo aqui Laura? Suspirou. – Espera, já abro. Ele desligou o telefone e eu fiquei esperando.

O portão abriu sozinho e eu entrei, fechando-o atrás de mim. Subi as escadas e quando cheguei em seu andar, a porta estava aberta. Estevam estava passando as mãos no rosto e me olhou quando ouviu o salto no corredor. Ele estava apenas com uma cueca box branca, que marcava o que ele tinha de melhor.

– Como chegou até aqui? Me deu passagem e eu entrei.

– Eu peguei o endereço que você colocou naquele dia e pedi um carro de aplicativo. Tirei o salto e deixei em um canto, enquanto ele fechava a porta.

– O que você está fazendo aqui? Passou por mim.

– Eu vim dizer que você tinha razão. Talvez quem eu quero na minha vida, não queira o mesmo. Fui atrás dele e me encostei no braço do sofá.

– O que aconteceu? Parou em minha frente e cruzou os braços.

– Eu peguei o Marcus me traindo hoje. Passei as mãos por baixo do vestido e tirei minha calcinha.

– O que você está fazendo Laura?

– Eu posso te fazer companhia? Falei baixo me aproximando dele. Ele colocou as mãos em meus braços e me segurou.

– Você não quer fazer isso! Falou sério. – Você só está querendo se vingar do seu marido.

– Estevam, você mesmo disse que eu deveria fazer isso. O olhei decepcionada.

– Eu falei porque sabia que você não faria. Me soltou e eu me aproximei novamente, beijando seu peito.

– Mas eu quero. Passei as mãos por seus braços e levantei os pés, beijando seu pescoço.

– Você está bêbada, é melhor que não façamos nada para que você não se arrependa. Passou a mão por minha nuca e afastou meu rosto.

– Eu não vou me arrepender. Eu penso dia e noite no dia em que você... o olhei e passei o dedo em seu lábio com cuidado. – No dia em que você colocou sua boca em mim.

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