Capítulo 71

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– Temos um problema... Falei ofegante tentando recuperar meu folego e passei o dedo em sua vagina, limpando o sêmen da entrada.

– Qual problema? Respondeu ofegante e deitou seu corpo na cama, me olhando em seguida.

– Acho que gozei dentro de você. Me apoiei na mesinha observando ela.

– Não acredito... Se levantou rapidamente e passou a mão entre suas pernas. – E agora? Correu para o banheiro e eu fui atrás.

– Existe uma pílula do dia seguinte, podemos comprar na farmácia. A observei enquanto entrava no box para tomar banho. – Mas você vai ter que ir comigo, eu não sei falar inglês.

– Eu nem sei o que é isso Estevam. Falou ríspida enquanto se limpava. – Isso é seguro? Me olhou.

– Você nunca ouviu falar? Arqueei a sobrancelha e entrei no box junto com ela.

– Estevam, minha mãe nunca me ensinou nada sobre relação a sexualidade. Eu sei sobre camisinha como proteção, porque aprendi isso no último ano em que estudei em uma escola de verdade. Me olhou.

– Eu vou dar um jeito! Fica tranquila. Segurei seu rosto e beijei sua testa.

Tomamos banho e eu me vesti com a roupa que vim. Laura colocou um pijama e se deitou na cama.

– Não durma, eu volto logo! Saí do quarto e fui até o quarto da produtora. Dei algumas batidas na porta, mas ela não abriu.

– Quer falar comigo? Ouvi uma voz atrás de mim e me virei. A produtora estava parada me observando.

– Sim, preciso da sua ajuda! Olhei aflito para ela.

– O que foi? Abriu a porta e eu entrei atrás.

– Eu preciso de uma pílula do dia seguinte. Ela me olhou espantada.

– Pra quem? Ela cruzou os braços.

– Não vem ao caso. Você consegue uma para mim? Suspirei.

– Eu consigo se você me disser pra quem vai dar. Falou em desdém.

– Para a Laura... Respondi rapidamente.

– Eu não acredito Estevam!!! Laura era virgem! Falou brava e fechou a porta para que ninguém nos ouvisse. – Você pode acabar com carreira promissora dela! Andou firme até mim.

– Não quero que isso aconteça, por isso ela tem que tomar a pílula logo! Passei as mãos no rosto.

– Não digo nesse sentido! Vocês vão se separar e ela vai sentir sua falta! Você não pensou nisso??? Continuou falando de forma alterada.

– Nós somos adultos! Ela vai entender a distância, assim como eu. Falei bravo.

– Vocês são tão adultos que estão agindo como dois adolescentes, transando sem camisinha! Pegou sua carteira. – Vem! Saiu do quarto com pressa.

A segui para fora do hotel e ela foi até uma farmácia. Permaneci ao seu lado e ela comprou o remédio.

– I'll want a emergency contraceptive, please. Solicitou ao farmacêutico.

Ele trouxe uma caixa para ela e ela assentiu, pagando em seguida. Saímos da farmácia e ela me acompanhou até o quarto de Laura.

– Consegui! Disse entrando no quarto e ela se sentou apreensiva na cama. Quando viu a produtora logo atrás de mim, se espantou.

– Eu... Eu... Tentou se defender, mas não conseguiu soltar nenhuma palavra.

– Querida! Não me diga nada. Ela se sentou na cama e passou as mãos no rosto de Laura. – Tome esse comprimido e assim que voltarmos para casa, marcarei um ginecologista para você.

– Me desculpe! Olhou angustiada para a produtora. – Por favor, não conte nada disso para meus pais.

– Meu amor, você já é maior de idade, eu não preciso dar satisfação nenhuma sobre a sua vida para eles. Ela assentiu positivo e a produtora se levantou. – Vamos Estevam! Já está tarde, deveriam estar dormindo!

Ela saiu do quarto e eu me aproximei de Laura, deixando um beijo em sua testa. Saí do quarto e agradeci à produtora, indo para o meu em seguida.

No dia seguinte, acordamos bem cedo, pois nosso voo seria o primeiro do dia. Tomamos café todos juntos e nos dirigimos para o aeroporto. A viagem duraria o dia todo, então só chegaríamos no final da tarde.

Laura sentou ao meu lado e dormiu em quase todo o trajeto. Acho que não havia dormido a noite, pois suas olheiras a entregavam.

Enquanto pegava a bagagem no aeroporto, meu celular não parava de vibrar, de notificações que recebi quando estava sem sinal. Peguei o celular e olhei várias tentativas de contato da Estefani. Me preocupei e liguei para ela.

– O que foi? O que aconteceu?

– Onde você está? Ela perguntou com a voz chorosa.

– Acabei de desembarcar, estou no aeroporto.

– O papai morreu Estevam! Ela exclamou aos prantos. Vem pra casa, por favor. Eu preciso de você!

– Estefani, fica calma, já já eu chego ai!

Desliguei o celular e andei depressa até a saída. Laura me alcançou e segurou em meu braço.

– O que foi? Onde você vai? Temos que passar na agência ainda! Me olhou aflita.

– Eu não posso! Meu pai morreu. Preciso encontrar a minha irmã. Disse afoito.

– Estevam! Eu sinto muito. Laura me abraçou forte e eu retribuí. – O que aconteceu? Como foi isso?

– Eu não sei... eu só preciso encontrar a minha irmã... Me soltei dela.

– Você não está em condições de ir sozinho, deixa que eu vou com você. Olhou para o grupo de modelos que veio conosco.

– Eu estou bem... Minha irmã que precisa de mim! Não se preocupe. Depois nos falamos. Segurei em seus braços e ela assentiu positivo.

Saí depressa pelo portão principal e entrei no primeiro taxi disponível. Quando cheguei em casa, Estefani estava deitada no sofá, toda encolhida e ainda chorando. Me sentei e a peguei forte, dando-lhe um abraço.

– Como isso aconteceu? Perguntei com os olhos marejados.

– Eu não sei... Foi muito rápido! Soluçou. – Ele estava no bar e disseram que ele só desmaiou. Quando a ambulância chegou ele já estava sem vida.

– Eu estou aqui! Vai ficar tudo bem. Acariciei seu cabelo e uma lágrima rolou por meu rosto.

– Ele morreu nesta madrugada, mas só fiquei sabendo pela manhã, quando o IML ligou. O corpo será velado agora a noite e o enterro acontecerá amanhã de manhã. Me olhou enxugando seus olhos.

– Você ligou para alguém? Limpei suas lágrimas também.

– Para quem Estevam? Não temos ninguém. Voltou a chorar e apoiou sua cabeça em meu peito.

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