Capítulo 13

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Fiquei sem graça com o que Estevam disse e me afastei, voltando para o outro lado do balcão.

Quando ele terminou de cortar a casca, cortou o abacaxi em cubos e colocou no liquidificador. Ele pegou algumas folhas de hortelã e colocou junto com a água que despejou no copo do aparelho, ligando-o em seguida.

Ele se virou para mim e me olhou, enquanto comia uma fatia de abacaxi que havia separado. Ri sem graça e coloquei as mãos no rosto.

– Afinal de contas, o que você faz? Me perguntou.

– Eu sou agente de viagens. Tenho minha agência e lá eu planejo a viagem de todos os meus clientes, desde quando ir, até quanto gastar.

– Bacana! Já deve ter viajado muito. Sorriu ladino e desligou o liquidificador.

– Um pouco. Ri. – Posso te mostrar algumas coisas depois, sem compromisso.

– Eu nunca saí daqui, apenas viagens curtas. Começou a coar o suco. – Nunca tive muita condição para isso.

– Hoje as coisas estão bem mais fáceis. Você pode planejar com muita antecedência e quando for a hora de ir, só curtir.

Ele pegou um copo e colocou o suco, dando a volta no balcão em seguida e me entregando.

– Mas com o que eu ganho hoje, não consigo fazer muita coisa. Riu.

Peguei o copo e experimentei o suco. E que suco! Estava maravilhoso. Olhei para ele por cima do copo enquanto bebia.

– Nossa! Está muito bom. Sorri passando a língua nos lábios.

– Aposto que o suco é mais gostoso que o café. Sorriu.

– Quero te fazer uma proposta. Volta a ser meu fisioterapeuta?

– Eu já disse que não posso pegar os clientes da Angela. Apoiou a mão no balcão, chegando mais perto.

– Sim, eu sei! Mas e se for particular? Encostei minhas costas no balcão, tentando me afastar. – Aqui, na minha casa, num parque... e eu pago para você.

– Podemos conversar melhor sobre isso. Sorriu retirando o copo de minha mão. – Quer mais? Neguei com a cabeça e sorri sem graça.

Ele saiu de perto e colocou o copo na pia. Quando retornou, tirou sua camiseta. Eu respirei fundo e fechei os olhos. Precisava ir embora.

– Me passa seu número, assim combinamos certinho. Abri os olhos e ele estava bem próximo a mim.

– Claro! Mas antes me responde uma coisa. Novamente apoiou sua mão no balcão. – Por que você fica tão nervosa quando estou perto?

– Porque... e-eu sou casada e eu tenho medo do que você possa tentar. Ele riu e pegou em minha mão, a apoiando em seu abdômen.

– Do que eu possa tentar fazer ou do que você pode acabar aceitando fazer comigo? Desceu minha mão por sua pele e a apoiou em seu volume na bermuda.

Respirei fundo e fechei os olhos novamente. Senti a respiração de Estevam próximo ao meu pescoço e em seguida, seus lábios.

– Estevam! Abri os olhos assustada e tirei minha mão de seu volume, apoiando em seu peito. – É melhor eu ir. Tentei o afastar.

– Eu sei que você quer. Cheirou meu cabelo e passou a mão por minha cintura, me colando em seu corpo.

– Sim, eu quero, e é por isso que preciso ir embora. Não posso fazer isso! Olhei em seus olhos.

– E se eu disser que você pode? Passou a outra mão por minha nuca e aproximou meu rosto do seu.

– Me deixa ir... Falei baixo sentindo seu hálito de abacaxi. Logo depois ele mordeu meu lábio e puxou.

– Deixo. Sussurrou. – Mas antes eu quero te mostrar uma coisinha. Me guiou, ainda com nossos corpos colados, até o sofá e me sentou.

Olhei para ele, que ainda estava em pé em minha frente, e comecei a imaginar que ele ficaria nu.

– O que você quer me mostrar? Coloquei as mãos no sofá e me afastei um pouco.

Ele colocou as mãos em meus ombros e me deitou no sofá, se abaixando em seguida por cima de mim. Deu um beijo em meu pescoço e foi descendo por meu corpo. Olhava atentamente para ele, e sentia meu corpo queimar de prazer.

Estevam tirou meu tênis e minha meia, massageando meu tornozelo machucado. Gemi de dor e prazer ao mesmo tempo. Ele subiu suas mãos por minhas pernas, as apertando devagar, e ao chegar em meu quadril começou a abaixar meu short junto com a calcinha.

Fechei os olhos e comecei a imaginar aquele homem dentro de mim. Meus mamilos estavam rijos e eu tremia de nervoso. Passei as mãos no sofá e agarrei o tecido que o cobria, enquanto sentia minha nudez ficar exposta. Parecia ser minha primeira vez.

Ele abriu minhas pernas e aproximou seu rosto de minha intimidade, passando a língua em meu clitoris. Estevam pegou com força em minhas pernas e afundou seus lábios em minha vagina. Sua respiração estava quente e acelerada.

Passei as mãos por seu cabelo e puxei devagar os fios entre meus dedos. Gemi baixo e mexi meu quadril para cima e para baixo, pedindo mais daquela boca carnuda. Ele penetrou um dedo em mim, e logo depois outro, fazendo movimentos de vai e vem enquanto passava a língua freneticamente em meu clítoris. Abri os olhos para observá-lo.

Estevam deu algumas mordiscadas nos grandes lábios e sugou meu clitoris com força. Tirou seus dedos molhados de mim e os chupou, me olhando nos olhos. Em seguida os penetrou novamente e continuou nos movimentos de vai e vem, curvando as pontas dos dedos dentro de mim. Estava quase gozando quando ele novamente aproximou sua boca de minha intimidade e voltou a brincar com meu clitoris.

Dei um gemido alto e tapei a boca no susto o que o fez me olhar com reprovação. Ele tirou seus dedos de mim e penetrou sua língua em minha vagina, a subindo devagar toda molhada, fazendo movimentos circulares em toda a extremidade. Senti um arrepio por todo o corpo e logo depois os espasmos em meu ventre.

– Ah... Uhn... Meu abdômen subia e descia com meu peito, devido a respiração ofegante.

Puxei seu cabelo para que ele tirasse a boca de mim, antes que me levasse a loucura. Precisava daquele homem dentro de mim. Me endireitei no sofá e o puxei, procurando por seu membro. Ele segurou meu pulso com força e apertou meu quadril com a outra mão.

– Se vista e vá para casa. Seu marido está te esperando. Sussurrou ríspido em meu ouvido e soltou meu braço, saindo rapidamente da sala.

Respirei fundo e me levantei do sofá colocando minha roupa com rapidez, sem entender muito o que acabara de acontecer. Após colocar meu tênis, procurei uma caneta e um papel e escrevi meu número, deixando em cima do balcão. Saí do apartamento e fui correndo para o carro, em seguida.

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