Capítulo 78

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– Posso pedir exclusividade? Perguntei beijando seu pescoço.

– Como assim? Ana suspirou e jogou a cabeça para trás.

– Somente eu posso lhe tocar dessa forma... Beijei todo o seu pescoço, chupando-o em seguida sem deixar marca. Ela nos virou na cama, ficando por cima.

– Você já tem Estevam. Sussurrou e me olhou nos olhos. As mechas de seu cabelo foram caindo sobre seu rosto e eu passei a mão por ele, colocando-o de um lado só.

– Mas isso não é um namoro, hum? Chupei seu lábio. – Porém, enquanto você for apenas minha, eu também serei apenas seu. Apertei sua cintura.

– Isso pra mim é namoro. Sorriu e apertou meu queixo, me dando um selinho demorado.

– Eu gosto de você princesa. Olhei em seus olhos.

– Eu também gosto de você. Passou seu nariz pelo meu e saiu de cima de mim.

Levantei a coberta e tirei a camisinha, me certificando que não estava furada. Me levantei e fui até o banheiro, a descartando. Lavei as mãos e o rosto, os secando em seguida. Voltei para o quarto e Ana já havia se levantado da cama e levado suas coisas para o quarto para se trocar. Coloquei minha cueca e me aproximei.

– Para onde você vai? A observei vestir sua calcinha.

– Para casa. Me olhou por cima do ombro.

– Por que? A abracei por trás.

– Porque se meus pais, ou melhor, minha mãe, descobre que estou aqui com você, eu nunca mais vou conseguir sair de casa. Se abaixou pegando o sutiã.

– Achei que dormiria aqui... A ajudei a encaixar o sutiã.

– Teremos muitas oportunidades para dormir juntos. Se virou para mim e me deu um selinho. – Não precisa me levar, eu vou de carro.

– De jeito nenhum, eu te trouxe, eu te levo. Até porque se você aparecer com um capacete nas mãos, sua mãe vai saber que saiu comigo.

– Relaxa Estevam. Colocou seu vestido. – Já planejei tudo aqui. Apontou para sua cabeça.

– Eu queria que você ficasse mais... Olhei para ela dos pés a cabeça.

– Eu também... Suspirou e colocou sua sandália, se abaixando em minha frente para afivelá-la.

– Então fica... Segurei sua cintura com uma mão e com a outra, subi seu vestido.

– Estevam! Ela se levantou e começou a rir, arrumando seu vestido. – Eu preciso ir, é sério! Ela se virou para mim novamente e apoiou a mão em meu peito.

– Ta bom. Suspirei e beijei sua testa. – Me avisa quando chegar em casa.

– Pode deixar. Pegou o capacete e foi até a porta. – Tchau. Me deu outro selinho.

Abri a porta para ela e a mesma saiu, descendo as escadas. Fechei a porta e me encostei atrás dela passando as mãos no rosto.

Instantes depois a maçaneta girou e eu me afastei. Quando a porta se abriu, Estefani me olhou dos pés a cabeça.

– Esse apartamento está cheirando sexo. Deu risada e fechou a porta atrás de si. – Eu vi a menina saindo do prédio. Arqueou a sobrancelha.

– Ela estava aqui... Me sentei no sofá e suspirei.

– Vocês brigaram? Deixou sua chave no balcão. – Não está com uma cara muito boa.

– Na verdade não. Sorri ladino. – Ela é ótima.

– Ainda bem que eu perdi o ônibus. Teria atrapalhado a foda de vocês. Riu e eu ri também. – Mas o que houve então?

– Eu estou confuso Estefani. Abaixei a cabeça. – Eu sei que já fazem dois meses que não vejo a Laura, mas ela não sai dos meus pensamentos.

– Estevam, Estevam... Você deveria parar de pensar nessa mulher. Ela não trouxe nada de bom pra sua vida.

– Ela trouxe cor Estefani. Eu amo aquela mulher, por mais que eu tente esconder. Coloquei as mãos no rosto e neguei com a cabeça. – Os únicos momentos em que não penso nela são quando estou com a Ana, e mesmo assim, eu não quero que ela seja minha válvula de escape.

– Mas eu vejo verdade em seus olhos quando você fala da Ana, o que te impede de ama-la? Se sentou ao meu lado.

– A Laura. Olhei triste para ela. – Eu quero tentar com a Ana, e já dei o primeiro passo. Eu só tenho medo de magoa-la.

– Isso não vai acontecer. Sorriu. – E outra... Mexeu inquieta nos dedos da mão. – Rola uns rumores na empresa que a Sra. Laura está grávida.

– Oi? Isso só pode ser fofoca, não é possível. Suspirei.

– Não sei se é fofoca ou não... são rumores. Ninguém tem certeza. Mas de qualquer forma, a gente não tem nada a ver com isso né? Se levantou.

– Você vai embora? Levantei o olhar.

– Sim... Vou pegar minhas coisas e vou hoje mesmo. Não quero dormir na cama em que meu irmão acabou de transar. Riu e eu joguei uma almofada nela.

– Besta. Me levantei também e a ajudei arrumar as coisas.

Ana Laura me mandou mensagem algum tempo depois dizendo que havia chego em casa e que sua mãe estava furiosa com sua saída.

"Eu disse que tinha emprestado o capacete do papai para uma amiga e fui pegar de volta, pois ela ia viajar e queria me devolver antes.

E ela acreditou? Respondi.

Sim kkkkkk mas estou proibida de sair de casa sem falar para ela onde estou indo.

Vamos ter que ficar escondido.

Aquele lance de eu ser só sua... é real? Perguntou.

Sim, você não quer? Entenderei caso não queira.

Na verdade eu quero muito... mas e a Laura? Digo, a Laura que você gosta. Não quero ser uma segunda opção.

Essa Laura eu quero deixar no passado, ok?

Ok... fiquei surpresa em saber que você é fisioterapeuta.

Isso é bom ou ruim?

Depende, acho que bom kkkkk vou ficar com ciúmes se te vir atender outras mulheres.

Não precisa. Sou apenas seu, assim como espero que seja só minha.

Quando você fala isso, que sou sua, me sinto tão excitada.

Continue se sentindo assim... eu adoro!"

Ana parou de me responder então, deduzo que ela já tenha ido dormir. Me deitei também e fechei os olhos. Tentei dormir, mas o que Estefani havia me dito, sobre Laura estar grávida, ficou em minha cabeça.

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