Capítulo 66

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– Primeiro vocês vão se olhar, de maneira sedutora. Depois vão colar os lábios. Estevam, você pegará no pescoço de Laura, demonstrando posse. O papel de vocês é ser um casal quente, então abusem na sensualidade. A produtora explicou.

Laura, receosa, tirou o roupão e o entregou a produtora. Ela tirou o pró-pé e pisou no cenário. Estava vestida com uma lingerie branca, onde no busto, um tecido estilo tule cobria sua pele e uma calcinha do mesmo material, cobria sua intimidade. Ela estava com um suspensório preso à cintura e as cintas passavam por sua pele até prender-se nas meias que calçava, até a altura das coxas. Ela estava com proteção por baixo da lingerie, de forma que não conseguia ver seus mamilos e muito menos sua virilha.

– Se continuar me olhando dessa forma, sairei correndo. Ela sussurrou enquanto se aproximava.

– Desculpe, você está linda! Olhei em seus olhos e a puxei com delicadeza pela cintura.

O fotógrafo perguntou se estávamos prontos e ao nosso sinal, os cliques se iniciaram. O corpo quente de Laura estava colado ao meu e era praticamente impossível não sentir nada estando tão próximo a uma menina tão bonita.

Nossos lábios se tocaram, mas não podíamos nos beijar. Era praticamente uma prova de castidade. Passei as mãos pelo pescoço de Laura e pude ver quando ela se arrepiou.

– Troca de figurino! Vocês têm 5 minutos. A produtora gritou e voltamos com os roupões para o camarim.

Atrás do biombo, tirei a cueca e apoiei as mãos na parede, respirando fundo. Meu membro estava duro e eu não poderia voltar dessa forma para a próxima sessão.

– Estevam, está tudo bem? Precisa se trocar logo! Julia exclama do outro lado.

– Só um minuto Julia! Disse ofegante. – Eu já saio. Coloquei a outra cueca e ajeitei meu pênis. Vesti o roupão e saí de trás do biombo.

Voltei para o cenário e Laura já estava lá. Vestia apenas uma calcinha de renda vermelha. Seus seio estavam sem tecido e apenas a proteção cobria seus mamilos. Está provavelmente é a fatídica cena em que pego em seus seios.

Meu membro pulsa dentro da cueca e tenho receio que percebam. Tirei o roupão e fui até Laura, que me olhava dentro dos olhos.

– Estevam, fique atrás de Laura. Você tocará com delicadeza em seus seios e olhará para frente. Na cena seguinte, você encostará os lábios no pescoço dela simulando um beijo delicado. Laura, apenas segure nas mãos de Estevam e olhe para a câmera.

Me posicionei atrás de Laura e tentei ao máximo não encostar nossos corpos. Era praticamente impossível.

– Com licença. Sussurrei enquanto passava minhas mãos trêmulas em volta de seu corpo e pegava em seus seios. Eram firmes e duros, embora pequenos, eram perfeitos. Ela passou suas mãos por cima das minhas, como orientado. Estava gelada e suava um pouco.

– Estevam, se aproxime de Laura. Vocês são um casal, têm de parecer íntimos. A produtora falou.

– Me perdoe por isso. Sussurrei em seu ouvido e colei nossos corpos.

– Você está duro! Ela sussurrou rude e apertou minhas mãos.

– Eu sei. Me desculpe. Está impossível! Eu nunca fiz isso. Falei baixo e nos interromperam.

Os cliques iniciaram e tentamos parecer o mais natural possível. Tentei me concentrar no ambiente e não fazer com que Laura ficasse sem graça com a situação.

Encostei os lábios em seu pescoço conforme me foi orientado e senti suas mãos tremerem. Eu não teria coragem nenhuma de olha-la depois dessa situação.

Tiramos mais algumas fotos e ainda tive que trocar de cueca para uma última sessão ao lado de Laura.

Quando voltei para o camarim, sem falar com ninguém, fui para o banheiro. Tirei meu membro de dentro da cueca e comecei a me masturbar. Eu estava sentindo dor, de tanto tesão que eu estava sentindo naquele momento.

Apoiei a mão na parede e aumentei os movimentos. Fechei os olhos e tremi suspirando intensamente. Comecei a gozar e mirei dentro do vaso, para não sujar o banheiro.

Após recuperar o fôlego, limpei meu pênis e saí do banheiro. Julia e Charles conversavam e me olharam preocupados.

– Está tudo bem? Charles perguntou.

– Sim! Falei sem dar explicações. Tirei a cueca atrás do biombo e me troquei.

– Te esperamos amanhã, Estevam! Julia falou e eu saí do camarim. Fui correndo até o hotel e subi apressado pelas escadas. O elevador só faria com que meus nervos explodissem em minha cabeça.

Quando cheguei no andar do meu quarto, Laura estava sentada diante da porta. Quando me viu caminhando até ela, se levantou depressa e se pôs em minha frente.

– Laura, me... Ela me agarrou pelo pescoço e me beijou. Agarrei sua cintura e a apertei em meu corpo, retribuindo o beijo. – Podem nos ver... sussurrei entre o beijo e tirei a chave do bolso, abrindo a porta.

– Não Estevam, eu não posso! Ela se afastou abruptamente.

– Desculpe. Entrei no quarto e ela veio atras de mim, fechando a porta atrás de si.

– Eu nunca fiquei com alguém desta forma, e você me tocar hoje no estúdio me fez sentir algo que nunca senti antes.

– Eu não pude me segurar. Prometi que seria respeitoso e quase explodi ao seu lado. Passei as mãos no rosto.

– Não precisa se desculpar, eu sei que acima de tudo foi respeitoso. Por ser você, me senti mais a vontade! Eu tenho que almoçar, pois tenho algumas foto a tarde, no jantar nos vemos. Ela sorriu ladino e saiu do quarto apressada.

Me sentei na cama e tomei um pouco de água gelada da garrafa. Estava quente e a situação também não estava ajudando.

Desci para almoçar bem depois de Laura, para não esbarrar com ela por aí e depois dei uma volta aos arredores do hotel. O bairro era bonito e tinham diversos locais para tomar café, comer um lanche ou uma sobremesa.

Espaireci os pensamentos que rondavam minha cabeça. Eu ainda pensava se Laura poderia estar sentindo minha falta. E me refiro a Laura que ficou para trás. Certamente ela voltou com o marido depois de os últimos acontecimentos.

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