case thirty nine:season three

Capítulo quatrocentos e três

3° season:four hundred and three
★ Eu também te amo ★
{Seattle, Washington;Cabana}
<Victor Jones narrando>

Eu parei de contar quantas horas estávamos ali. Eu ficava pensando se a Decker ia ficar muito brava quando eu não fizesse o que ela pediu, ou se o esquadrão ia atrás de mim. Eu pensava se minha irmã estaria bem, a cada minuto que passava parece que a preocupação aumentava. Mas eu estava me dando bem com a Tainá e isso me distraia um pouco, ela fala demais e eu só sabia rir. Ficava mais frio e eu estava quase congelando.

— Se eu morrer de hipotermia por causa daquele cabelo de fogo desidratado eu volto do inferno para puxar o pé dela. — Tainá resmungou e se arrepiou com o vento gelado que fazia. Eu ri e balancei a cabeça. — E você, até agora só eu falei.

— Eu não tenho nada para falar. Eu estou sequestrado no meio do nada, com frio, do lado da filha do presidente que por acaso é ficante da minha irmã que está desaparecida.

— Pelo menos a gente vai ter história pra contar. Lara me falava que você no estava no vai e volta com a Babi. Se resolveram? — Tainá perguntou entediada e eu dei de ombros. — Ah, qual é! — Tai me empurrou com o pé e com dificuldade ficou mais perto de mim. — A gente tem tempo.

— O que você quer saber? — Eu rebati e ela deu risinho infantil animado. — Eu conheci a Sevilla a três anos, eu sempre soube que sentia desejo por ela. Mas ela era a baixinha surtada que me odiava, eu só retribuía, eu tenho meu ego eu não ia aceitar ser rejeitado. — Rumorei e a Tainá deu risada. Eu revirei os olhos e ri e prossegui: — Nós dois  discutiamos pra cacete, e a gente quase acabou com um dos casos. E o nosso chefe decidiu que o jeito de aprender a trabalhar em equipe seria indo pra outra cidade investigar um caso arquivado. O caso arquivado era o trinta e nove, se eu soubesse o que ia acontecer desde de que eu entrei nesse caso eu nunca mais ia sair de casa.

— Se eu soubesse que me envolver com a Lara me traria pra cá eu faria tudo de novo. Eu adoro adrenalina. — Tainá fez uma piada com toque de verdade e resmungou com a posição que seu braço estava. Seu sotaque de Olympia era muito forte e eu achava fofo de certa forma, ela parecia uma criança animada com doce. — Eu quero saber o resto, Jones.

— Depois a gente começou a conviver juntos e deixou de ser desejo e virou sentimento. As brigas continuaram, mas sempre acabava com a gente dormindo juntos. — Falei lembrando daqueles meses e olhei para minhas mãos.

— Dormindo juntos é? — Tainá ironizou com malícia e eu virei os olhos. Ela riu em resposta. — Tudo bem eu entendi. E quando você soube que gostava dela?

— Acho que foi quando eu dei o colar de presente pra ela. Eu sabia que me importava com ela quando eu vi o pingente e lembrei dela. Toda vez que eu vejo ela usando e como se fosse uma lembrança e uma mistura de sentimentos. — Eu sorri de lado e a Tainá achou fofo. Eu fechei a cara de novo. Nem sei o que foi que eu fiz com a minha vida para estar aqui falando da minha vida para a pessoa que eu conheci faz cinco horas. Mas não me arrependo. — As brigas não pararam. Pelo contrário elas ficaram mais intensas. A gente falou várias coisas até eu confessar bêbado que era apaixonado por ela. Era não, sou. Depois disso ela fingiu que nada tinha acontecido e foi para outro estado esquecer os problemas, sem avisar ninguém.

— Nossa você devia escrever um livro com a história de vocês. Vocês dois são extremamente difíceis, pelo amor de Deus. — Tainá falou como se estivesse vendo um filme. Eu prensei os lábios ainda com as lembranças rodando minha cabeça.

— Eu sei. Eu perdi as contas de quantas vezes a gente repetiu "nós não íamos dar certo". Ela voltou um mês depois, mais brigas. Até que o dia que ela brigou com a mãe dela, aí ela foi lá em casa e começou a chorar. Eu abracei ela, consolei ela e depois disso a gente ficou de boa por um tempo. Nós ficávamos e agiamos como casal. Só que depois ela ficou com ciúmes, virou uma briga maior, outros motivos foram envolvidos, os dois choraram e depois achei que tinha acabado de vez.

— Victor, pelo amor de Deus. Depois de tudo isso você achou que ainda ia ficar longe dela?Você é lerdo igual sua irmã. — Tainá desdenhou e eu dei uma risada nasal e fingi estar ofendido. — Pera. Vocês ainda estão brigados?

— Não. Eu fui na casa dela hoje, eu pedi desculpas e ela pediu desculpas. E depois ela disse "Eu te amo".

— Não acredito!Finalmente! — Tainá comemorou e eu gargalhei. Depois ela ficou séria e olhou pra mim desconfiada. — Victor o que você respondeu?

— O que você acha?Eu fui dei as costas e fui pra casa. — Eu respondi e a Tainá abriu a boca. — É brincadeira, relaxa. Eu beijei ela, depois eu disse "eu também te amo".

//Eu pensei que ia dar pro Flashaback ser nesse cap porém ficou muito grande 😭😭 gostaram de Vic e Tai bem besties?