case thirty nine:season three

Capitulo quatrocentos e setenta e um.

3° season:four hundred and seventy one
★ E o que você sente?★
{Columbia, Carolina do Sul}
<Lara Cooper narrando>

Eu lavei o rosto e ajeitei um pouco o frizz do cabelo, olhei pela janela as ruas da capital do nosso país. Ouvi batidas na porta e murnurei para entrar. Tainá entrou e eu olhei rapidamente e depois voltei a olhar para janela.

— Victor disse que você queria falar comigo. — Tainá se explicou antes mesmo de eu falar qualquer coisa. Ela ficou distante perto da porta. Eu não tirei os olhos na janela.

— Uhum. — Concordei e depois o silêncio se formou por uns segundos. Eu não há via diretamente, mas eu sentia seu desconforto. — Tá tudo bem?

— Acho que eu devia fazer essa pergunta. — Ela respondeu em uma frase embolada.

— Por que tá nervosa?

— Você sabe porque, Lara. — Tainá respondeu se irritando. Eu sorri e logo voltei a expressão normal. Preferia que eu a irritasse do que deixasse ela desconfortável. — Fala, o que você queria me falar. — Tainá pareceu mais firme dessa vez em sua fala. Suspirei e encostei os ombros na parede.

— Por que mentiu pra mim, por tanto tempo? — Eu não sei exatamente como minha voz soou. Mas dizer aquilo em voz alto fez eu me sentir minúscula. Novamente o silêncio tomou conta daquele maldito quarto.

— Sabia como você ia reagir. — Tainá disse em voz baixa e eu quis rir. Rir de toda aquela situação.

— E resolveu esconder isso de mim por um ano?

— Eu quis te contar. Todo tempo. Toda vez que você tinha que participar de algum crime do club. Eu queria te contar.

— É, mas não contou.

— Eu tive medo, de você ficar brava e me odiar.

— Uma hora ou outra eu ia descobrir. E ficar brava de qualquer jeito. — Eu ainda mantive um tom calmo. Isso fez a Tainá surtar.

— Você me chamou aqui pra brigar comigo?! —Ela deixou transparecer o quanto tava chateada.

— Não tô brigando com você. Quero entender por que você fez isso. — Virei totalmente fazendo eu finalmente olhar para ela.

— Eu já respondi. — Ela disse quase choramingando. Me aproximei dela fazendo a gente ficar frente a frente.

— Essa vai ser sua única defesa?

— O que você quer Larissa? — Tainá me chamou pelo nome de verdade. E olhou para mim com seus olhos que refletiam mágoa.

— Me de motivos para não desistir de você. Eu não quero desistir de você. — abaixei o tom da voz e a Tainá deu passos para trás.

Eu não quebrei o contato visual com ela. Tainá abaixou a cabeça em silêncio. Depois ela olhou para mim de novo. Eu precisava que os motivos pra insistir, fossem maiores do que os motivos para desistir. Precisava saber se tinha válido a pena, tudo aquilo. Sua voz fraca começou a falar:

— Eu não fazia ideia que meu pai ia ameaçar você e sua família. Eu nunca ia ter pedido algo para ele se soubesse, mas eu era idiota na época. Quando você disse que meu pai tinha te ameaçado eu me senti horrível. Mas eu estava tão feliz que você ia ficar, que eu não conseguia dizer nenhuma palavra. Eu fui fraca. — Tainá disse fazendo eu desviar o olhar e passar a mão pelo rosto, eu estava nervosa. — Mas eu não menti sobre o que sentia por você, os sentimentos nunca foram pra manter você aliada do club. Se é isso que você tá pensando, eu nunca ia participar disso. Tudo que eu vivi e senti por você foi real. E você tá certa de estar brava comigo pela mentira, mas não duvida dos meus sentimentos. — Ela disse à centímetros de mim.

— É?E o que você sente?

— Gosto da sua companhia. Gosto de você. Eu amo você. E não tô falando de amizade. Você é bem mais que a minha melhor amiga. — Tainá usou toda sua sinceridade para dizer aquelas palavras. Suas mãos foram para minhas bochechas. — Posso?

Ela perguntou e eu sorri a beijando. Foi sereno e lento. Nada foi forçado e desesperado. Nossas bocas se entendiam bem. Minhas mãos foram para sua cintura.

É claro que o que a Tainá escondeu de mim, alterou a minha vida inteira. E a maioria dos vezes pro negativo. Mas ficar magoada pro resto da vida não era a solução. O sentimento positivo sobre a Tainá dominava o negativo. Não foi o suficiente para eu odiar ela. Pelo contrário. Eu amava a Tainá, e é se ela estivesse falando a verdade. Ela já tinha provado em atitudes, mesmo depois de tudo ela ainda estava lá depois do sequestro. Eu estava a disposta a dar uma segunda chance. E eu sabia que essa ia ser uma decisão perigosa.

//Oi né kkk