Capítulo quatrocentos e vinte e oito.

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3° season:four hundred and twenty eight
Eu amo você  
{Tacoma, Washington;Hotel}
<Tainá Costa narrando>

A Lara pediu um quarto só para nós duas, com duas camas separadas. Eu deveria voltar pra Washington D.C no outro dia de manhã, porque graças a Deus não conseguimos voo pro mesmo dia. A mídia estava me cercando sobre o sequestro, as cenas da Madelaine me batendo ainda me assombravam. Eu consegui um pouco de paz quando sentei na cama e passei as mãos no rosto.

— Você está bem? — Ouvi a voz da Lara e eu subi o olhar em sua direção. Ela riu sem achar graça. — Desculpa é uma pergunta meio idiota.

— Eu ainda sinto as mãos dela me jogando contra a parede. — Eu disse em voz baixa. Lara recuou um pouco suspresa.

— Ela te bateu?Por quê?

— Ela queria informações sobre o club. — Dei de ombros. Lara segurou meu queixo e fez eu olhar sem seus olhos. Ela analisou meu rosto e fechou os olhos por breve segundos. — Meus ombros ainda doem. No silêncio eu ainda sinto sua mão atingir meu rosto. O soco no meu rosto. Tudo por causa do meu pai e da porra do club.  — Eu disse e minha visão ficou embaçada por conta das lágrimas. — É sempre assim. Por que comigo?

— Ei, Tainá. — Lara se ajoelhou na minha frente e acaricou meu rosto. — Vai ficar tudo bem. Você em nenhum momento se culpe. Você não tem culpa do seu pai ser quem é. A gente vai conseguir apreender eles, eu juro para você. Nem que seja a última coisa que eu faça.

— Ele foi solto, não foi? — Eu disse e consegui olhar para ela. Lara suspirou pesadamente.

— Três meses de condicional. Mas escuta, a gente vai conseguir provar quem ele é. Ele vai ter o que merece.

— Lara... — Por um momento tive vontade de contar tudo a ela. Que tudo é culpa minha. Mas eu fechei a boca. Eu não consegui. Eu tive vontade de chorar. Lara arqueou as sobrancelhas esperando eu prosseguir. — Desculpa.

Eu senti meu peito se apertar. Minhas mãos tremiam e a vontade de chorar incontrolávemente veio. Lara me abraçou e eu fechei os olhos chorando compulsivamente.

— Está tudo bem, Tai. Eu estou aqui. Eu amo você.

— Eu também te amo. — Consegui dizer com a voz embargada.

case thirty nine:season three Onde histórias criam vida. Descubra agora