Capítulo 50

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capítulo triste hoje
boa leitura
e não esqueçam de votar e comentar

DREW

Não sei em que momento a conversa tomou esse rumo, mas agora JD se posiciona na frente de Rudy e Austin, que estão encarando com atenção Davis. O jogo é simples, quem comer o taco primeiro ganha.

Daí você me pergunta o que eles ganham. Bom, nada. Apenas o poder de se gabar.

- 1... 2... 3... Já! — JD faz a contagem regressiva e vejo Rudy e Austin brindaram com seus respectivos tacos e por fim atacarem os mesmos.

A partir da terceira mordida os tacos já se encontravam em suas bocas. Eles mastigam com pressa, enquanto suas bocas estão sujas de molho. Austin começa a tossir e Rudy lhe dá um tapa nas costas, como forma de apoio.

- ACABEI — Rudy grita com a boca cheia e toda suja de molho.
- Trapaceando até eu ganho. — Austin provoca em meio a tosses.
- Não! Nem vem. Eu ganhei, por mérito e... — de repente ele para de falar e coloca a mão na barriga, fazendo uma careta.
- Ah não! — JD exclama dando uns passos para trás.
- Ih, ele vai vomitar! — digo e começo a correr pra longe junto a Austin.

Paro do correr assim que esbarro em algo que acaba me fazendo cair.

Escuto o som da minha gargalhada preferida ecoar pelo ar e me viro em sua direção. Camila vem até mim e se agacha na minha frente.

- Daí está a minha resposta do porquê os homens vivem menos. — ela fala divertida.
- Nem pra você segurar os fios loiros do Rudy pra ele poder vomitar tranquilo. Você é um péssimo amigo. — ela diz negando e eu não consigo evitar de sorrir.
- Você estava me observando é? — falo começando a acariciar sua bochecha e Rodrigues revira os olhos.
- Observando vocês no plural, seu convencido. — ela diz se levantando e eu faço o mesmo.
- Chata — resmungo.
- Contando que um círculo de homens se desafiando não passa despercebido. — ela diz e eu fico confuso.
- Por que? — pergunto.
- Porque vocês são bem escandalosos e por sempre dar merda no final. — ela dá ombros.
- O que vai fazer agora? — eu questiono.
- Eu vou arrumar minha mala.

Às vezes, eu esqueço que uma hora ela vai ter que ir embora.

- Quer ajuda?
- Claro, se não for te atrapalhar. — ela diz começando a caminhar.
- Quando o assunto é você, nunca incomoda. — digo seguindo seus passos, lhe dou um beijo na bochecha e a mesma sorri.
- Antes de irmos, eu tenho que ir falar com a Jane.
- Sobre o quê? Aconteceu alguma coisa? — pergunto preocupado por da última vez que ela foi conversar com a Jane algo ruim aconteceu.
- Não. Tá tudo bem, eu prometo. É sobre o trabalho mesmo. — eu aceno e ela me dá um selinho, antes de ir em direção ao set.
- Drew? Drew Starkey? — uma menina de cabelos ondulados, me chama com a expressão de choque e êxtase.
- Sou eu. — deixo uma risada sair pelo modo que a garota está.
- Eu adoro o seu trabalho, tipo... Meu Deus. Você é um ótimo ator. Sério. Sua performance com o Rafe foi incrível! — ter o meu trabalho reconhecido me faz sentir realizado, não precisa ser um crítico de primeira a fazer isso, porque se ainda houver pessoas me apoiando pra mim já basta.
- Muito obrigado. Me deixa feliz em saber. — lhe dou um sorriso sem dentes e suas bochechas coram.
- Posso...? — ela ergue o celular indicando que ela quer uma foto, aceno com a cabeça e ela se posiciona do meu lado.

Ela ergue o celular um pouco acima de sua cabeça para que eu aparecer, por eu ser mais alto. Assim que ela tira o foto, mais duas garotas e um garoto já formaram uma fila com seus respectivos smartphones na mão.

Depois de tirar foto com cada um deles e ganhar flores de uma fã, que eu até que gostei nunca tinha ganhado flores antes.

- Os hormônios escandalosos já foram? — ouço sua voz provocativa e viro meu corpo pra ela.
- Não precisa ficar com inveja, eu te dou um autógrafo se quiser. — vou até ela e aperto suas bochechas.
- Não fica tristonha. — digo e ela torce o nariz.
- Eu queria mesmo era uma foto. — ela resmunga fazendo um biquinho fofo.
- Ok. — confirmo e ela abre um sorriso.
- Beleza! — ela me entrega seu celular e eu fico confuso.
- Eu só vou chamar o Rudy e ai você pode tirar uma foto nossa. — eu fecho a cara rapidamente e Camila gargalha pela minha reação.
- Não é engraçado! — paro de andar fazendo Rodrigues parar um pouco mais a frente, coloco minhas mãos sobre meu rosto e vejo Camila revirar os olhos.
- Pode apostar que é. — ela afirma e me puxa pelo braço para que eu comece a andar em direção ao seu quarto.
- Você feriu meus sentimentos. — resmungo ainda parado no mesmo lugar.
- Quer dizer seu ego? — ela pergunta e tenta segurar a risada.
- Saí daqui. Vai lá chamar o Rudy pra te ajudar a fazer sua mala. — cruzo o braços fazendo birra e ouço Camila suspirar.
- Dru. — ela me chama, porém eu a ignora.
- Vamos lá me ajudar, por favor. Ou você vai me deixar na mão, sendo que é minha última semana aqui? — ela diz acariciando meus braços, me faço de difícil por um tempo, mas acabo cedendo.

🤍

- Por onde começamos? — pergunto enquanto me sento na sua cama.
- Bom, eu dobrei algumas roupas mais cedo então você pode ajeita-las na mala pra mim. — fala apontando para uma pila de roupas que está em cima de uma poltrona ao lado da cama.

Camila coloca sua mala em cima de cama e eu vou em direção a suas roupas.

- Acho que estão muito mal dobradas. — digo despontando a pila de roupas.
- Por que? — ela pergunta parando em pé ao meu lado.
- Porque elas estão.
- Isso não é resposta.
- Joseph! — ela exclama quando retiro algumas outras peças que estavam em sua mala.
- Você me chamou de Joseph? — pergunto me virando para olhar pra ela.
- É o seu nome. — ela dá ombros e tenta me empurrar para o lado.
- Só porque você me chamou assim, agora eu vou dobrar todas as suas roupas. — digo e a pego no colo lhe colocando sentada na poltrona.
- Só porque eu te chamei pelo seu nome? — ela pergunta tanto uma risada confusa.
- Pra você é Drew, Bae, Lindo, Gatinho... Amor — sussurro a última palavra e me viro para me concentrar em suas roupas.
- Amor? — Camila diz sussurrando, indicando que ela escutou.

Tiro a atenção de suas roupas e me viro para ela novamente. Coço minha nuca, claramente nervoso, meus olhos estão grudados ao chão e posso sentir minhas bochechas esquentarem.

- Eu... Bom, não sei... Eu só... — falo gaguejando e sinto minhas mãos suando.

Ela se aproxima de mim e sinto o cheiro floral de seu perfume consumir o ar, suas mãos pequenas e macias são posicionadas em meu rosto. Camila acaricia minhas bochechas e levanta meu rosto e seus olhos castanhos penetrantes caem sobre mim.

- Eu adoraria de te chamar de "amor", mas — ela começa a falar, porém, é interrompida.

Eu sei qual é a continuação desse "mas", eu só não quero ouvi-la em voz alta.

- Não, sem mas. — nego com cabeça e pego em suas mãos.
- Dru... Por favor, não faz isso. — ela diz baixinho.

Dou um suspiro longo e pesado, passando as mãos no meu rosto de forma angustiada.

- Então vamos ao trabalho. — tento passar um entusiasmo na voz, mas devo falhar miseravelmente pela expressão de Camila continuar a mesma.
- Me desculpe. — peço sinto meus olhos arderem e minha garganta pesada, ela nega com a cabeça apertando minhas mãos como sinal de conforto.

Ela me puxa para uma abraço apertado que serve de ponto chave para que lágrimas escorram em meus olhos.

- Se eu pudesse... Eu ficava aqui com você. — ela diz com a voz embargada.
- Eu sei... — solto um suspiro.
- O ruim vai ser ver aquilo que era rotina virando saudade. — digo contra seu pescoço e ela me aperta mais contra si em resposta.

que dor :'(
obrigada por ler até aqui
Miss Brigadeiro

Transferida - Drew StarkeyOnde histórias criam vida. Descubra agora