XXI - Um Presente Santo

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ARMANI

Quinta-feira de manhã, Alessandro tinha dito que voltava nesta manhã, mas não havia nenhum sinal dele

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Quinta-feira de manhã, Alessandro tinha dito que voltava nesta manhã, mas não havia nenhum sinal dele. Fiz o que sempre faço, arrumei a casa que estava arrumada, desmontei o castelo de Lego que estava ainda na sala completamente montado e guardei. Decidi que fosse uma boa ideia limpar os vidros enormes da casa, nunca havia feito antes.

Pedi que o Octávio me encontrasse escadas, para que pudessem ajudar-me a chegar ao topo do vidro e jornais que já não estavam atualizados, nem a serem usados.

- Menina Bankole, tem a certeza que ligar para um profissional não é uma ideia melhor? - ele perguntou enquanto eu limpava os vidros no topo.
- Vou ficar bem Octávio, obrigada. - comentei enquanto espreiava o vidro com o detergente.

Foi então que ouvimos a campainha a tocar, Octávio atendeu, obrigando-me a receber o meu noivo de brincadeira com o ar de diarista que submeti-me a ser.

Pouco tempo depois, Octávio voltou com o Santo que estava como sempre vestido num fato, mas diferente de outros dias, o humor dele não parecia estar indiferente.

Os olhos dele caíram na sala inteira, para os jornais e detergentes, para as escadas e finalmente para mim com a sobrancelha arqueada. Eu gostava de como os olhos dele eram observadores, sempre atento no que está ao seu redor, como um predador atrás da sua presa, de maneira mais discreta e silenciosa o possível.

A expressão dele é sempre neutra, nunca está zangado, nunca está feliz, era fácil ditar (pelo menos para mim), quando ele estava normal ou irritado, mesmo com a expressão plana.

- Com licença Sr. Morelli. Menina Bankole- Octávio deu-me um pequeno aceno antes de sair e retirar-se do apartamento.

Sem querer se sentar, nem demorar, Santo disse que tinha uma pergunta rápida para mim e ele disse que vai depender de mim se ele vai ou não demorar.

Enquanto ele explicava isso, eu descia das escadas longas e notei que ele aproximou-se, como se fosse instinto (porque não acho que ele notou), assim se alguma coisa acontecesse, se eu escorregasse ele estaria por perto, para apanhar-me.

Quando cheguei ao chão, eu tinha o coração a milhas, com as palmas suadas, primeiro porque não sei do que se trata, segundo porque o Alessandro pode voltar a qualquer momento e eu não sei se estou pronta para o que pode acontecer a seguir. Pois em momento algum ele vai descarregar no Santo, mas sim em mim.

- Dormiste com o Roman? - ele perguntou calmamente e imediatamente senti-me a morrer e a ressuscitar naquele mesmo segundo.
- E...hã?

Se eu digo "sim" ele vai perceber que eu não quero saber do Roman e se o plano da Dianna, nesse caso, meu, é de fazer parecer que me estou a apaixonar pelo Roman e fazer com que ele sinta o mesmo, eu tenho que convencer as pessoas a volta dele que eu estou a me apaixonar por ele, para parecer mais autêntico.

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