XLIV - Um Dia Mau.

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ARMANI

Nicolette e eu almoçamos juntas na casa do Roman, foi honestamente a primeira vez que a vi a cozinhar e eu fiz o mesmo que fiz com o Roman da outra vez, ajudei com o que ela precisava

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Nicolette e eu almoçamos juntas na casa do Roman, foi honestamente a primeira vez que a vi a cozinhar e eu fiz o mesmo que fiz com o Roman da outra vez, ajudei com o que ela precisava.

Dançamos as músicas horríveis que o Roman tinha e conversamos e jogamos um dos montes de jogos que o Roman tem na sala de jogos (surpreende-me como ele investe na compra de jogos para todas as casas em que ele supostamente deveria estar), até que o prato estivesse pronto, depois preparei a mesa para nós e nos sentamos para comer.

- É estranho sermos amigas enquanto já comemos o mesmo pau? - perguntei enquanto mastigava.

Nicolette olhou para mim com a sobrancelha arqueada e depois desatou-se a rir e depois abanou não com a cabeça.

- Pelo menos não para mim. - ela disse finalmente. - Tens algum problema com isso?
- Não. - sorri.
- Talvez se tivesse sido uma questão de amor, amor a sério entre ele e eu. Não era amor.

Ela virou-se depois para o telemóvel que estava a tocar e depois para mim, para dizer-me que era o Santo. Disse com um sorriso maroto, atendeu e colocou a chamada no auto-falante e esperou a bomba explodir.

- D'amico, para de incluir a minha esposa nas tuas merdas. - Santo disse
- Eu também estou óptima Santo, obrigada por perguntares.
- Vai a merda Nic.

Tive a leve impressão que ele revirou os olhos.

- Até onde sei, ela é autónoma e ela tomou a decisão dela.
- Nicolette, ela está em Veneza por um motivo. Achas que eu...
- Donatella só está em Veneza porque tu és um medroso de merda, Santo. Vamos falar as coisas como elas são.
- Se é isso que eu tenho que ser para protegê-la, então que seja. Donna não vem a Chicago.
- É claro que não, ela vai a Nova Iorque mas olha, tu é que perdes a oportunidade de fazer mais um Milano.

Nicolette não tinha filtro com ninguém, ela era mais frontal com o Santo e o Roman do que qualquer outra pessoa que constantemente conversava com eles.

Ela não esperou que ele respondesse, simplesmente desligou a chamada e depois olhou para mim.

- Estou pronta para o teu namorado também. - ela sorriu e eu revirei os olhos com um sorriso.
- Donna vem para Chicago. - eu disse-lhe.
- Claro que vem, mas não vai o ver se ele continuar a comportar-se como um homem das cavernas.

Conversei com a Nic sobre ficar na casa dela enquanto procurava ainda um sítio para arrendar e mudar-me e ela não teve problemas nenhum com a ideia, concordei que iria para casa dela depois do funeral do Marcelo que seria o dia depois de amanhã, que é o dia que a Donatella chega.

- Vais ao funeral do Octávio amanhã? - perguntei
- Vou. Apesar de eu detestar funerais, não vou a nenhum desde o da minha mãe.
- Ohh Nic...desculpa introduzir o assunto...
- Nada disso, eu estou bem. - ela sorriu. - Sem contar que tem o do Marcelo, portanto, não escapo.
- Bem, para além de todos esses, tenho ainda o meu privado para ir.
- Por causa do Cerutti?
- Não. O da minha mãe.

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