XI - Desculpa.

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ARMANI

Depois da médica dispensar-me, Roman acompanhou-me até o carro, onde o Octávio já estava a minha espera

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Depois da médica dispensar-me, Roman acompanhou-me até o carro, onde o Octávio já estava a minha espera.

Ele fez a gentileza de abrir a porta para que eu entrasse mas deixou-me com um recado. Com os olhos fixos nos meus, obrigando-me a inclinar a cabeça para manter o contacto visual entre nós dois, por causa da nossa diferença de altura um pouco abismal, ele disse: - Da próxima, liga-me só quando estiveres a morrer.

O tom dele estava difícil de decifrar, estava neutro, com os olhos frios, como sempre, mas eu estava com dificuldades em dizer se ele estava a falar a sério ou fingir. Mas quando penso, Roman nunca brinca.

- Por favor não penses que eu liguei-te porque um dos teus homens sexualmente violou-me. Eu liguei-te porque eu tinha algo que acreditei que seria do teu interesse. Nada haver contigo, nada haver comigo, tudo haver com a tua máfia. - falei baixo mas com convicção e o Roman arqueou a sobrancelha. O que significa que eu tinha a atenção dele. - Vou manter-te informado. - eu disse-lhe antes de entrar no carro e sozinha fechar a porta.

Não deixei de olhar para o Roman, até o carro andar e deixá-lo para trás.

A minha relação com o Roman, sempre foi inexistente, ele nunca quis saber de nada que tinha haver comigo, desde que não tivesse nada haver com o negócio dele, ele não queria saber. O mesmo tem estado a acontecer agora, mas um pouco diferente porque tenho me encontrado constantemente a não saber ler as suas expressões juntamente com o que lhe sai pela boca. Ele ainda quer saber de mim, pelo bem da máfia, mas o olhos dele tem estado a dizer muitas outras coisas, que tenho estado a ter dificuldades em perceber, talvez nem devesse tentar perceber.

Quando chegamos à casa, Octávio subiu comigo, tirou as chaves dos bolsos e abriu a porta, fomos recebidos por uma casa que não era o que eu havia deixado. O apartamento estava coberto de rosas vermelhas, vasos de rosas vermelhas em todo lado, pétalas das mesmas no chão, era como se o cupido tivesse vomitado aqui.

Alessandro estava no meio com a cara completamente cheio de vergonha e culpa.

Fitei o Octávio e agradeci-lhe por me ajudar durante amanhã, ele assentiu e foi-se embora depois de fechar a porta.

Alessandro aproximou-se e eu não hesitei em segurar as mãos dele quando ele pegou-me, foquei-me em olhar para ele e ouvir o que ele tinha a dizer.

- Eu...eu peço tantas desculpas por ontem Dianna...- ele pestanejava rapidamente como se estivesse a segurar lágrimas. - ...oitocentas rosas nunca vão cobrir o trauma que eu te causei na noite passada, - ele apontou ao redor - oitocentas rosas não vão apagar o ontem da memória de nenhum de nós,  e não vão tirar-te as dores que te causei. Eu peço desculpas.
- Está tudo bem. - eu disse-lhe.
-  Não, não está. Eu estava tão embaraçado...tão embaraçado Dianna, que bebi até dormir no meu próprio vomito.
- Eu estava tão magoada que dormi no pote das minhas lágrimas. - puxei um pequeno sorriso.
- Eu peço desculpas.

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