XLVIII - Negócios De Família

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R O M A N

Eu estou a jogar a quase cinco horas agora

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Eu estou a jogar a quase cinco horas agora.
Sei disso porque era meio noite quando liguei o jogo e agora consigo ouvir os pássaros na minha janela, e estou a tentar não acreditar que fiquei acordado por causa da minha ansiedade perante a família que dorme lindamente quando pensam ou não em mim.

Quando desliguei o PS, fiz o que devia ter feito horas atrás, forcei-me a dormir e só percebi-me que realmente deu certo quando acordei.

***

Foi como fechar os olhos e voltar a abrir em segundos. Foi como piscar. Eu praticamente só descansei a porcaria dos meus olhos, porque o bater na porta da minha casa não parava de interromper e a intrometer-se no meu sono. Era como se alguém estivesse a bater-me a cabeça com um martelo dentro do meu próprio sono.

Quando olhei para o telemóvel para perceber quem me estava a interromper o descanso que muita falta me fez, era a minha querida namorada, a pegar os hábitos das amigas dela: não reconhecer que a campainha funciona.

Desci as escadas sem dar-me o trabalho de usar uma camisa, afinal de contas, estava só a receber a minha namorada; e assim que abri a porta, estava lá a mulher de quem muito ansiei, mas estava acompanhada por alguém que eu não planeava em ver pelo menos até ao próximo século.

- Antes de eu chegar a ti. - falei para o Luca. - Buongiorno boneca. - virei-me para a Armani. - Esqueceste como se usa a campainha?
- Eu toquei a campainha. Liguei-te, mandei-te várias mensagens. Parece que estás só programado a ouvir a porta a bater.
- É cedo demais para as tuas piadas, piccola.
- É meio dia, não é assim tão cedo.

A sério?

Passei a mão pela cara e depois perguntei para ela o que era aquilo que ela trouxera, referindo-me ao Luca.

- Ele precisa da tua ajuda. - ela disse ao entrar.
- Não. Ele não precisa. - fechei a porta na cara dele com as malas dela lá fora.

Eu não amo-a ainda, mas consigo ver-me a amá-la para o resto da minha vida assim que eu o fizer. TUTTAVIA, isso não significa que ela não me vai chatear uma vez a outra, como agora, ela está a chatear-me, ela está a meter-se nos meus assuntos de família, ela está no meu caminho e eu estou a beira de surtar de nervos.

Porque diferente dos outros, eu não nego que tenho emoções, muito pelo contrário, eu tenho tantas emoções, mas talvez não seja aquelas que as pessoas estão acostumadas a ver ou ter; ira é sem dúvida o sentimento mais fácil de se despertar em mim e o que mais predomina e a minha namorada estava sem dúvidas a despertar.

- Ei, olha para mim. - ela colocou a minha cara no meio das suas mãos suaves e magras e foi como deitar na minha almofada depois de um dia longo. - Ele precisa de ti, ele é o teu irmão, Roman.
- Eu não são a Autumn, Armani. Eu não vou perder nem um minuto da minha respiração a ajudar nenhum deles.
- Então não questiona porquê não contam contigo quando coisas más acontecem na família.

BLACKJACK [A APOSTA]Onde histórias criam vida. Descubra agora