XXIII - Para Veneza

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ARMANI

Nicolette veio até ao quarto comigo onde fechou a porta antes de ajudar-me a fazer as malas

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Nicolette veio até ao quarto comigo onde fechou a porta antes de ajudar-me a fazer as malas. Ela contou-me que o Roman ligou-lhe durante a tarde e ofereceu-se em pagar todas as despesas da viagem desde que ela me levasse e nos hospedássemos na casa dos pais dele.

Não tinha nexo, mas ela não parecia estar a mentir.

O tempo não batia, Roman só veio a minha casa no final dia porque foi a altura que soube que eu estava de rastos. Porquê é que ele iria programar uma viagem para mim e a Nicolette só pelo bem de fazer um programa para a Nicolette e incluir-me.

- Roman? - perguntei ainda desacreditada pois última vez que falei com ele, ele parecia que queria matar-me.
- Sim. - ela disse mas depois franziu a testa. - Espera, foi Santo ou Romano que ligou-me naquele momento? - ela pensou e assentiu depois. - Sim, foi o Romano. Porque lembro-me que discutimos quando ele disse que tínhamos que ficar na casa dos psicopatas dos pais dele.

Franzi a testa enquanto dobrava a roupa e senti o rio de culpa a tomar conta de mim outra vez.

Provavelmente eu tenha tocado um assunto muito sensível para o Roman quando falei aquilo ontem, talvez até seja por isso que ele irritou-se tanto comigo, sem nem querer continuar com a discussão.

Seja como for, a maneira como reagi perante ao Roman, não é correto para ninguém, aquilo que eu fiz ontem não é algo do meu carácter e eu estou embaraçada pelo que fiz.

- Eu...ontem ele esteve cá e eu falei-lhe muitas coisas horríveis Nicolette. - olhei para a roupa na mala. - E é mau porque antes dele ser o Roman, ele é um ser humano e eu fui horrível.
- Oh querida, o Roman é horrível com todos a partir do momento que abre os olhos. Ouvi dizer que o sol nem nasce do lado da janela do quarto dele. - ela disse dispensando o assunto.

Nicolette estava a tentar aliviar-me o coração mas eu tinha que sentir aquilo.

Passo o tempo todo a pedir que o Roman me humanize e quando ele finalmente o faz, eu descarto tudo e lembro-lhe do ser humano horrível que ele consegue ser, quando ele está a tentar ser a versão contrária.

A minha falta de resposta fez a Nicolette voltar a falar e levar o assunto mais a sério.

- Olha, ele e o Santo vem amanhã. Quando tiveres tempo, só tens que te aproximar dele e pedir desculpas.
- E se ele não perdoar?
- Não é a obrigação dele perdoar-te.

Lembrei-me do dia que o Alessandro estava a pedir-me desculpas pelo o que fez e eu não lhe dei a satisfação de ouvir a minha aceitação pelo perdão que pedia.

Não era minha obrigação aceitar o pedido de perdão dele, assim como não será a do Roman.

- Mas pelo menos terás feito a tua parte, o que já é um grande passo para o perdão. - ela tirou um sorriso sem revelar os dentes. - Agora, coloca aí uma saia, faz um calor infernal lá.

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