XXXVI - Reunião Urgente

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ARMANI

Dou graças que o Alessandro não tenha aparecido, caso contrário eu daria cabo da existência dele só pelo facto dele ter pose das coisas da Autumn

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Dou graças que o Alessandro não tenha aparecido, caso contrário eu daria cabo da existência dele só pelo facto dele ter pose das coisas da Autumn. Portanto, mal a senhora informou-me que ele não iria conseguir vir, peguei em mim e saí, tentei chamar um táxi  mas o motorista dele fez questão de vir buscar-me e levar-me a casa.

Assim que cheguei a casa, notei que o Alessandro havia deixado o laptop por cima da bancada da cozinha, por isso, abri  o laptop e tal como presumi, fui deparada pelo pedido de palavra passe.

Foi então que comecei a tentar todo tipo de nome, nome dele, do irmão, do pai, tudo com receio de bloquear o laptop e ser descoberta.

Nome da mãe? De um animal de estimação preferido ou que morreu? Alcunha talvez.

Foda, eu tenho que ouvi-lo a falar mais vezes.

A campainha tocou no meio da minha tentativa de abrir o laptop, descalça, fui até a porta e abri-a para receber o Santo que estava com a expressão séria, como sempre.

Convidei-o a entrar, pedi-lhe para acompanhar-me até a cozinha porque era onde eu estava a trabalhar no momento.

- O que é que estás a fazer? - ele perguntou
- Estou a tentar abrir a porcaria do laptop dele. Eu sei que ele tem alguma coisa aqui que tem haver com a minha irmã, Santo.
- Armani...
- A família dele trafica miúdas, porra. - gritei para o Santo pela primeira vez desde que o conheço .

Santo franziu a testa, mas não disse nada e eu não tive a coragem de pedir desculpa, pois eu não tenho que lamentar pelo o que sinto, talvez por como me abordei a ele, mas ele não vai querer saber agora.

Eu estou com medo, eu não sei o que fazer, eu quero chorar mas não tenho tempo, eu não sei o que sentir.  Eu literalmente não sou ninguém ao lado desta gente, mas eu não posso perder a minha irmã desse jeito.

- Desculpa. - a minha boa educação foi maior que o que sinto. - É que...ele estava a falar ao telemóvel - comentei. - e disse alguma coisa sobre não aceitar abaixo de dezasseis milhões e coincidentemente eu encontrei as coisas dela lá...
- Ele disse desse jeito? O preço, digo.
- Sim.
- Não tem nada haver com assuntos ilegais. - ele assegurou-me. -Ninguém deixa explícito assuntos que nos podem levar à cadeia. - ele encolheu os ombros. - Assuntos como esses negocia-se pessoalmente, em sítios públicos ou num lugar a escolha da pessoa que está a vender.

Eu não sabia o que dizer, honestamente eu não queria nada para além de abrir a porcaria do computador e livrar-me da porcaria da
minha curiosidade.

- Sabes o nome da mãe dele? - perguntei.

Os meus olhos estava no outro lado da cozinha, eu estava a mesmo a agir como se fosse culpa dele, mas ele não parecia se importar.

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