LII - Ela Disse Sim.

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ARMANI

{6 meses depois}

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{6 meses depois}

Confesso que eu estava um pouco nervosa.

Eu estava agora sentada na sala de espera, esperando ser chamada para ser atendida pela Dra. Márcia Kimberly Prest, nesta clínica que graças a Deus o meu seguro cobre.

Eu não sei o que esperar, mas eu estava mesmo com medo de saber o que iria acontecer assim que eu fosse chamada.

Será que é assim que os ateus sentem-se quando tentam rezar? Não sabem nem por onde começar, porque tenho a certeza que ela vai querer falar dos meus sentimentos e do que levou-me até aqui e dos porquês de eu ter aceite o convite da minha irmã a visita-lá. E surpresa, surpresa, eu não tenho resposta para nada disso.

- Armani Bankole? - a recepcionista chamou-me.
- Sim?
- Pode entrar. - ela sorriu. - Terceira porta à direita.

Assenti e levantei-me para seguir as direções que me foram dadas.

Quando cheguei, bati a porta e ouvi uma voz feminina a autorizar-me a entrar e assim o fiz, dei de cara com uma mulher de estatura pequena, com o tom de pele abaixo do meu e os cabelos cacheados, amarrados em um coque. Tinha um par de calças pretas e uma camisa simples branca, com um par de sapatilhas igualmente brancas. Escolha de roupa segura.

- Quando a Autumn disse que a irmã dela viria, eu não estava a espera que fosse uma versão mais adulta dela. - ela sorriu. - É como se a vossa mãe tivesse dado parto a mesma pessoa, duas vezes em anos diferentes. - ela disse, convidado-me a sentar-me. - Chamo-me Márcia e tu?
- Armani.
- Armani, o que te traz aqui?

Minha irmã.

- Minha irmã. Ela pediu-me para aparecer aqui seis meses atrás, quando mudei-me para cá, mas o bus demorou deixar-me aqui.
- Hm, sarcástica. Tal como a mais nova. - ela voltou a sorrir.
- Desculpa.

Ela abanou a cabeça num não.

- Seis meses. Um ano, dois. Não importa quanto tempo levaste para chegar até aqui, o importante é o porquê tu chegaste aqui. Sabes porquê estás aqui, Armani?

Suspirei.

- Bem, por várias razões, mas a principal seria o relacionamento em que estive recentemente com um homem que não é muito bom. Ele...vive num mundo distorcido, - expliquei. - não é culpa dele. - murmurei. - Nossa relação começou meses atrás e terminou antes de ter pernas para andar...
- Quando dizes que ele não era bom, referes-te ao facto dele ser abusivo?
- Não! Não de todo. - ela assentiu.

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