XXXIII - Introdução A Nova Etapa

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ARMANI

Quando chegamos ao carro dele, Roman fez questão de abrir a porta para mim, como deve ser, como um autêntico cavalheiro e eu não consegui evitar o sorriso que escapou-me os lábios, mas ele  como sempre, não deu importância alguma ao gesto

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Quando chegamos ao carro dele, Roman fez questão de abrir a porta para mim, como deve ser, como um autêntico cavalheiro e eu não consegui evitar o sorriso que escapou-me os lábios, mas ele como sempre, não deu importância alguma ao gesto.

Simplesmente voltou para o seu lado do carro, ligou o motor pôs-se a andar.

- Conta-me uma coisa boa sobre ti que eu não saiba. - pedi enquanto comia o segundo sorvete.
- Uma coisa boa?

Abanei a cabeça enquanto olhava para ele atentamente, aguardando uma resposta.

- Eu não sou uma boa pessoa...logo, não faço coisas boas.
- Tenho muitas dificuldades em acreditar nisso Roman. - sorri e ele encolheu os ombros e continuou a conduzir seriamente.

Por causa da sua falta de colaboração por parte dele, senti-me obrigada a dar continuidade com a minha pergunta.

- Tudo bem, eu começo. - revirei os olhos. - Não é bem uma coisa boa, é só um facto sobre mim. Eu como quando estou stressada. É minha forma de lidar com o stress, tipo tu...
- Eu? - Roman arqueou a sobrancelha
- Sim. Eu pude notar que quando tu estás zangado ou triste ou estás a sentir muita coisa que não é bem-vinda, tu bebes. Quando estás nervoso, encabulado ou ansioso, fumas. Eu como. Eu gosto de comida, mas como muito mais quando estou numa situação que não quero lidar.

Quando chegamos ao semáforo, Roman olhou para mim por um segundo e depois perguntou-me quando foi que notei tudo isso nele.

- Eu gosto de analisar-te. És tipo um puzzle que eu não consigo completar, então minha curiosidade perante a ti não termina.

Ele ainda estava surpreendido e não estava a deixar a expressão facial esconder, estava admirado com o meu acto curioso e fortemente lutava contra um sorriso que lhe queria sair pelos lábios.

- Agora, imagina se tirassem todo o tabaco e álcool no mundo, como ficarias?
- Mal. - ele respondeu confuso devido a mudança drástica de clima.
- Exatamente. Foi mais ou menos o que fizeste comigo. Porque sempre que eu ficava nervosa na tua casa, eu tinha receio de descer para cozinha e comer, o que disparou a minha ansiedade para o teto.
- Mas isso da comida não provoca problemas de saúde ou sei lá ?
- Fumar e beber não provocam cancro do pulmão e problemas do fígado respectivamente? - perguntei sarcasticamente num tom similar ao dele.

Roman revirou os olhos e disse que é diferente, pois pessoas sentiriam minha falta.

- Pessoas também sentiriam a tua falta. - retorqui e Roman abanou a cabeça num não.

Explicou que provavelmente o Santo sentiria por um segundo, até descobrir que afinal de contas a morte dele seria uma benção disfarçada.

- Isso não é verdade. - franzi a testa. - Santo gosta muito de ti e iria contar ao Milano sobre ti para manter-te vivo para ele e o filho, lembra-lo que ele teve um tio porreiro. A Nicolette também sentiria tua falta. Eu visitaria a tua campa, pelo menos duas vezes ao mês. Isso diz muito sobre ti. - sorri.
- A sério!? - Roman deixou um pequeno sorriso antes de começar a procura do cigarro outra vez. - Estás só a fazer conversa. - ele disse assim que encontrou o cigarro e eu neguei, no entanto ele não pareceu ligar. - Minha vez, então?

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