R O M A N
Na nossa rota de volta à casa, foi como voltar com um caixão, a Armani não falou em momento nenhum e confesso que não forcei que ela falasse. Tenho já em mente que provavelmente ela goste de funerais como a Nicolette ou simplesmente porque ela gostava mesmo do Octávio, ela provavelmente está a cair na real, está a digerir o dia de hoje e isso não é um processo que eu quero interromper.
Mas não consegui evitar em não olhar para ela, sempre que pudesse, porque honestamente, eu estava a ter uma grande impressão que eu estava a ver a expressão dela chateada no lugar de triste e isso meio que me estava a incomodar porque eu sabia dizer se tinha alguma coisa haver comigo ou não ou se estava tudo na minha cabeça.
Quando finalmente chegamos à casa, Armani assim que abri a porta, ela subiu para o quarto sozinha, numa velocidade luz, mas batendo fortemente os pés em cada degrau que subia com os seus saltos de sola sensual.
Eu sou excelente em dizer que alguma coisa se passa com um dos meus homens porque eu estou sempre a dois passos a frente deles, eu sei quando mentem, quando estão tristes, quando me traem, quando estão com a consciência pesada, eu sei.
Com a Armani...sei, mas não porque estou a dois passos em frente a ela ou atrás, mas porque estou ao lado dela.
Eu consigo ver e sentir que ela não está bem, mas não tem nada que posso fazer se ela não acha que eu mereça saber.
Mesmo assim, subi para uma missão que eu sabia que miseravelmente falharia, mas sei que vai servir-me de vantagem se alguém perguntar-me se eu fiz aquilo ou não e também para calar as vozes idiotas na minha cabeça se questionarem as minhas fracas tomadas de decisão como namorado e criticar-me por elas.
Cheguei no quarto onde ela estava a tirar a roupa sem nunca ter fechado a porta e bati nela mesmo estando aberta, só para despertar a atenção dela em mim, que provavelmente estava a ignorar.
- Armani, passa-se alguma coisa? - perguntei.
- Não.Ela respondeu-me friamente.
Olhei para ela por mais uns segundos, enquanto ela despia-se com o humor torto e segundos depois decidi descer para a cozinha, no lugar de obrigá-la a contar-me o que se está a passar na sua cabecinha confusa.
Servi um copo de água e sentei-me lá por uns minutos, sem nada na mente, simplesmente a beber o líquido insípido como se fosse a melhor coisa que alguma vez bebi.
Tirei a gravata e desabotoei alguns botões da camisa branca formas e tirei o casaco que usava, coloquei-o por cima da bancada onde estava e decidi levantar e tirar da prateleira um prato para mim e um outro para ela, e servi para nós o que meu chefe de cozinha havia preparado para hoje, guardei o prato dela no microondas depois de aquecer o meu e pus-me a comer enquanto lia algumas notícias de desportos no telemóvel.
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BLACKJACK [A APOSTA]
Romance[PORTUGUÊS] Quando Jake Moore perde uma aposta no casino, ele é obrigado a entregar a esposa a um chefe de máfia de Chicago, que faz dela uma arma especial para os seus negócios. ------ [Início: 21/07/22] [Fim: 24/04/23]