XLII - 17/09

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ARMANI

O carro em meia hora chegou a casa do Roman, residência que eu nunca havia tido a oportunidade de conhecer, de todo

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O carro em meia hora chegou a casa do Roman, residência que eu nunca havia tido a oportunidade de conhecer, de todo. Era uma casa maior que a casa em Veneza, com a mesma cor branca  mas com a arquitetura menos moderna comparando com a outra casa.

Quando o carro parou, Roman desceu do carro e esperou que eu também saísse para que pudesse guiar-me para o interior da sua casa.

Dentro da casa branca, na sala para ser mais específica, estavam lá dois cães, altos e magros, pretos que tinham o pescoço decorado com um colocar de quilates, sentados por cima do tapete.

E porque eu não estava a espera, eu imediatamente aproximei-me do Roman que assegurou-me que eles não me fariam mal nenhum.

- Doberman...tu e animais. - falei um pouco em pânico, considerando o tamanho dos seus cães.

Roman encolheu os ombros e disse que eles são boas companhias.

De seguida, pediu-me para continuar a acompanha-lo, levando-me até ao escritório no andar de cima, que era na verdade bastante simples, com a decoração mais escura comparando com o resto da casa.

- Adam. - ele disse com os olhos numa pasta de arquivos azul que estava guardada na estante atrás da sua cadeira secretaria. - Ele não está casado. Nunca foi casado na verdade, parece que só viveu com a moça e ela gostava de afirmar que estavam casados. Ela é obcecada por ele. Traiu-lhe, ele descobriu e deixou-a, ela tem estado a tentar reconquista-lo desde então sem sucessos. É advogado na Candid Lawyer Association, vive em Nova Iorque e sem filhos.

Roman estava sentado agora na sua cadeira enquanto olhava para o interior do dossier.

Fechou e puxou para o canto da mesa para que eu pudesse levar.

- Tem tudo aí que precisas saber. - ele disse. - Ela também.

Aproximei-me e vi o arquivo rico de informação e um pequeno sorriso saiu de mim.

Ele realmente procurou a informação que pedi, tinham lá fotos e imagens vivas (fruto de stalking) e outras tiradas dos bilhetes de identidade deles. Estava tudo escrito e documentalizado por ordem de datas.

- Oh meu Deus...Roman...- sorri. - Obrigada. Muito obrigada. - olhei para ele e ele insistiu que não foi nada. - Mesmo assim.

Enquanto eu sorria para ele, cheia de alegria e entusiasmo por poder ajudar a Nicolette, lembrei que tínhamos uma conversa pendente. Uma conversa sobre nós, que estava ainda pendente.

- Eu devia ter mentido. - comecei. - Eu devia ter omitido, inventado, eu podia ter feito muitas outras coisas e eu não fiz. - Eu peço muitas desculpas Roman. - deixei a tristeza tomar conta de mim.
- Eu...continuo a abusar-te com palavras, a partir do momento que fico zangado...com ciúmes. - ele limpou a garganta. - Eu é que tenho que pedir desculpas, não tu. Tu não fizeste nada de errado, nunca fazes...e eu sou...eu. E peço desculpas por isso.
- Obrigada. - sorri e ele assentiu.

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