XLIX - Mazel Tov.

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R O M A N

R O M A N

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Roman,

Não me odeia por favor.
Eu amo-te e devia ter-te dito quando perguntaste, mas não parece ser o meu forte falar o que sinto cara a cara...eu peço desculpas Roman, mas de momento, eu não estou pronta para estar num relacionamento, tenho coisas que ainda quero resolver e perceber se não estou só na onda do momento. Eu quero amar-te e estar segura de nós, eu não tenho como saber disso se por detrás da minha mente pergunto-me se isto não é só a consequência da nossa convivência. Não te posso garantir que vou voltar se eu perceber que isto era um momento, não te posso garantir que não te vais esquecer de mim eventualmente ou se quando conheceres alguém ainda vais querer alguma coisa comigo, mas quero que saibas que seja qual for o nosso desfecho, eu amo-te. Eu genuinamente sai de odiar-te para amar-te, pois no fundo, tu até és uma pessoa boa e eu gosto disso em ti. Gosto muito.

Desculpa.

AB.

***

Eu li aquilo pela décima vez e não se tornava mais real, muito pelo contrário, parecia um texto de comédia a medida que eu lia mais. Meia página. Ela deixou-me com uma carta escrita em meia página e não quer que eu a odeie.

Ela tomou uma decisão para nós, sem se quer consultar-me e espera que eu fique indiferente?

Quando eu queria começar a ler outra vez, ouvi uma voz feminina no andar de baixo e eu tinha um pouco de noção de quem poderia ser e que podia muito bem explicar-me o que estava acontecer.

Numa velocidade luz, com fúria nos olhos, desci e mostrei o papel a Donatella assim que a vi no corredor da minha casa com o namorado dela a conversar com o Luca.

- Ela foi-se embora?! - gritei para ela. - Mas por que raio é que ela iria-se embora?
- Romano...- ela estava confusa, com a cara franzida e depois olhou para o papel sem precisar de pegar nele. - Quem foi que te escreveu iss...

Assim que ela percebeu-se do que é que eu me referia, a expressão dela amoleceu imediatamente.

- Por que raio é que ela iria-se embora? - voltei a repetir na cara dela e o Santo meteu-se entre nós, deixando bem claro que ele não estava a gostar do meu comportamento. - Santo, saí da porra da minha cara.
- Roman, eu vou dar-te um murro se pensas que te vou deixar falar com a minha esposa desse jeito.
- Vaffanculo Santo, não foste tu que foste deixado por uma carta de amor de meia página. - pousei com força a porcaria da carta no peito dele e afastei-me.
- Eu não sabia que ela iria deixar-te. - Donna disse. - Ela estava confusa mas...
- Donna eu vou falar com o Romano no escritório, esta bem? - Santo interrompeu-a com os olhos fixos  na carta e ela assentiu.

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