5°Capítulo

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Tóia

[...]

Já tem mais de duas horas que o VT tá me enchendo, pau no cú do caralho tio, te contar.

— Caralho VT, tu não tem nenhuma buceta pra chupar não? Tomar no cú, tio. - se esse babaca não estivesse machucado não pensaria duas vezes, encheria a cara dele de murro, ele tá sentado a minha frente com a cara mais lavada do mundo.

— Na moral se eu estivesse com o celular não perderia por nada, sua baba chegava a escorrer. - ele não para de rir, eu vou meter um tiro na cara desse filho da puta.

— Na moral VT, vai pra puta que pariu, cara chato do caralho.

— Parei, agora vamos falar sério... - ele se ajeita na cadeira e me olha, franzo o cenho esperando a merda que ele vai falar. — Cê sabe que a mina é casada né? E bem casada, não quero problemas, maninha. - na real nem estava pensando nisso, mas agora que ele falou.

— ih cara e o que eu tenho haver com isso? Euein...

— Não sei Tóia, só que te conheço o suficiente pra saber que aquela mulher mexeu contigo... isso até a menorzinha percebeu! - ele aponta pra mim. — Só não faz merda garota, não quero confusão com os moradores.

— alá, desde quando mulher mexe comigo? Tu sabe que não me envolvo com esse tipo de mulher. -gesticulo com o dedo, ele nega com a cabeça. — Mina tem mó pinta de patricinha, não é pra mim.

— Não foi isso que pareceu. - me levanto indo até a mesinha e me sirvo com uma dose de whisky, volto a olhar pro VT. — Não se engane, o seu olhar para a Maju foi de uma maneira diferente. — me sirvo com mais uma dose de whisky prestando atenção nas merdas que esse babaca fala, só pode tá louco! — E o pior que ela te olhava do mesmo jeito... só fica longe dela. - ele se levanta e vem até mim. — Não faça nada que possa se arrepender depois. - ele dá dois tapinhas no meu ombro e sai da sala, sem caô, meu irmão deve ter batido com a cabeça, só pode, tá maluco, só por que achei a mina bonita.
Fico ali resolvendo umas paradas, nessa confusão toda acabei esquecendo do problema com o Calebe.

[...]

Dias depois....

Hoje o VT resolveu fazer um churrasco, a semana passou voando, vi a mandada algumas vezes essa semana, o engraçado que até uns dias atrás nem sabia da existência dela, depois daquele dia a vejo sempre, parece que é só para me testar, não consigo me concentrar quando lembro da filha da puta e quem me enche é o VT! Filho da puta não me deixa em paz e o pior, quando nos vemos parece que o tempo para, nos olhamos sem pudor, aquela mulher tá mexendo com a meu psicológico, sem caô, vou passar uns dias em São Paulo preciso resolver umas pendências e vai ser bom, vê se tiro ela da cabeça.

  A desgraça da mãe do VT tá aqui na favela, aquela mulher me odeia e eu não faço questão de mudar isso, ela que lute para me suportar, a vadia me culpou pelo tiro que o filho levou, cês acreditam? Já avisei pro VT que qualquer dia ele vai encontrar o corpo daquela vaca em uma vala, chata pra caralho! O meu irmão invade o meu quarto, ele sabe que odeio isso.

— Aí Tóia, vamos ali agilizar as carnes que faltam. - te contar a pior coisa é morar com esse otário, o cara não me deixa em paz! Hoje é domingo pô, o churrasco é só às 10 e ele me enchendo a essa hora. Passei a noite em claro pois o bonito trouxe uma mina que ele tá pegando e te contar tio, mina escandalosa da porra, diz ele que é só um pente e rala, mas já tá ralando com a mesma mina a mais de um mês, não digo é nada.

— Na moral, vou morar sozinha, cê é louco meu, olha a hora nem 8 horas são ainda. - passo as mãos no rosto estressada pra cacete, ele joga um travesseiro em mim, babaca do caralho tio, não dá, vou morar sozinha, tomar no cú.

— Muito estressada meu, tá precisando transar maninha, olha o coração. — Zomba, me fazendo revirar os olhos. — ah! Esqueci... quem você quer é casada. - jogo travesseiro nele que sai correndo rindo. — ELA É HÉTERO TÓIA... ‐grita depois que fechou a porta, me lembro do dia que vir ela com o marido, eles andavam de mãos dadas vinham da igreja, ela parecia triste enquanto o babaca esboçava um largo sorriso, ela não me olhou naquele dia me sentir mal pra caralho.

Tomo um banho demorado, depois me visto com uma bermuda jeans rasgada na cor preta, um top branco com uma camisa com botões na frete na cor preta deixo os botões abertos, nos pés um slide da Nike na cor preta. Já disse que amo preto? Coloco minhas correntes e anéis, meu relógio que não pode faltar, pego o meu perfume favorito, dou um trato no cabelo e, prefiro não por boné.

— Vamos lá garota demora pra caralho tu em, parece que vai casar. - ele me olha, já sei que tem alguma coisa. — Esqueci, quem tu quer já esta casada. - É sempre assim, ele faz questão de jogar na minha cara, não entendo o porque tá falando sempre dela.

— Na moral, chato pra cacete tu em, vai se fuder! - saio do quarto com ele na minha cola com a mesma ladainha, não dá meu, cara é chato demais.

Resolvemos passar na Dona Lurdes bater aquele café da manhã de respeito, estávamos sentados e te contar, doida pra dar um tiro nesse maluco, sem paciência, é meu irmão? é, mas tem horas que me pergunto como aguento.

— Aí maninha, se liga. - aponta pra mim. — A Maju está entrando com o babaca do marido. - olho na mesma hora, não falei, só pode ser perseguição, ela está simplesmente maravilhosa com uma saia vermelha (bem justa por sinal) que vai até um pouco acima do joelho, uma blusa social branca com alguns botões abertos, um saltinho preto, muito bem maquiada, cabelo preso em um rabo de cavalo com uma corrente no pescoço que sem dúvida vale uma fortuna, uma verdadeira dondoca. Ela não sorri, ao contrário... seus olhos estão sem vida.

— Pelo menos disfarça. - dou dedo do meio pra ele que ri negando, eles vão a uma mesa que fica a frente da nossa, não consigo parar de olhar, só percebo que a olhei demais quando o VT chama a minha atenção, ele me chuta por baixo da mesa, filho da puta. — Na moral, sem caô tu tá de quatro por ela. - ele fala todo sério, nego até morrer, olho pra ele mas logo já estou olhando para quem me interessa.

Ela percebe que está sendo observada parece que temos um imã, algo nos puxa, quando seus olhos se encontram com os meus uma corrente elétrica percorre todo o meu corpo caralho o que é isso, ela disfarça quando o babaca chama a sua atenção, ele fala alguma coisa com ela que não diz nada só olha de cara feia cruzando os braços, depois de um tempo ela se levanta ele pega em seu braço e fala algo com ela depois a solta ela vai em direção ao banheiro não penso duas vezes só me levanto.

— Vai aonde? - segura meu braço.— em Tóia?

— Só vou ao banheiro. - ele olha para outra mesa, quando percebe que a Maju não está me olha com um ponto de interrogação.

— Só preciso tirar uma coisa que tá me dando neurose. - ele respira fundo e larga o meu braço, mas antes fala.

— Só não faz merda...

Nem dou muita importância sigo em direção ao banheiro, o babaca mexe no celular é um Zé ruela mesmo, não sei nem o que tô fazendo mas preciso tirar essa dúvida que tá martelando na minha cabeça, entro no banheiro, ela esta em uma das cabines fico a frente do espelho quando ouço a porta abrir finjo que estou lavando as mãos ela dar um gritinho de susto levando as mãos no peito me olha através do espelho, ela está parada, nos encaramos por alguns segundos, ela se aproxima da pia mas não tira os olhos dos meus.

— Você está bem? - pergunta depois de um tempo, ela me olha como se soubesse o efeito que causa em mim, bom, talvez ela saiba mesmo, porque o VT sempre diz que tá na cara, só eu que ainda não acredito nisso.

— Sim, claro, estou. - não consigo nem formalizar uma palavra direito, cê é louco tio, o jeito que ela me olha faz meu sangue ferver um arrepio percorre todo o meus corpo, como posso ficar assim sem ao menos ser tocada, eu estou nervosa pra caralho, não sei o que essa mulher fez para mim não tio, só pode ser amarração, é a única explicação.

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Olá minhas vidas mais um capítulo espero que gostem votem e comentem pra ajudar a MIGA aqui bjs.

MINHA MELHOR ESCOLHA (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora