Minha primeira Vez

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Eu arregalei os olhos surpresa, estiquei minha cabeça e olhei pelos lados do corredor para ver se havia alguém por perto, em seguida a puxei para dentro do quarto pelo braço.

- O que faz aqui a essa hora? - sussurrei nervosa.

- Queria te contar uma coisa... - Vitória falou confiante com sorriso no rosto. Eu franzi a testa confusa, afinal o que ela poderia querer me contar àquela hora da madrugada:

- E o seu namorado? - perguntei com uma ponta de ciúmes.

- Foi embora... - ela desviou o olhar para o chão constrangida.

- O que quer me contar que não poderia esperar até amanhã? - indaguei curiosa.

- Saiu o gabarito da prova. - ela respondeu sorrindo.

- Do vestibular?

- Por acaso fiz outra prova??? - ela cruzou os braços, revirou os olhos e respondeu impaciente.

- Fala baixo! - apontei Malu dormindo e continuei: - Diga logo, qual foi?! - toquei em seu braço, o tempo parou, ela olhou para minha mão e logo me olhou sorrindo, eu estava aguardando impaciente.

- Acertei 54 de 60 questões. - ela respondeu animada.

- Não! - coloquei as mãos na boca surpresa e continuei: - É sério???

- Que foi? Substimava minha capacidade intelectual? - Vitória colocou as mãos na cintura e argumentou com uma certa soberba.

- Na-não! Estou muito feliz!!!

- Shiiii! Fala baixo ... - Vitória me reeprendeu apontando para Malu. Eu contive minha empolgação e falei em meio sussuro:

- Eu sabia que iria conseguir... - a olhei emocionada e continuei:  -Posso te abraçar??? - pedi no calor do momento, Vitória consentiu com a cabeça. Eu a abracei emocionada, feliz, grata, ela retribuiu ao abraço calorosamente. Deitou a cabeça sobre o meu ombro e ficamos abraçadas por um tempo era como se aquilo fosse natural, familiar. Ao mesmo tempo, eu não podia resistir ao cheiro do seu perfume, tinha notas florais suaves, era muito envolvente, quase que um ferormônio para mim. Ela virou a cabeça ainda recostada em meu ombro e pude sentir sua respiração no meu pescoço, o que me arrepiou por completo, eu acariciei suas costas e passei uma das minhas mãos por debaixo do seus longos e sedosos cabelos. Senti seu corpo tremer, Vitória estava vulnerável e reagiu ao meu toque. Sua mão desceu até a minha cintura e percebi que o toque dela estava intencionado, firme tateando minhas curvas até minha cintura, repousou sob meu "cocix". Meu coração disparou, eu não poderia me conter. Respirei fundo, procurei força e lucidez para sair daquela situação. Me afastei o suficiente para quase desequilibrar a Vitória que estava completamente apoiada em mim.

- Estou muito feliz com essa notícia,  de verdade, mas você precisa voltar para seu quarto... - pedi nervosa, olhando para baixo e com a voz trêmula.

- Por quê Suzana? - Vitória pegou na minha mão.

- Já está tarde... - respondi ainda olhando para o chão, evitando olhar em seus olhos, eu estava a ponto de explodir.

- Não... Não era isso que eu queria ouvir... - Vitória respondeu inconformada.

- O que quer saber então? - levantei meu rosto e resolvi encara-la.

- Porquê me rejeita? - ela indagou confusa.

- Vih... São tantos motivos... - respirei desanimada e sentei na poltrona que ficava de frente para a janela. Ela ajoelhou de frente para mim e colocou as mãos sob os meus joelhos.

- Quais motivos? Eu não entendo...

- Eu não sabia que você estava namorando.

- Esse é o motivo?! Não é importante, eu não gosto dele. - ela respondeu segura.

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