Capítulo 132

161 11 0
                                    

Carol's POV

A reunião tinha sido marcada para as duas horas da tarde, eu tava ansiosa, mas para minha sorte, faltavam apenas dez minutos para o começo. Todos os produtores, ajudantes e até o dono da gravadora estariam nessa reunião. Eu faria de tudo pra deixar ela na pior posição possível. Eu fiquei os dez minutos todo pensando em tudo que eu falaria dentro daquela sala, a sala qual as portas foram abertas e várias pessoas entraram, e eu entre elas.

- Vamos começar. Carol, você pediu por essa reunião sem nos falar o motivo, então acredito que deva começar por você. - O dono da gravadora falou. Eu até então não havia olhado para o rosto de Lana, eu sentia seu olhar em mim o tempo inteiro.

- Tudo bem. Você sabe que eu nunca reclamei de nenhum funcionário, certo? - Eu perguntei diretamente, eu não queria que essa reunião demorasse mais que o necessário. Ele assentiu e eu prossegui. - Então, eu dessa vez quero apenas alertá-lo de que estou iniciando um processo contra um dos seus funcionários que trabalhou comigo no meu último clipe, que por acaso foi o feat com o Zayn.

- Processo? Mas por quê? Contra quem? - Ele parecia extremamente confuso, como todos os outros presentes na sala.

- Sim, um processo contra a Lana. - apontei para ela, seus olhos estavam arregalados, ela não sabia o que dizer e eu nem deixaria ela falar algo. - O primeiro motivo foi porque ela me ameaçou, inclusive posso mostrar as mensagens se você quiser. O segundo motivo foi a quebra de contrato, tem uma cláusula bem específica no contrato onde diz que tudo que você ouve no set, vê no set ou descobre no set, fica no set, certo? - Ele assentiu, mas sem falar nada para eu continuar. - Ela acabou descobrindo, dentro do set, que minha namorada é irmã do Zayn, usou disso pra me chantagear. Caso eu não fizesse o que ela queria, ela vazaria para a mídia, o que ela fez e você sabe, pois com certeza viu o post do tmz. O terceiro motivo é por agressão. Aqui dentro do set, em uma das nossas pausas, ela deu um tapa na minha namorada, não foi nada sério, mas ainda conta como agressão.

- Você me agrediu ontem, eu posso usar isso contra você. - Ela me interrompeu, chamando a atenção de todos pela primeira vez.

- E isso me leva ao quarto motivo. Ontem ela invadiu o prédio que eu moro, entrou no meu apartamento SEM a minha permissão, e eu realmente dei um tapa nela, mas foi legítima defesa já que ela havia invadido a minha casa.

- Você não tem provas. - Ela falou e eu ri, ela realmente tinha esquecido que meus amigos chegaram na hora que ela tava lá?

- Tem três testemunhas, sua idiota. - O dono da gravadora estava quieto, provavelmente assustado com tudo que aconteceu sem que ele percebesse.

- Você consegue provar tudo o que falou aqui, Carol? - Ele perguntou e eu assenti. Eu tinha print da minha conversa com ela me chantageando, a Day poderia denunciar ela por agressão e me usar como testemunha, tirando a câmera que fica na cantina, que era o lugar onde ela tinha acertado a Day e com certeza tinha gravado o tapa dela. E tinha meus amigos como testemunha dela invadindo minha propriedade, tirando também a câmera que ficava nos corredores do prédio. - Certo, tem alguma maneira da gente impedir que isso vá para a mídia?

- Quem gosta de expor as coisas para a mídia é ela, não eu. - Eu falei e senti seu olhar queimar em mim. Ela provavelmente estava morrendo de ódio nesse momento. Eu avisei que ela pagaria.

- Lana, você não vai tentar se defender? - Um dos produtores perguntou. Ela olhou pra ele e eu me segurei pra não rir. Ela sabia que eu tinha todas as provas necessárias contra ela. Não precisava ser um Sherlock Holmes pra saber que ela tava fodida.

- Não. - Ela falou simples, mas eu sabia que no fundo ela queria gritar com todo mundo. Tava escrito isso na cara dela.

- Carol, algo mais a declarar? - O chefe perguntou e eu neguei. - Então a reunião está encerrada, todo mundo pode se retirar.

Quando eu estava saindo da sala junto com todos, ele me chamou de volta. Eu imaginei que ele iria querer conversar sobre isso, provavelmente não levar essa história até um tribunal ou algo do tipo.

- Tem algum outro jeito da gente resolver isso? Sem advogados, sem tribunais, sem eu ter que vestir um terno? - Pedro, o dono da gravadora, perguntou.

- Eu vou querer apenas três coisas. - Eu falei e ele assentiu, me pedindo pra prosseguir. - Quero a demissão dela, a multa que ela vai ter que pagar por causa da quebra de contrato e quero que você se certifique de que ela não vai arrumar um outro emprego com famosos. Essa garota tem me perseguido por três anos, segundo ela. Ela é uma psicopata, Pedro. Não quero mais nenhum outro artista tendo que lidar com ela. Se não puder me dar essas três coisas, eu levo ela até um tribunal, você vai ser forçado a usar terno e ela vai pra cadeia.

- Acho que eu consigo essas três coisas pra você. - Ele falou e eu assenti.

- Ótimo, por enquanto os processos estão de pé, assim que você me confirmar tudo isso, eu retiro.

- Tudo bem, em breve eu entro em contato com você. Pode ir agora.

Quando sai de sua sala, encontrei Lana de braços cruzados e uma cara nada agradável me esperando do lado de fora.

- Chupou limão? - Perguntei rindo e sua expressão ficou ainda mais desagradável. O pior de tudo é que ela é uma mulher linda, poderia ter facilmente arrumado alguém, mas insistiu em fazer tudo que fez.

- Por que? Qual a necessidade de tudo isso? - Ela perguntou amargurada. Ela só podia estar brincando.

- Minha namorada quase terminou comigo por causa da sua brincadeirinha de expor ela. Eu avisei que acabaria com sua vida se você fizesse. Você fez. Foi uma escolha sua.

- Eu provavelmente vou presa, Caroline. - Ela falou e eu dei de ombros.

- De um a três meses por invasão, de três meses a um ano por agressão. Ah sem esquecer das multas, né. Eu diria que suas férias vão durar pouco e custar muito.

- Isso é injusto. Eu praticamente fiz sua namorada ter mais fãs e é assim que você me retribui?

- Ela quem deveria ter decidido se queria ou não expôr aquilo, não você. Agora me dá licença que eu tenho mais o que fazer do que te dar atenção.

Sai da gravadora e esperei pelo Uber que eu chamei no caminho até a saída. Passei o endereço do meu apartamento e fomos conversando o caminho todo. Aquela garota pagaria pelo o que fez. Eu retiraria o processo se o Pedro conseguisse se certificar de que ela não arrumasse mais nenhum emprego tão bom quanto o que eu oferecia. Mas se ele não conseguisse, pouco me importaria de ver ela na prisão, mesmo que seja por pouquíssimo tempo.

The FeatOnde histórias criam vida. Descubra agora