The Feat

Capítulo 144

Carol's POV

O início da entrevista tinha atrasado, a entrevistadora teve um pequeno problema, mas já estava a caminho. Meu celular vibrou, como era um número desconhecido, decidi não atender. Voltei a conversar normalmente com o Zayn, era sempre incrível conversar com ele, ele é engraçado e vive fazendo piadinhas que na verdade nem são tão engraçadas assim, mas eu acabo rindo igual. Meu celular vibrou novamente e dessa vez era o número da Day.

- Oi amor, tudo bem? - Falei assim que atendi o telefonema, eu estava preocupada com o sumiço dela, pedi pra ela me mandar mensagem assim que chegasse no local e ela não mandou. E eu ainda estava com esse pressentimento ruim.

- Boa noite, esse é o celular da Carol Biazin? - Era a voz de um homem desconhecido, afastei meu celular para checar se era mesmo a Day ou eu tinha lido errado. Era ela.

- É.. é sim, quem fala? - Perguntei, a preocupação tomando minha voz por completo, o que caralhos tinha acontecido pra um estranho pegar o celular da Day. Zayn me observou e eu optei por colocar no viva voz para ele ouvir também.

- Eu não sei como contar algo assim, mas você precisa vir urgentemente para o hospital. Lana deu uma facada na sua namorada, a Day tá em cirurgia, ela perdeu muito sangue e chamou por você enquanto estava inconsciente no caminho para o hospital. - Zayn me olhou assustado e eu senti um aperto enorme no peito, eu sabia que ela não deveria ter ido, eu sabia.

- Me passa o endereço, por favor. - Quando o homem que até então eu não sabia quem era me passou o endereço, eu e Zayn avisamos o que havia acontecido para uma mulher da produção e saímos correndo para o hospital. A entrevista com certeza ficaria para outro dia.

Meus olhos já estavam vermelhos, isso era certo. A única coisa que era mais certa que isso, era meu desespero. Eu não podia perder a Day, ela era meu tudo, ela se tornou meu tudo. Eu me acostumei a acordar com ela do meu lado, me acostumei com o sorriso dela sendo a primeira coisa que eu vejo assim que acordo, me acostumei com as palhaçadas que ela faz todo santo dia. Me acostumei com as noites que a gente passa em claro assistindo filmes, vendo séries ou só aproveitando a companhia uma da outra, me acostumei ao ouvi-la cantar sempre que eu não tava bem. Sim, a gente fazia isso uma pela outra. Eu tava acostumada com ela me abraçando e me falando que tudo ia ficar bem, até quando tudo parecia estar desmoronando. Agora eu entendia o porquê ela voltou a falar comigo tão rápido quando sonhou que eu tinha morrido. Eu tô entendendo o que ela passou naquele dia, é horrível. A diferença é que eu não estou em um pesadelo, é real, eu posso perder a Day e pra sempre. Eu posso perder a única mulher que me mostrou o que é amor de verdade, a única mulher que confiou tanto em mim que contou até seus segredos mais doloridos, que confiou em mim para me contar o inferno que ela passou por toda a vida. Isso não pode acabar assim, eu não aceito isso.

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Carol's POV

Cheguei no hospital juntamente do Zayn e um dos policiais que estavam com a Day andou em nossa direção.

- Carol, oi. Fui eu quem ligou pra você. - Ele falou baixo, Zayn se aproximou da recepção provavelmente pra saber se havia notícias. Decidi ficar falando com o policial irresponsável que estava lá apenas pra cuidar da minha namorada e nem isso ele fez. Eu obviamente estava brava com ele, mas discutir com ele não faria a Day melhorar e voltar pra mim o mais rápido possível.

- Oi.. obrigada por ligar. - Falei, dando um sorriso sem ânimo algum.

- Claro, sem problemas. Eu sinto muito por não ter cuidado da Day como prometido, você me alertou sobre ela ser maluca, mas nunca achei que ela teria coragem de tentar machucar a Day nesse nível. - Ele parecia sincero, eu também sentiria muito se fosse ele. Nem respondi, eu de certa forma culpava ele então não iria falar "não é culpa sua".

Zayn me guiou até a sala de espera e me trouxe um copo com água, eu agradeci e tomei tudo em apenas um gole. Durante o caminho todo até o hospital ele tentou me acalmar, eu sabia que ele estava tão preocupado e desesperado quanto eu, por isso tentei fazer o que ele pediu. Não era bom pra ele ter alguém surtando ao seu lado, então tentei me conter, mesmo sabendo que seria muito difícil. Tentei pensar positivamente, Day ficaria bem e Lana já estava presa, agora por ainda mais tempo por causa da tentativa de homicídio, nós estávamos livres dela. Dentro de uma hora, nossos amigos chegaram e assim que eu abracei a Nana, desabei novamente. Depois de longos minutos tentando me acalmar, finalmente funcionou.