Day's POV
Dez minutos, dez minutos que a Luísa não saía de cima de mim, aquilo estava me deixando completamente desconfortável. No começo quando a Carol voltou, eu praticamente implorei pra ela me ajudar, mas ela parecia estar se divertindo, porém depois de todo esse tempo, acho que até ela já estava ficando puta com a falta de noção da garota. Ela ficava encostando em mim sem necessidade, chegando perto demais, eu tava quase levantando e indo na cozinha pra fugir dela. Ela não parecia se tocar, mas ao mesmo parecia saber exatamente o que estava fazendo, pois as vezes ela olhava pra Carol de um jeito debochado. O celular da minha ruiva tocou, ela pediu licença e subiu para conversar sem ninguém ficar ouvindo a conversa. Minutos depois ela voltou até a escada.
- Day, a gente pode conversar? - Carol perguntou e subiu de volta sem ao menos esperar pela minha resposta. Não sei se eu ficava com medo ou agradecia por ela fazer eu me afastar da Luísa.
O tempo em que Carol saiu, fez a Luísa se sentir confortável pra colocar a perna em cima da minha, como se a gente tivesse uma grande intimidade, o que não tínhamos. Carol com certeza viu essa cena e esse era meu medo. Eu claramente não estava me divertindo com essa situação, mas talvez não ficasse tão claro assim pra quem olhava de fora. Tentei tirar a perna dela de cima da minha da forma mais gentil possível e ouvi ela reclamar da minha agressividade. Sim, eu só empurrei a perna dela mesmo.
Cheguei no quarto e Carol estava de cara fechada mexendo no celular, eu estava nervosa, não queria brigar.- Oi amor. - Chamei sua atenção e ela me encarou após jogar o celular em cima da cama.
- Demorou, tava falando pra Luísa que voltava logo? - Carol perguntou com uma certa raiva na voz, eu sabia o que era aquilo. Pela primeira vez eu vi a Carol com ciúmes.
- Você sabe muito bem que eu não tô me divertindo com essa situação. - Me defendi e ela bufou.
- Tá, tanto faz. Eu te chamei por outro motivo. - Seu rosto tinha uma expressão de preocupação, era provavelmente um assunto sério.
- E pelo jeito não é pra matar a saudade. - Reclamei ao sentar do seu lado e ela riu, negando.
- Você só pensa nisso? - Carol perguntou ainda rindo, era claro que eu estava brincando, mas eu amava ver ela rindo.
- Quando o chá é bom a abelha sempre volta. - Eu falei me lembrando do ditado.
- Você sabe que tá errado, né? - Sim, eu sabia, então apenas assenti e ela riu novamente, me dando um tapa fraco no braço. Ela estava vermelha, mesmo depois desse tempo juntas e tendo intimidade, ela ainda sente vergonha quando falo algo desse tipo, era incrivelmente fofo.
- Mas é sério agora, o que você queria me falar? - Perguntei segurando sua mão e fiquei girando sua aliança até que ela começasse a falar.
- Pedro me falou que não vai conseguir me garantir as três coisas para a Lana. Ou seja, os processos continuam e eu preciso que você denuncie ela por agressão e me use como testemunha. - Carol tava lutando mais que eu e o Zayn para ver essa garota se fuder, ela queria se redimir por ter mentido pra mim e eu sabia disso. O jeito que ela cuida de mim é a coisa mais linda que eu já vi e só faz eu me arrepender de ter dito algumas palavras pra ela naquele dia.
- Você acha isso extremamente necessário, né? - Ela assentiu, eu sabia o quanto isso significava pra ela, por isso eu faria. Claro que eu queria mandar a Lana pro inferno, mas Carol tinha tornado isso uma prioridade. - Tudo bem, eu posso denunciar amanhã.
- Obrigada.
Eu sorri e ela se aproximou, colando nossos lábios, eu pedi passagem e ela cedeu. A puxei para sentar em meu colo sem quebrar o beijo e passei meus braços pela sua cintura, ela abraçou meu pescoço com uma das mãos e manteve a outra no meu rosto, me fazendo carinho. Minha mão adentrou sua camisa e senti seu corpo inteiro se arrepiar ao sentir meu toque em suas costas. Ela afastou seus lábios dos meus e eu reclamei baixinho, a fazendo rir.
- Eu não vou te dar o que você quer agora, sua mãe tá aqui.
- Ela não vai ouvir nada e a gente pode trancar a porta. - Eu falei e ela sorriu, me empurrando para deitar. Ela deitou por cima de mim e levou sua boca até meu ouvido para sussurrar bem baixinho:
- Ainda é um não, a Luísa vai sentir sua falta e daqui a pouco o bolo fica pronto, não posso deixar sua mãe na mão agora. - Eu suspirei derrotada. Só aí me toquei sobre o que ela falou da Luísa.
- Se a gente voltar lá pra baixo e ela voltar a encher meu saco, eu posso expulsar ela daqui? - Carol riu e negou com a cabeça.
- A casa é sua, mas não acho que sua prima iria gostar disso. - Ela tinha razão, Thali provavelmente ficaria brava comigo, afinal elas eram amigas.
- Isso faz bas.. - Uma batida na porta interrompeu minha fala, Carol apenas voltou a sentar no meu colo e eu sentei também. - Entra.
- Desculpa atrapalhar, é que os bolos estão prontos e você pediu pra eu chamá-la, Carol. - Minha mãe falou e minha namorada sorriu, levantando rapidamente de cima de mim. Ela pegou o celular e saiu do quarto acompanhada da minha mãe, me deixando sozinha com um sorriso no rosto ao ver que elas tinham se dado bem uma com a outra.
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The Feat
FanficOnde Carol Biazin realiza o sonho de fazer um feat com seu artista favorito, Zayn, mas acaba tendo sua atenção roubada pela irmã do cantor. Ou Day, irmã de Zayn, se mantinha escondida da mídia, pelo menos até sua cantora favorita começar a fazer par...