Capítulo 143

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Day's POV

Sete horas da noite foi o exato momento em que eu entrei no estabelecimento combinado com a Lana, eu conseguia ver seus fios loiros antes mesmo de estar próxima a ela. Eu me aproximei lentamente, observando bem o local ao meu redor. Diferente dos outros dias, não havia muitas pessoas no local, apenas os dois policiais que fingiam estar jantando, ela, eu e mais uma mesa que estava ocupada por um casal com sua filha. Assim que sentei ao seu lado, no banco que ficava no balcão, ela me olhou com um meio sorriso no rosto. Seus olhos estavam vermelhos e suas bochechas molhadas, ela estava chorando. Ela não conseguiria fingir um choro, certo? Ela não era atriz, ela era da produção, pelo que eu me lembro, então o choro provavelmente era real.

- Oi Day, obrigada por vir, de verdade. - Sua voz estava baixa, provavelmente não queria chamar muita atenção.

- Oi Lana. Precisava ouvir o que você tinha a falar antes de ver você presa. - Por um milésimo de segundo, vi seu olhar mudar completamente. Tinha um ar de superioridade, um ódio sobrecarregado, mas passou tão rápido que achei ser algo da minha cabeça.

- Eu só queria pedir desculpa por toda essa confusão, eu fui idiota de pensar que um dia a Carol iria gostar de mim, principalmente depois de ter você do lado dela. - Ela soltou uma risada sem graça e me encarou.

- Eu entendo sua raiva, passar três anos tentando conquistar alguém e não conseguir nem fazer ela saber seu nome enquanto outra pessoa chega e em um mês já tá namorando ela. Parece um pouco injusto pra mim. Mas eu nunca machucaria você, caso fosse ao contrário. Nunca chantagearia a Carol, jamais iria expor seu segredo. Eu não posso perdoar você por ter feito o que fez, eu entendo o porquê você fez, mas não justifica suas ações. Então eu sinto muito, Lana, mas se o que você buscava nesse encontro era meu perdão, não é algo que você vai ter. E eu vou continuar com os processos, nada mudou. - Vi ela se levantar e seu olhar mortal tinha se instalado em seu rosto novamente. Admito que era algo bem amedrontador, ela parecia uma psicopata, louca pra ter um poder que não era dela. Lana puxou algo de dentro da sua bolsa e trouxe em minha direção. Senti uma pressão enorme no lado esquerdo do meu abdômen e logo depois uma dor gigante me atingir, olhei pra baixo e vi sua mão apunhalando uma faca em mim, o mundo todo estava em câmera lenta. Meu abdômen queimava e eu tinha a certeza de que estava no chão, não sei a quanto tempo eu tinha caído. Vi algumas movimentações das pessoas no local, consegui ouvir um dos policiais declarando a prisão de Lana e o outro se ajoelhou do meu lado. A faca ainda estava cravada em meu corpo, ele sabia que se removesse, tinha chances de eu não sobreviver, por isso nem moveu ela. Tudo começou a girar, minha visão ficou embaçada tanto pelas lágrimas quanto pela tontura, as vozes que falavam comigo ficaram cada vez mais longe.

- CHAMA UMA AMBULÂNCIA, AGORA. - Foi a última coisa que eu ouvi antes de apagar por completo.

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