Angel
Sebastian me tocava como se eu fosse de porcelana, eu não sabia se era sonho ou realidade, a única certeza que eu tinha era que eu precisava dele como quem precisa de ar. Ele foi extremamente carinhoso ao me possuir e a dor do hímem se rompendo logo deu lugar ao prazer de me sentir totalmente dele. Senti meu ápice chegando e chamei pelo seu nome ao mesmo tempo que ele se derramou em mim me chamando de anjo.
Após recuperar o fôlego, ele me pegou nos braços e me levou pro banheiro, me colocando na banheira com água morna, ali ele me deu banho e depois me secou. Enquanto eu vestia uma de suas camisas, ele trocou os lençóis. Ouvi meu telefone tocar e nesse momento foi como um choque de realidade, era Lia:
_ Angel, onde você está? Você foi embora sozinha?
_ Calma, Lia! Eu tô bem! - nesse momento Sebastian pegou o telefone da minha mão.
_ Lia, esteja em quinze minutos na portaria do condomínio, vou levar vocês.
Recolhi minhas peças íntimas pelo quarto e fui em direção a sala buscar meu vestido e meus sapatos em silêncio. Sebastian também não falou uma palavra sequer, pegou as chaves do carro, abriu a porta, eu saí e ele saiu logo em seguida fechando a porta atrás de si.
Eu não sabia o que dizer, não sabia o que estava sentindo, não sabia o que Sebastian estava pensando, ele tinha um semblante sério, como se tivesse muito chateado o que me deixou completamente sem saber como agir.
Chegando na portaria, Lia estava esperando acompanhada de um rapaz, eles se despediram com um selinho e ela entrou no carro sorrindo.
_ Angel! Onde você se meteu, te procurei por um tempão, estava preocupada!
_ Se realmente tivesse preocupada, ela não estaria sozinha na piscina do condomínio quando a encontrei. - Sebastian esbravejou antes que eu pudesse falar.
_ Ei, Tio! Calma aí, também não é assim, a Angel saiu pra tomar um ar, que mal há nisso?
_ A Angel não é daqui, ela não conhece tantas pessoas como você, deixar ela sozinha por aí pode ser perigoso.
_ Desculpa, Angel! Você poderia ter me chamado pra ir embora.
_ Chega de papo! Minha cabeça tá explodindo! - Sebastian esbravejou por fim e ficamos em silêncio._ Angel, você vai dormir na minha casa? - Lia perguntou quando chegava próximo a casa dela.
_ Eu gostaria de ir pra casa da minha mãe, se o Sebastian não se importar de me levar.
_ Eu te levo.
_ Bom... Obrigada pelo carona e mais uma vez, desculpa te deixar sozinha, Angel!
Lia deu um beijo na minha bochecha e seguiu pra casa, Sebastian saiu com o carro e logo depois parou em frente a casa da minha mãe, antes de eu sair ele disse:
_ Angel, eu não sei o que dizer sobre o que aconteceu hoje, me desculpa! Foi um erro! Isso não vai se repetir.
Nesse momento pude ouvir meu coração quebrando como vidro. Reuni o pouco de dignidade que eu ainda tinha, balancei a cabeça, sem olhar pra ele eu agradeci pela carona e saí do carro. Ele ainda estava parado ali quando entrei e fechei a porta sem olhar pra trás.
Quando cheguei ao meu quarto, agradeci mentalmente por minha mãe estar dormindo, olhei da janela do quarto e vi quando o carro dele saiu. Entrei no banheiro, liguei o chuveiro e só então me permiti chorar. Depois de um longo banho, deitei na minha cama e chorei até pegar no sono.O dia seguinte amanheceu nublado, assim como meu estado de espírito, acordei tarde e quando desci pra tomar café, minha mãe estava na cozinha.
_ Bom dia minha filha!
_ Bom dia mãe!
_ Que carinha triste é essa? A festa ontem não foi boa?
_ Ah, mãe! Eu não gosto muito dessas festas, além do mais eu tô com saudades de casa.
_ Só isso?
_ Só isso, acho que o dia me deixou um pouco melancólica, ainda tem a viagem que tá perto.
_ Megan ligou chamando pra irmos passar o dia lá, talvez isso te deixe um pouquinho mais animada.
_ Pode ser...Terminamos de tomar o café e fomos pra casa do meu pai, eu estava rezando pra não encontrar o Sebastian lá, não saberia como reagir. Acho que não era meu dia de sorte, antes de entrar vi o carro do Sebastian parado na entrada. Respirei fundo e entrei com o meu melhor sorriso.
Como não estava sol, não fomos pra piscina, ficamos no jardim. Logo Lia chegou com Léo e seus pais, o grupo dos mais velhos ficou próximo a churrasqueira e nós ficamos no gramado, Lucas e Arthur pegaram meu violão e fizemos um círculo.
Eu adorava tocar meu violão, apesar de me achar péssima cantando, meus irmãos e amigos gostavam de me ouvir cantando em português. A tarde foi agradável, consegui não pensar no que aconteceu ontem.
Minha mãe foi embora primeiro, o gerente de uma das pousadas pediu uma vídeo chamada pra relatar um problema, ela precisou ir. Lia também não ficou muito, ela tinha uma festa e dessa vez eu preferi não ir. Os meninos me chamaram pra jogar, mas eu queria mesmo era ficar com meu violão em um cantinho, sozinha."É que a gente quer crescer
E quando cresce quer voltar do início
É que um joelho ralado, dói bem menos que um coração partido "_ Você canta bem! - ouvi Sebastian dizer logo atrás de mim. Enxuguei uma lágrima teimosa.
_ Obrigada - respondi de cabeça baixa e ia saindo quando ele segurou meu braço.
_ Você não precisa fugir de mim, eu já disse que me arrependo do que aconteceu ontem.
_ Sim, você já disse, mas eu não fui forçada a nada, e também já me arrependi.
_ Eu machuquei você?
_ Fisicamente, não.
Não esperei que ele dissesse nada, simplesmente saí. Entrando em casa, fui até Megan e Olívia e vi que elas estavam olhando modelos de vestidos de festa.
_ O quê vocês estão procurando?
_ No sábado é o casamento da Lisa, essa semana precisamos escolher nossos vestidos.
_ Não é melhor ir ao shopping?
_ Olívia, por que não pensamos nisso antes?
_ Vocês são ótimas! Vim só dar um beijo em vocês e já vou pra casa da minha mãe.
_ Pensei que fosse dormir aqui.
_ Não gosto de deixar minha mãe sozinha naquela casa enorme.
_ Eu te levo - Sebastian falou assustando a nós três.
_ Não precisa se incomodar.
_ Não será incômodo, já estou saindo, além do mais não é seguro você andar por aí sozinha.
Elas concordaram e eu não tive como recusar, me despedi de todos e fomos pro carro. Ele deu partida e antes de chegar na minha casa ele parou.
_ Por que paramos?
_ Preciso falar com você.
_ Olha, se for pra pedir desculpas pelo erro de ontem, não precisa, eu já entendi que você agiu por impulso e que pra você eu sou só uma criança boba.
_ Não! Você não é uma criança boba! Você é linda, é inteligente e foi exatamente por isso que eu não resisti a você, você não entende?
_ Não! Eu não entendo! Você é como um príncipe encantado pra mim, eu sou completamente apaixonada por você desde que me entendo por gente, você me deu meu primeiro beijo e eu achei que era um sonho
_ Angel...
_ Eu me entreguei pra você, e a única coisa que você foi capaz de dizer é que foi um erro?
Nesse momento ele me beijou novamente, e era como se nossas vidas dependessem daquele beijo.
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Quando o açúcar acaba - CONCLUÍDO
Romanzi rosa / ChickLitJovem romântica e sonhadora se entrega ao melhor amigo do seu pai sem saber que pra ele foi apenas um capricho na sua despedida de solteiro. Quando se dá conta do que realmente aconteceu ela vai embora e sua vida muda completamente. Será no que um c...