Cap. 7 - Sophia

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Que falta de respeito da parte dela. Ela tenta me provocar, mas decido não me abater. Até porque eu vou fazer o quê?


Tento parar de observá-los. Mas ao mesmo tempo é inevitável, já que eles estão logo a minha frente.


Esses homens da máfia não tem um pingo de respeito por suas mulheres, e pode ser que eu também tenha essa má sorte de ter um marido cruel e violente.


Retiro meu casaco e meus sapatos, mais ainda mantenho as minhas roupas no corpo, não sei quanto tempo de viagem ainda temos, e também não quero colocar uma roupa de dormir aqui, mesmo que sejam confortáveis e comportadas eu me sentiria vulnerável dessa forma.


Encosto a minha cabeça no travesseiro e estendo o lençol em meu corpo, me deito e tento dormir.


...
Não sei por quanto tempo dormi, mas acordei assustada com ele deitando na cama ao meu lado praticamente pelado. Meus olhos não abriram completamente e eu permaneci imóvel e tensa na mesma posição.


Deus me ajuda. Se esse homem cismar de consumar o casamento agora?


Não consegui mais descansar o meu corpo, eu sentia dores por estar na mesma posição á algum tempo, mais tinha medo de me mexer.


Depois de um tempo eu crio coragem e abro os olhos e assim o vejo dormindo. Nossaaaa... ele está praticamente nu, ele só não tirou a cueca e as meias. Eu estou com um homem de cueca na minha cama, e pior ao meu lado. Sigo o olhar pelo seu corpo.


Não pude deixar de reparar seu porte físico. Eu não vi muitos homens na minha vida, principalmente assim exposto como ele estava, mas não precisa ser especialista para entender que ele é bonito e atraente, seu peitoral é um pouco definido e não muito largo, diria que ele é elegante em seu porte físico. Seu rosto é maduro e bem cuidado. Virei rapidamente para o outro lado da cama, tentando desviar os meus pensamentos e assim também aliviando meu corpo dormente pela posição em que eu estava.


Não consigo parar de pensar no que me aguarda adiante, nessa vida nova de casada e pior, longe do meu pai, longe da minha terra. Os questionamentos vem e vão e as respostas são indefinidas. Não sei por quanto tempo me mantive assim, mais adormeço de novo.


...
Acordo e estou de bruços com um peso enorme em meu corpo. O que quê é isso?


Penso tentando me mover, mais percebo que não consigo e paro. Sinto uma respiração forte em meu pescoço e mãos pesadas me apalpando. É agora que ele vai se apossar de mim? Desse jeito? Me desespero, começo a tremer, mais não me movo.


O medo me assombra. Meu corpo pede socorro. O pânico me vence mas não posso dizer não, não posso gritar, pedir ajuda. Deusssss me socorre. Penso clamando a Deus.


- que bund’a deliciosa Ariane – ele me acaricia ainda mais. Aperta o meu bumbu’m com as mãos. Sinto vergonha e de certa forma também me sinto violada com esse toque.


Mas quem é Ariane? Seria muita ingenuidade minha acreditar e ele não tem nenhuma outra mulher.
Ele me cheira, meus cabelos são mexidos por seu rosto tentando mais contato comigo.


- mas que porr@ - ele fala alto e eu me assusto – merd@ - ele xinga de novo, mais não sai de cima de mim, mas para de me apalpar.


Começo a reparar algo duro em minhas costas. O que me encosta pulsa um pouco e me faz ter sensações antes jamais exploradas.

Não sei o que é, mais me deixa mais nervosa. Ele continua em cima de mim e eu que nem sabia que estava prendendo um pouco a respiração, mas nessa hora me deixo respirar um pouco normal, mais ainda trêmula.


Passam-se uns segundos angustiantes que parecem horas intermináveis. Enfim ele levanta.


Espero alguns segundos para me mover e levantar. Ele ainda esta próximo, de relance vejo ele ajeitando a roupa no corpo.


Meu rosto deve estar vermelho e inchado, não consigo olhá-lo, permaneço de cabeça baixa e viro-me em outra direção.


Procuro meu casaco e calço os meus sapatos, não sei se daria tempo para um banho. Pego a minha escova de cabelo e o meu demaquilante para retirar a minha maquiagem que ainda persiste perfeita em meu rosto que agora está inchado e vermelho de vergonha.


Volto das minhas higiene e vejo a comissária a minha frente.


- A senhora deseja juntar-se aos senhores para uma café da manhã? – falsa, penso.


- não estou com fome – como não estou? Não como faz muitas horas.


- ok – ela não insiste e sai da minha presença.


  Permito-me relaxar, mais não demora muito ela retorna com uma ordem.


- senhora Ayad, o senhor mandou a senhora se juntar a ele na mesa dessa manhã.


Esqueci que eu não mando mais em mim, aliais nunca mandei, mas pelo menos o papi me respeitava nas minhas decisões.


Levanto-me a contra-gosto e me dirijo a mesa posta entre as poltronas. Ouço a comandante anunciar a chegada.


Sinto seu olhar me acompanhando.


- com licença. Bom dia! Nem sei se é dia. Sento-me a poltrona a sua frente e cruzo as minhas pernas tentando descansar uma sobre a outra.


- bom dia – os dois me respondem e Ayad não para de me encarar.


- não vai comer? – Como dizer que estou nervosa e sem fome – coma – ele manda quando percebe que eu não pretendo estender o assunto da sua pergunta.


Pego algumas frutas e coloco cereias e mel. De todas cortadas eu só consigo identificar os morangos vermelhos, lindos e apetitosos. Nossa. Que delicia, não conheço essas frutas, mas arrisco dizer que nem precisaria do mel para adoçar.

Acredito que a minha cara de surpresa apreciando as frutas foi notada.


- são frutas nativas de Miami – então estamos indo para Miami mesmo.


- senhores, se acomodem nas poltronas e coloquem os cintos para a aterrissagem.


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Mais um capítulo para vcs 😘
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Um Homem as Sombras do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora