Um Homem as Sombras do Passado

Cap. 39 - Ayad

Não consigo dormir muito tempo, mesmo cansado da noite maravilhosa de amor que passamos.

Mas ainda permaneço deitado com Sophia acomodada em meus braços.

Em minha cabeça passa um filme me lembrando do que fizemos essa noite. Não me recordo de ter feito isso com mulher nenhuma em toda a minha vida. Muito menos com a com a falecida, claro que nada que vivo hoje se compara ao que vivi anteriormente.

Sinto necessidade de recomeçar. Por isso vou tentar não pronunciar e nem lembrar o nome dela, preciso enterrar esse passado sombrio que não acrescentou nada de bom na minha vida e principalmente na vida das minhas filhas.

Me mexo um pouco ajeitando meu corpo que está dormente por causa da posição.

Sophia vira para o outro lado e essa é a ‘’deixa’’ para que eu consiga levantar.

Levanto sem vontade, meu pensamento pede para continuar deitado, mas me corpo reclama, confesso que não agüento mais ficar deitado.

Coloco uma calça leve e desço as escadas em direção a cozinha.

Pedi ao Heitor que contratasse uma equipe especializada para preparar a casa e as refeições para receber as minhas filhas hoje. E é claro, servir também a minha doce mulher.

Eles já retiraram a comida e a mesa que usamos no jantar, e já estão preparando o nosso almoço.

Algumas pessoas estão na área da piscina limpando-a. Outros cortando a grama e ajeitando a iluminação.

Sei que as minhas filhas gostam de um bom banho de piscina e tenho certeza que elas virão preparadas também para isso hoje, já que o dia está ensolarado.

Não duvido que elas fiquem até mais tempo que o esperado. Posso estar enganado, mas nada me tira o pensamento que Sophia e as meninas vão conseguir estreitar os laços familiares.

Continuo caminhando pela área externa.

Daqui a pouco elas estão aqui.

Estou com saudades. Se pudesse as teria mais perto de mim. Mas também entendo que esse tempo acabou e elas precisam viver a vida delas.

....
Ainda fora da mansão. Agora na parte de trás aonde tem mais arvores me proporcionando respirar melhor e aliviar a mente com pensamentos de um futuro ainda melhor com a minha doce mulher.

- será que ela aceitaria morar aqui? Não seria uma má idéia viver aqui com ela – penso alto.

Me perco nos pensamentos. Nem cheguei a ver que horas são.

Ouço pacinhos acompanhados de outros passos.

- o poderoso Ayad sem terno e gravata – ouço essa voz doce as minhas costas. Não demoro a virar em sua direção.

- Alinaaaaaa... Minha filha – brado alto e forte.

- papai - o abraço é contagiante.

- vovô agooo – uma coisinha linda vem correndo me abraçar antes mesmo que Alina se aproxime.

Pego-a em meus braços. Ela faz força para voltar ao chão, mas eu não a solto, quero matar a saudade dessa bebê linda do vô . Claro que no chão tem mais atrativos para ela. Ainda bem que a piscina tem grades por toda a lateral.

– que cheirinho delicioso de bebê você tem minha netinha.

Faço cócegas em sua barriginha. Beijo muito as suas bochechas. Ela se contorce tocando as suas mãozinhas nas minhas. A sandália sai dos seus peszinhos caindo no chão. Alina pega as sandálias de Alice e coloca no canto do jardim.