Cap. 27 - Ayad

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- não vamos por esse lado Sophia - suas mãos abandonam o talher e ela as coloca sobre as pernas, parecendo bem desconfortável - você também não queria - digo chamando a sua atenção.

- diferente de você, eu não tive escolha, Iago - essa parte da história dela eu sei - mas me diga porque aceitou, já que não queria?

- você quer mesmo continuar esse assunto? - questiono.

- sim - mulher birrenta e mimada.

- mas eu prefiro encerrar por aqui. Sabes que eu não queria e sei que você também não queria. Então nessa parte estamos empatados. Não acha?

Ela balança os ombros.

- você venceu - bufa.

As coisas mudaram e eu estou louco por ela, como nunca estive em toda essa minha vida escura de problemas mais que nebulosos.

- só quero entender as suas atitudes agora - ela parece ponderar o que vai dizer - o que fizemos a pouco... você não parecia que não queria me ter a algumas horas atrás.

Respiro fundo.

- eu pretendia nem a tocar - ela coloca as mãos na boca em choque agora - mais o seu cheiro não saiu das minhas narinas em nenhum momento que estive tentando me manter longe. Seu sorriso me pegou desprevenido. Eu pretendia sim me manter longe. Mas a sua doçura não me deixou cumprir os meus planos. Algo mudou Sophia, confesso que ainda não sei ao certo o que sinto por você. Mas sei que é algo bom.

Suas mãos suavizam e o seu rosto fica vermelho. Seus lábios expressam um sorriso carinhoso e lindo demais.

- isso é uma declaração? - ela sorri.

- você me deixou sem palavras agora - sorrio para essa pequena romântica - vamos á praia? - desconverso.

- você realmente é um homem de palavra, Iago- balança a cabeça de forma positiva.

Put@ que pariu, ela vai usar roupa de banho. Vou morrer de ciúmes.

Ela começa a comer rápido. Animada com a possibilidade de ir para a praia ainda hoje.

- vai engasgar - sorrio.

Faz tempo que não sorrio tanto assim. Alias, não lembro de ter feito tanto isso.

- come rápido, eu estou ansiosa para sair - ela fala de boca cheia e se engasga - desculpa. Que falta de educação minha.

- faça o que quiser na minha frente, Sophia - ela parece gostar do que eu falo e dá uma suspirada assim que engole o ultimo pedaço de comida.

- eu estava morrendo de fome - diz.

- nem deu para perceber isso - sarcástico digo a ela.

Rimos

- acabou?

- pensei que você ficava ansiosa só quando bebia muito - levanto e vou em sua direção para ajudá-la a levantar da cadeira.

- o que eu fiz? Não passei vergonha? Passei?

- imagina querida - digo a ela, agora abraçados e em pé.

- eu fiz isso?

- esquece. Agora eu quero te beijar.

Meus lábios encontram os dela. Não me canso dessa mulher. Assim que nos afastamos para respirar escuto Sophia me puxar pelas mãos e falar:

- vamos, vamos ..... - continuo parado olhando-a - vamos Iago? Você prometeu - faz biquinho.

- não faz esse bico Sophia. Ou não vou a lugar nenhum e juro que vou fud'er você aqui de novo e dessa vez em cada canto desse quarto.

- Deus Iago, que boca suja... da onde você tira essas coisas depravadas.

- você me causa isso querida mulher cheirosa.

Ficamos nos olhando por algum tempo. Acorda Iago, ela ainda está dolorida. Leve-a a praia para descansar um pouco. Penso.

- Iago - chama.

- sim - digo igual um idiota olhando para ela.

- vamos?

- agora queria.

Pego a minha roupa. Sophia me olha assim que pega as roupas dela. E já sei no que ela está pensando.

- não posso ir á praia com essas roupas.

- passamos antes em alguma loja para você trocar de roupa.

- mas eu nem me depilei para usar roupa de banho. Não me preparei para isso - não sei por que, mas isso me agradou já que não a queria com roupa de banho na frente de outras pessoas. Principalmente homens.

- eu percebi - ela ruboriza e eu sorrio de lado. Mas ela entra na brincadeira e faz o trocadilho.

- percebi que o senhor também não gosta de depilar - sei que ela está com vergonha.

Gostei dela me chamando de senhor - você parece um urso - ela completa.

- e a senhora uma taturana - uma taturana deliciosa, eu diria.

Sorrio querendo gargalhar. Ela me olha tentando me recriminar, mas eu devolvo a provocação.

- annn?

- não me olhe assim, rarara... você pediu. Eu quase me engasguei com os seus .... pêlos deliciosos - gargalho descontrolado agora.

- o senhor não sabe brincar, senhor Ayad - ela diz e termina de colocar o vestido.

- não sei mesmo. E estou mais que doido para me enterrar nessa taturana suculenta novamente.

Ela pega a bolsa e me puxa pelo braço.

- vamos, vamos logo.

- você quem manda cheirosa.

- você não tem jeito.

Saímos da suíte igual um foguete.

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Cheios de intimidade kkkk
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Bjksssssss

Um Homem as Sombras do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora